Discurso durante a 124ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Questionamento Voz do Brasil pela omissão do pronunciamento do Senador Tasso Jereissati de crítica ao presidente da república.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO.:
  • Questionamento Voz do Brasil pela omissão do pronunciamento do Senador Tasso Jereissati de crítica ao presidente da república.
Publicação
Publicação no DSF de 03/08/2006 - Página 25858
Assunto
Outros > SENADO.
Indexação
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, PRONUNCIAMENTO, TASSO JEREISSATI, SENADOR, PROVOCAÇÃO, RESPOSTA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, CRITICA, PROGRAMA, VOZ DO BRASIL, AUSENCIA, TRANSMISSÃO, DISCURSO, MEMBROS, OPOSIÇÃO.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, se V. Exª me permite, quero dizer que isso deve ter acontecido com dezenas de outros Senadores, mas o que aconteceu ontem foi muito gritante. Por exemplo: ontem, o Presidente do meu Partido, o Senador Tasso Jereissati, fez um pronunciamento muito relevante.

O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB - AL) - Eu fiz questão não apenas de dar a palavra ao Senador Tasso Jereissati como de ficar aqui durante todo o seu pronunciamento.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Sr. Presidente, é tão relevante que o Presidente da República resolveu responder a ele. Então, não é toda hora que um Presidente da República, mesmo falastrão, abalança-se a responder a um Senador. Então, foi um pronunciamento relevante. Estou falando aqui para os jornalistas que cobrem a Casa. Eles sabem que o pronunciamento do Senador Tasso Jereissati foi relevante do ponto de vista jornalístico. Eu quero ser lógico, gosto de ser lógico, Sr. Presidente. Então, se o pronunciamento foi relevante do ponto de vista jornalístico e mereceu todas as páginas que mereceu dos jornais brasileiros, de todo o País, então como é que alguém não coloca na “Voz do Brasil”, o principal e o mais primário e mais básico órgão de comunicação dos trabalhos do Congresso Nacional, esse pronunciamento?

Eu vejo duas hipóteses. Uma vez, eu me pronunciei aqui sobre o Presidente da República de maneira dura. Ou era uma coisa ou era outra. Aí, a revista Veja disse que eu tinha sido muito duro e me colocou no “desce”. Depois, a revista Veja disse a mesma coisa que eu disse, mas eu não tenho revista para colocar ninguém no “desce” nem no “sobe”. Mas o fato é que eu disse que alguém que vê tanta corrupção e não percebe ou está “lelé” ou está mentindo.

Então, alguém que não coloca um pronunciamento importante como aquele... Digamos que eu chegue aqui e diga que está havendo uma greve de dez professores no Município de Pauini, no Amazonas. Pode ser que esqueçam, pois não são obrigados a lembrar disso ou a dar a importância que eu dou ao meu Estado. Mas um pronunciamento como aquele, que gerou um bate-boca entre o Senador e o Presidente da República, tem duas hipóteses para os que trabalham aqui na “Voz do Brasil”: ou são absolutamente incompetentes e não merecem ficar no cargo, por incompetentes, ou agiram de má-fé e não merecem ficar no cargo, por agirem de má-fé. A terceira hipótese eu não sei qual seria, porque eu também não vi terceira hipótese naquele episódio em que me dirigi duramente ao Presidente da República.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/08/2006 - Página 25858