Discurso durante a 125ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa da privatização do Vale do Rio Doce. Comentários ao livro Do Golpe ao Planalto do jornalista Ricardo Kotscho.

Autor
Flexa Ribeiro (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Fernando de Souza Flexa Ribeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
PRIVATIZAÇÃO. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Defesa da privatização do Vale do Rio Doce. Comentários ao livro Do Golpe ao Planalto do jornalista Ricardo Kotscho.
Publicação
Publicação no DSF de 04/08/2006 - Página 26055
Assunto
Outros > PRIVATIZAÇÃO. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • APOIO, DISCURSO, TASSO JEREISSATI, SENADOR, AVALIAÇÃO, PRIVATIZAÇÃO, COMPANHIA VALE DO RIO DOCE (CVRD), AUMENTO, LUCRO, MOTIVO, MELHORIA, GESTÃO, CRITICA, LIDER, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), DESCONHECIMENTO, ECONOMIA, INCOMPETENCIA, POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA, FAVORECIMENTO, BANCOS.
  • CRITICA, LIDER, GOVERNO, DISCRIMINAÇÃO, POLITICO, PARTICIPAÇÃO, REGIME MILITAR, RESPOSTA, ORADOR, INCOMPETENCIA, DEBATE, ETICA, MOTIVO, CORRUPÇÃO, GOVERNO FEDERAL, REGISTRO, LIVRO, AUTORIA, EX SERVIDOR, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, ACUSAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, CONHECIMENTO, PREPARAÇÃO, PROPINA, MESADA, CONGRESSISTA.

O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero aqui me associar ao que disse o Senador Tasso Jereissati. Lamentavelmente, a Líder do PT desconhece os princípios primários de economia. Quando a Vale do Rio Doce foi privatizada, há dez anos, ela foi privatizada em função do valor do seu patrimônio líquido. Naquela altura, por falta de capacidade de investimento do Governo Federal, valia aquilo pelo qual ela foi arrematada. Os investimentos feitos, já com a Vale privatizada, ao longo destes 10 anos, propiciaram o aumento da sua capacidade de geração de negócios que a levam a ter hoje esse lucro que, como disse a Senadora, é da ordem de R$ 3,9 bilhões.

Grande parte desse lucro, a Vale do Rio Doce aufere no Pará, que é o Estado que, com muita honra, represento aqui. Só que não disse ela que, no Governo Lula, esses lucros são auferidos, nessa ordem, pelo sistema financeiro, que não gera emprego e não gera produção. E quando ela diz que quem, supondo ela, participou do Governo da ditadura não pode falar em censura, quero dizer que quem participa do Governo corrupto não pode falar de ética, não pode vir aqui falar de ética.

E quem diz isso é o ex-assessor de imprensa do Presidente, o jornalista Ricardo Kotscho, que no seu livro Do Golpe ao Planalto reconhece que o Presidente Lula participou, sim, da negociação que ele presenciou, em 2002, no apartamento do ex-deputado Paulo Rocha, onde se plantou a semente do mensalão. A negociação juntou, de um lado, Lula e José Dirceu e, de outro lado, José Alencar e Valdemar Costa Neto, Presidente do PL.

Só três anos depois, Kotscho descobriu o móvel principal daquela feroz discussão: R$ 10 milhões. E o pior: ele assegura que Lula estava lá debatendo “a fixação do preço”.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/08/2006 - Página 26055