Fala da Presidência durante a 140ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Resposta ao questionamento do Senador Heráclito Fortes sobre a posição orador e os demais membros do PT, o nome do Ministro da Saúde e o excessivo lucro dos banqueiros.

Autor
Eduardo Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Eduardo Matarazzo Suplicy
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR. BANCOS.:
  • Resposta ao questionamento do Senador Heráclito Fortes sobre a posição orador e os demais membros do PT, o nome do Ministro da Saúde e o excessivo lucro dos banqueiros.
Publicação
Publicação no DSF de 25/08/2006 - Página 27445
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR. BANCOS.
Indexação
  • CONFIRMAÇÃO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), REITERAÇÃO, APOIO, GOVERNO FEDERAL, REELEIÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DIVULGAÇÃO, NOME, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA SAUDE (MS).
  • COMENTARIO, POSIÇÃO, ORADOR, DEFESA, VIABILIDADE, AUMENTO, CONCORRENCIA, SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL, REDUÇÃO, TAXAS, JUROS.
  • ANALISE, SITUAÇÃO, LUCRO, BANQUEIRO, NECESSIDADE, ATENÇÃO, CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONOMICA (CADE).

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Suplicy. Bloco/PT - SP) - Sobre as inúmeras observações que V. Exª fez, estando eu na Presidência, quero esclarecer o seguinte: V. Exª disse que eu seria um dissidente do Governo. V. Exª sabe que sou um membro do Partido dos Trabalhadores que apóia o Governo do Presidente Lula e a reeleição do Presidente Lula. Posso, em alguns momentos, ter diferenças de opinião, que externo com toda sinceridade e amizade ao Presidente. Portanto, sou alguém que o apóia. Sobre o Ministro da Saúde, o seu nome completo é José Agenor Álvares da Silva. Com respeito à minha posição, relativamente aos bancos, tenho acompanhado com muita atenção o tema que hoje está sendo objeto de grande debate quanto aos lucros dos bancos e o grau de competição do sistema bancário brasileiro.

Precisamos encontrar meios de fazer com que o sistema financeiro brasileiro seja suficientemente competitivo. Avalio que hoje ele é mais competitivo que há algumas décadas. Hoje, há a presença de um número significativo de instituições financeiras, ainda que haja uma forma de oligopólio para parte do sistema financeiro brasileiro.

Porém, cabe tanto às autoridades monetárias, sobretudo ao Conselho de Política Monetária, quanto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, examinarem em que medida está havendo qualquer ação que caracterize uma concorrência indevida.

É preciso que tomemos passos para diminuir gradualmente a taxa de juros, inclusive a taxa de juros básica.

Foi com esse propósito que V. Exª soube, em junho último, que a matéria foi aprovada. E aqui estiveram, na Comissão de Assuntos Econômicos, por minha iniciativa, tanto o Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, quanto todos os diretores do Conselho de Política Monetária.

Na ocasião, indagamos deles como raciocinam para decidir o aumento ou a diminuição da taxa de juros, porque avalio que se deve dar muita transparência à maneira como os membros do Copom tomam essas decisões. Felizmente, nos últimos meses, temos verificado uma diminuição gradual da taxa de juros Selic, mas ainda não num nível que possamos considerar satisfatório. Porém, acredito que haverá diminuição significativa da taxa de juros e com um sistema financeiro mais saudável.

Há algumas instituições do sistema financeiro brasileiro que acabaram tendo problemas muito sérios, como aqueles que fizeram operações incorretas. Por isso, acabaram sendo objeto de intervenção e até de liquidação, como ocorreu recentemente com a decisão das autoridades monetárias.

Mas quem está agora com a palavra é V. Exª. Como instou-me a responder a algumas indagações, resolvi atender-lhe.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/08/2006 - Página 27445