Discurso durante a 147ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários sobre as eleições majoritárias no Estado do Amapá.

Autor
Geovani Borges (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
Nome completo: Geovani Pinheiro Borges
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES.:
  • Comentários sobre as eleições majoritárias no Estado do Amapá.
Publicação
Publicação no DSF de 06/09/2006 - Página 28004
Assunto
Outros > ELEIÇÕES.
Indexação
  • IMPORTANCIA, PROFISSIONALISMO, ISENÇÃO, ATUAÇÃO, INSTITUIÇÃO DE PESQUISA, ESPECIFICAÇÃO, PERIODO, CAMPANHA ELEITORAL, CONHECIMENTO, OPINIÃO, POPULAÇÃO, ORIENTAÇÃO, CANDIDATO, PARTIDO POLITICO, CRITERIOS, MELHORIA, INTERCAMBIO, OPINIÃO PUBLICA.
  • COMENTARIO, LEVANTAMENTO, INSTITUIÇÃO DE PESQUISA, CONFIRMAÇÃO, PREFERENCIA, ELEITOR, REELEIÇÃO, WALDEZ GOES, GOVERNADOR, ESTADO DO AMAPA (AP), JOSE SARNEY, SENADOR, EXPECTATIVA, RESULTADO, ELEIÇÕES, FAVORECIMENTO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.

            O SR. GEOVANI BORGES (PMDB - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu gostaria de comentar, neste pronunciamento, ainda que de forma sucinta, as perspectivas atuais para as eleições majoritárias no meu Estado, Amapá, com base nos últimos levantamentos divulgados pelos institutos de pesquisas.

            Entretanto, inicio, registrando o grande valor que representa para o mundo político e para parcelas significativas do eleitorado o trabalho sério e profissional executado pelos institutos de pesquisa de opinião. Criadas e testadas na primeira metade do século passado, notadamente nos Estados Unidos da América, as metodologias científicas utilizadas por essas instituições são um elemento fundamental para a orientação e o aperfeiçoamento das estratégias eleitorais de diversos Partidos.

            As pesquisas são fundamentais, Sr. Presidente, não apenas por permitir a tomada de pulso da opinião popular e o desenvolvimento de melhores planos de comunicação junto ao público e às comunidades. As pesquisas, tal como feitas em nossos dias, representam um recurso insubstituível para aprofundar nosso conhecimento dos anseios e das demandas populares, reforçando, com as ferramentas da estatística aplicada, a sensibilidade dos candidatos para com as autênticas e legítimas prioridades do cidadão.

            Sr. Presidente, deixa patente os efeitos do período da propaganda eleitoral gratuita sobre a tomada de posição dos amapaenses, que se traduz na consolidação da liderança do Governador na corrida para sua própria sucessão.

            Os dados que trago ao Plenário se referem a levantamentos efetuados recentemente, em duas oportunidades distintas. Os primeiros, referentes a entrevistas feitas no início de agosto, foram produzidos pelo Instituto Ipson, no período de quatro a seis daquele mês, e pelo Instituto GPP, nos seis primeiros dias.

            Para o Governo do Estado, na ocasião, segundo o Instituto GPP, ainda liderava o ex-Governador e ex-Senador João Capiberibe, do PSB, com uma frente de apenas um ponto percentual sobre a candidatura do atual Governador, Waldez Góes, da coligação “União pelo Amapá”, no contexto de uma margem de erro de 5% para mais ou para menos. O levantamento do Instituto Ipson, embora demonstrasse uma diferença maior que a apontada pelo anterior, revelava uma disputa relativamente apertada, se computados os limites das margens de erro admitidas pelos critérios da pesquisa.

            De lá para cá, entretanto, tudo mudou. Levantamento mais recente, realizado pelo Ibope, entre os dias 24 e 27 de agosto - cerca de três semanas, portanto -, com uma margem de erro inferior a das anteriores, revela uma grande mudança no quadro. A candidatura do Governador Waldez Góes registra 48% de intenções de votos no universo dos votos totais, contra 39% da candidatura Capiberibe. Mesmo assumidos os casos extremos de ajuste nas margens de erro, S. Exª o Governador assume uma sólida dianteira sobre o mais próximo oponente. A análise desses dados, de uma certa forma, confirma o que já esperavam os partidos coligados, em conseqüência direta índice de aprovação popular da atual administração e da qualidade administrativa e da sensibilidade social que caracterizam, no Estado, um estilo de gestão voltado aos interesses do povo. Se confirmadas pelas urnas, essas projeções poderão culminar, inclusive, com o resultado do pleito em turno único, função de um percentual projetado de 51% dos votos válidos.

            Para o Senado amapaense, o panorama é ainda mais favorável à coligação “União pelo Amapá”, uma vez que as intenções do voto assinaladas ao candidato José Sarney, postulante à reeleição, vêm-se mantendo sistematicamente ao redor de 60,9% dos votos válidos. Esse número, ajustado para votos válidos, dá ao nobre Senador José Sarney uma vantagem percentual de cerca de 25,6% sobre a candidata do PSB, Cristina Almeida.

            Conferem todos os levantamentos significativa vantagem a esse brasileiro ilustre - ex-Governador de seu Estado natal, o Maranhão, e ex-Presidente da República - que enobrece a minha terra com a força e a representatividade de sua figura de político e parlamentar.

            O grupo liderado pelo PMDB poderá vir a colher, assim, Sr. Presidente, os frutos da seriedade e do espírito público com que sempre se apresentou, na tarefa de promover o desenvolvimento econômico e social desse Amapá tão querido e tão distante dos centros maiores do progresso nacional. A tarefa a que sempre nos propusemos - qual seja, a de trazer o Amapá para o centro das decisões nacionais, com nosso empenho constante e apaixonada entrega à causa regional -, vai aos poucos se transformando em reconhecimento popular, a melhor recompensa que pode receber o homem público.

            Não creio, evidentemente, que as eleições estejam desde já decididas ou a disputa, previamente encerrada. O esforço dos nossos correligionários e o empenho dos nossos partidários, somados ao apoio do povo do Amapá serão, em última instância, os fatores decisivos para o resultado de outubro próximo.

            Devemos, neste interregno, manter o bom ritmo de trabalho e a prontidão e a moral elevadas, agora mais animadas pelos resultados das pesquisas. Agradeço o companheirismo dos demais componentes da coligação que, em conjunto com o PMDB, pleiteia a recondução do Governador Waldez Góes e a do Senador José Sarney. Sem a energia que flui de nossa união, o caminho, hoje, seria mais duro, e os obstáculos, mais difíceis.

            Finalizo, Sr. Presidente, desejando que os prognósticos se realizem afinal na data do pleito. Aos institutos de pesquisa, minha admiração pela capacidade técnica, pela isenção e pelo profissionalismo com que vêm apoiando a dura tarefa dos partidos, das coligações partidárias e das lideranças. Aos companheiros, força e sucesso.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/09/2006 - Página 28004