Discurso durante a 163ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Aplausos às campanhas de Heloísa Helena e Cristovam Buarque à Presidência da República. Elogios ao candidato Geraldo Alckmin, considerando-o preparado para exercer o cargo pleiteado.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
REFORMA POLITICA. ELEIÇÕES. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Aplausos às campanhas de Heloísa Helena e Cristovam Buarque à Presidência da República. Elogios ao candidato Geraldo Alckmin, considerando-o preparado para exercer o cargo pleiteado.
Publicação
Publicação no DSF de 06/10/2006 - Página 30368
Assunto
Outros > REFORMA POLITICA. ELEIÇÕES. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • QUESTIONAMENTO, PROCESSO ELEITORAL, CRITICA, OMISSÃO, CONGRESSO NACIONAL, AUSENCIA, REALIZAÇÃO, REFORMA POLITICA, ANTERIORIDADE, PERIODO, ELEIÇÕES.
  • CRITICA, AUSENCIA, ETICA, CONDUTA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), ABUSO, PODER ECONOMICO, CAMPANHA ELEITORAL.
  • ELOGIO, CONDUTA, HELOISA HELENA, CRISTOVAM BUARQUE, SENADOR, CAMPANHA ELEITORAL, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, CONTRIBUIÇÃO, REFORÇO, DEMOCRACIA.
  • DECLARAÇÃO, APOIO, ORADOR, GERALDO ALCKMIN, EX GOVERNADOR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, IMPORTANCIA, ELEIÇÕES, POSSIBILIDADE, ELEITOR, EXERCICIO, CIDADANIA, DEMOCRACIA, SOBERANIA POPULAR, ESCOLHA.
  • COMENTARIO, LEITURA, TRECHO, NOTICIARIO, IMPRENSA, QUESTIONAMENTO, INOCENCIA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, REFERENCIA, TENTATIVA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), AQUISIÇÃO, DOCUMENTO, COMPROMETIMENTO, REPUTAÇÃO, JOSE SERRA, EX PREFEITO, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ACUSAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, IRREGULARIDADE, DESTINAÇÃO, RECURSOS FINANCEIROS, ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL (ONG), AUSENCIA, UTILIDADE PUBLICA, FAVORECIMENTO, MEMBROS, REPRESENTAÇÃO PARTIDARIA.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Romeu Tuma, esta é uma das mais importantes sessões deste Senado, primeiramente porque V. Exª a está presidindo e, em segundo lugar, porque está presente o Dr. Raimundo Carreiro, sem dúvida o maranhense vivo mais ilustre hoje - o Presidente Sarney está no Amapá.

Cumprimento as Srªs Senadoras e os Srs. Senadores, as brasileiras e os brasileiros aqui presentes e os que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado Federal.

O Senador Paulo Paim cumprimenta o Senador Marco Maciel - são dois pólos, o Sul e o Nordeste. Senador Paulo Paim, Paulo é o nome do apóstolo, e V. Exª o carrega bem.

O Senador Marco Maciel é cristão mesmo. Senador Marco Maciel, o apóstolo Paulo teve longevidade. Cristo viveu pouco, 33 anos. Cristo não escreveu nada, mas falou bem, discursou bem. O Pai-Nosso é um discurso de Cristo. São 56 palavras, Senador Marco Maciel, e, cada vez em que as balbuciamos, em um minuto, transportamo-nos destas terras aos céus. Ele não tinha aparelho de som, televisão. Ele ia, então, às montanhas e bradava: “Bem-aventurado quem tem fome e sede de justiça; bem-aventurados os mansos, que possuirão a terra”.

Senador Paulo Paim, ele, que teve longevidade, disse assim: “Percorri meus caminhos, guardei minha fé e combati meu bom combate”.

Então, posso dizer isto para o Brasil: desde que chegamos a esta Casa, continuamos combatendo o bom combate do mesmo jeito, aqui, neste cenário, porque entendo que isto aqui é uma criação de Deus.

Ó, Senador Marco Maciel, o Líder escolhido por Deus para libertar seu povo foi Moisés, que, recebendo a missão, acreditou, não quis saber de força de faraó, de Mar Vermelho, de seca, de fome, e guiou o povo. Recebeu as Leis de Deus, para mostrar que a lei é divina.

Mas, Senador Paulo Paim, houve momentos em que Moisés quis desistir, pois o povo estava atrás do bezerro de ouro, do dinheiro, das coisas fáceis, como ocorre hoje no Brasil. Ele quis desistir, mas ouviu de Deus: “Não desista, busque os mais velhos, os mais experimentados, e eles o ajudarão a carregar o fardo do povo”. Aí, Senador Marco Maciel, nasceu a idéia de Senado, melhorada na Grécia, na Itália, na França, no mundo e no Brasil por Rui Barbosa. O Senado melhorou muito com Rui Barbosa. Então, somos isso.

Quero, primeiramente, fazer uma homenagem ao Senado do Brasil. Senador Paulo Paim, sei que tudo começou lá com Bento Gonçalves, esta República, a Guerra dos Farroupilhas, os lanceiros negros. Eu, nessa campanha, agi como os lanceiros negros - acho que é a convivência com Paulo Paim, com sua coragem. Mas foi Bento Gonçalves, foram os gaúchos os precursores desta República.

Ó, Carrreiro, V. Sª é um dos homens mais dignos na história do Maranhão. Quem diz isso é um filho de maranhense. Meu pai era maranhense. V. Sª é ímpar. O Senado está perdendo a oportunidade de indicar um dos homens mais dignos e honrados para o Tribunal de Contas da União.

Há quatros anos, ouve-se esse samba do crioulo doido, mas ninguém chega a uma conclusão. Temos errado por omissão. Nessa eleição palhaça e sem lei, fomos nós que erramos. Deveríamos ter feito a lei antes de 3 de outubro, como previa a Constituição. O nome do Carreiro é um nome da Pátria que poderia ser utilizado. Pecamos por omissão, e adverti, quando não fizeram a reforma antes da data. Pensaram que podiam tudo, mas não puderam.

Carreiro, faço-lhe essa homenagem, porque aprendi isto quando menino: “Não chores, meu filho, a vida é luta renhida. Viver é lutar. A vida é um combate que os fracos abate e os fortes e bravos só pode exaltar”.

Este Senado é forte e bravo. Apesar de todos os percalços, de todas as coisas, impedimos que o PT levasse este País à ditadura, ao modelo de Fidel. Lutamos muito. Bradei, quando a primeira medida provisória tirou o direito dos velhinhos aposentados e a perspectiva de um homem aposentar-se.

Três coisas só fazemos uma vez na vida: nascer, morrer e votar no PT.

O Senador Paulo Paim lutou para salvar os aposentados e criou uma PEC paralela. Aqui há gente boa. Senador Paulo Paim, sem dúvida, V. Exª é o melhor desta Casa. Sou franco, mas sei que o PT não era o seu ideal. Com todo o respeito, o PT, para mim, é hoje uma organização criminosa. Conheço o do Brasil, e o do Piauí é pior. Lá, ele se uniu com o poder econômico perverso e imoral. Aí está o resultado da eleição no Senado. Nomes históricos, com vida política e pública respeitadas, como governadores, ministros, deputados, secretários, apagaram-se diante do poder econômico perverso.

Mas o Senado escreveu a mais bela página. Senador Romeu Tuma, se não fosse Heloísa Helena e Cristovam Buarque, estava acabado o jogo, estava acabada a esperança da democracia.

Senador Romeu Tuma, está na hora de V. Exª, que é Corregedor e que só faz punir, aplaudir: invente uma medalha na Corregedoria, para dá-la a Heloísa Helena e a Cristovam Buarque. Sei que V. Exª é nota dez, mas crie, sim, uma motivação. Ninguém fez mais nessa campanha do que estes dois Senadores: Heloísa Helena e Cristovam Buarque.

Portanto, foi o Senado que salvou a democracia, com o PT comportando-se como organização criminosa, aliado ao mais perverso poder econômico. O poder econômico é perverso, Senador Paulo Paim.

Não sei se V. Exª, Senador Paulo Paim, já teve vergonha de ser brasileiro; eu tive. Senador Marco Maciel, eu tive vergonha e vou contar o dia. Tive vergonha de ser brasileiro! Eu, com minha Adalgisinha, em 1986...

Senadora Heloísa Helena, estou instituindo uma comenda aos heróis: V. Exª e Cristovam Buarque. Não sei quanto a V. Exª, mas já tive vergonha de ser brasileiro um dia. Em 1986, eu e minha Adalgisinha fomos de ônibus para a Zona Franca do Paraguai, em Assunção. Senador Paulo Paim, gosto de história e fui a um museu em 1986, há vinte anos. O Paraguai era pobre, com dificuldades. Senador Marco Maciel, V. Exª sabe o que é cartolina e pincel atômico? Senador Paulo Paim, a história da guerra do Paraguai estava escrita em espanhol. Gosto muito de espanhol, porque, no tempo em que estudava Medicina, quase todos os livros eram em espanhol, de El Ateneu, de Buenos Aires. Então, deleitando-me, tive vergonha de ser brasileiro. É o poder econômico perverso a que o PT se entregou no Piauí, vergonhosamente, e no Brasil; entregou-se aos banqueiros.

Senadora Heloísa Helena, eles contavam: o poder econômico da Inglaterra, os grandes empresários tinham as fábricas de tecido. Meu avô era empresário, e me lembro de que ele só falava em casimira inglês, em linho inglês, em tropical inglês. Tudo era da Inglaterra, e o transporte... Aí surgiu no Paraguai uma indústria de tecido, uma concorrente. Senador Paulo Paim, os empresários industriais ingleses chamaram: ó Brasil, esse Duque de Caxias, que é português, e deram dinheiro, dinheiro, dinheiro. Chamaram os argentinos e deram dinheiro, Senador Marco Maciel. Chamaram o Uruguai e deram dinheiro. Escrevemos a mais vergonhosa guerra da história do mundo, trucidamos e acabamos.

Senador Romeu Tuma, eles tiveram de convocar garotos de 12 anos para resistir, crianças. Esse é o poder econômico que sustentou a organização criminosa que é o PT. E aí está.

Mas Heloísa Helena e Cristovam Buarque deram-nos uma esperança.

E vem a mais bela e legítima criação do homem, que foi a democracia. Senador Romeu Tuma, quem fez a democracia foi o povo. O povo, desesperado diante dos reis, Senadora Heloísa Helena, gritou nas ruas: “Liberdade, igualdade e fraternidade!”. Caíram os reis, e nasceu o governo do povo, pelo povo, para o povo.

Então, é isso. Dividiu logo um sábio o poder absoluto dos reis, e veio a alternância do poder. Vamos usá-la, Senadora Heloísa Helena.

Senadora Heloísa Helena, abra sua Bíblia, que está aí! Coloquei também, a exemplo da grande Heloísa, uma Bíblia na minha gaveta. Está lá aquela passagem que diz: “Procurai e acharás. Batei, e vos será aberta”. Eu bato no seu coração. “Pedi, e dar-se-vos-á”. Vamos utilizar a alternância do poder. O que está aí está vergonhoso, Senadora Heloísa Helena. É a alternância do poder. Eu votei no Lula, e V. Exª também. Mas, então, vamos experimentar.

E sabem por que sou Alckmin? Vou dizer por quê. Fui Governador com Mário Covas, o homem mais digno, mais honrado e melhor que já vi. Fernando Henrique era Presidente. Senadora Heloísa Helena, vou citar um fato. Convivi muito com ele, porque ele teve sua doença, e eu era médico, trocávamos opinião. Ele me disse que a coisa que ele mais gostava de comer era pastel. Toda vez que vejo um pastel, eu o como em sua homenagem. E eu era médico, confidente, dando-lhe força: “Rapaz, você está pegando uns quilos; ruim é quando emagrece”. Era um homem de moral.

Fernando Henrique Cardoso, V. Exª foi Presidente, mas o maior líder deste País foi Mário Covas. Vou citar um fato. Os Governadores que faziam reunião, Senador Marco Maciel, depois que ele morreu, nunca mais se reuniram. Ele era o atrativo. Fernando Henrique Cardoso, vá rezar para ele e para a família dele, porque, se ele quisesse, ele o teria derrubado. Mas ele ouvia a mágoa, nós chorávamos no ombro dele, e jamais ele o agrediu, Marco Maciel. Ele era muito mais forte do que Fernando Henrique Cardoso. Os Governadores nunca mais - está aí o Azeredo - reuniram-se depois que ele morreu. E ele recebia as queixas, procurava solucionar.

Então, vejo em Alckmin esse filho. Deus não abandona os homens. Houve Golias, o monstro, e Davi o venceu. O povo escravo, Moisés libertou. E o Brasil lascado? Alckmin, vamos salvar a democracia! E ele tem a hierarquia do saber.

Heloísa Helena, há a hierarquia do saber. V. Exª é professora, o que para mim é mais do que Senadora. É a única pessoa que se pode chamar de mestre. Não se chama os ricos, os empresários ou os banqueiros de professor, de mestre.

Então, vejo, Heloísa Helena, a hierarquia do saber. Foi uma pessoa que foi preparada, como Deus preparou Davi para vencer Golias. Foi Vereador; eu não o fui. Posso ser como Giscard d’Estaing, que perdeu a presidência e disse: “Vou ser vereador na minha cidade”. Alckmin foi deputado estadual, foi prefeito, foi prefeitinho, como eu chamo, foi vice-governador, governador, deputado federal; então, ele tem a hierarquia do saber.

Heloísa Helena, foi uma bênção de Deus conhecê-la, conviver com V. Exª, que empata com Adalgisa em caráter, em luta, em força.

Mas, atentai bem, até o dia 29, vou aplicar a lei de Deus: “Pedi, e dar-se-vos-á”. Pedi o apoio a essa alternância do poder.

Mas, Senador Romeu Tuma, a admiração por V. Exª é extraordinária. Não sei se V. Exª leu a matéria “Essa é pior do que a do dossiê”. Brasileiras e brasileiros, depois da tempestade vem a bonança; isso está na Bíblia. Então, vamos para a bonança - o Brasil não resiste.

Essa de meter na cabeça e de dizer que não leu nenhum livro, mas que sabe mais que os que leram?! Sabe é uma ova! Isso não existe. Vamos acabar com esse tabu!

Está aí outro homem honrado do PT, outro homem que acaba de sair, o Tião Viana. Mas está envolvido nessa situação.

A matéria “Essa é pior do que a do dossiê”, de Jaime Leitão - atentai bem, brasileiros! -, vou lê-la pausadamente:

O atual Governo, de trapalhada em trapalhada, aos poucos vai sendo desmoralizado. O escândalo do dossiê, armado pela cúpula petista para derrubar Serra em São Paulo, e que Lula disse ignorar, está valendo vários pontos negativos para o Presidente nas pesquisas, porque essa justificativa de que ele não sabia de nada não colou nem poderia.

É o negócio de ser o Presidente “Jamanta”, daquela novela, Senadora Heloísa Helena. É o Jamanta! Nós não queremos Jamanta Presidente novamente.

Diz mais: “Agora, descobri uma outra jogada pior até que a do dossiê, só que não ganhou a repercussão que merecia”.

O articulista Carlos Chagas é o melhor articulista do Brasil. Morreu o nosso Carlos Castelo Branco, que era piauiense. Hoje, o melhor é o Carlos Chagas; eu dou a medalha para ele. O melhor, Senador Marco Maciel, era o piauiense Carlos Castelo Branco; hoje, é o Carlos Chagas.

Continua a matéria:

O articulista Carlos Chagas publicou em sua coluna na revista Brasília em Dia, na edição que saiu na primeira semana de setembro, uma revelação estarrecedora e ao mesmo tempo ridícula. Foi criada uma ONG (Organização Não-Governamental) com o nome Sociedade dos Amigos de Plutão, que tem por objetivo promover palestras no Brasil e no exterior para transformar Plutão em planeta novamente, já que, há um mês, ele foi rebaixado à condição de asteróide. E a justificativa da ONG é que essa decisão abre precedente para que a Terra no futuro também seja rebaixada e até extinta. Depois contam piada de português como se os brasileiros fossem inteligentíssimos e os portugueses burros. Esses brasileiros da ONG que nasce são todos ligados ao PT e o líder da mesma é um ex-líder sindical, filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e ao PT e, segundo Carlos Chagas, amigo íntimo do Presidente Lula.

Atentai bem, Senador Marco Maciel!

Romeu Tuma, isso é caso de polícia. Cadê sua Polícia Federal? A Polícia Federal tem de prender essa ONG logo. V. Exª é o símbolo moral dessa Força.

E é dito mais: “O mais grave vem agora: a criação da ONG saiu no Diário Oficial, que publicou a liberação de uma verba de R$7,5 milhões para as primeiras ações da ONG”.

Com esse dinheiro, Heloísa, ele terminava o porto do Piauí.

Diz ainda Jaime Leitão:

E tem mais: a nova ONG pretende firmar convênios de publicidade com a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e os Correios. E não pára por aí: segundo Carlos Chagas [o mais verdadeiro dos cronistas políticos hoje do Brasil] foram programadas retiradas semanais de R$20 mil para cada um dos - atenção para o número - 800 diretores da ONG. Esse é disparado o maior escândalo do governo Lula. Não entendo por que não está sendo divulgado com o destaque que este assunto tão absurdo e vergonhoso merece.

Há ONGs sérias, mas muitas são só fachadas para justificar recebimento de dinheiro público, sem devolver nada em termos de benefícios para a sociedade. E eles são tão burros que nem disfarçam. Essa de ONG para salvar Plutão é de cabo de esquadra. Até para ser corrupto tem que ter o mínimo de inteligência. Não é o caso. Carlos Chagas cita uma ONG que dá proteção a gatos cegos. Se Lula for reeleito, provavelmente irão aparecer ONGs como a Sociedade Protetora das Borboletas sem Asas, dos Cachorros de Três Patas, dos Unicórnios de Dois Chifres e dos Sem-Noção de Nada.

Permitir que se criem ONGs com dinheiro público com o objetivo único de favorecer companheiros de partido, com ganhos extraordinários, é um crime tão grave quanto “mensalão”, “mensalinho” e máfia das sanguessugas. Quantas ONGs existirão na mesma base?

A eleição está aí. Ainda é tempo de acordar e de evitar o caos.

Jaime Leitão é cronista, poeta, autor teatral e professor de Redação.

Senador Tião Viana, a democracia é bela. Todos nós vibramos por V. Exª, a sua eleição não pertence ao Acre, não pertence à nossa Medicina. Senador Tião Viana, Deus o colocou aí. Nós temos ética, porque nós somos médicos, nós já começamos com o Juramento de Hipócrates.

Atentai bem, Senador Paim, a Medicina é a mais humana das ciências, e o médico é um benfeitor da humanidade. Nós já começamos com o Juramento de Hipócrates, que é um tratado de ética, estudamos Deontologia Médica.

Então, pela ética, pela decência, pela dignidade, vamos ser obedientes ao povo, que construiu o maior patrimônio da humanidade: a democracia. É na democracia que o povo é soberano, que o povo decide, que o povo reflete, que o povo bota e tira. E o povo botou, e vamos tirar, daremos vida à mais bela condição da democracia, que é a alternância do poder. Vamos todos juntos dar chance a esse filho do maior dos brasileiros, Mário Covas, que é Alckmin, Presidente para o Brasil decente!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/10/2006 - Página 30368