Discurso durante a 166ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de ofício recebido do Hospital Santa Rita, instituição oncológica do Espírito Santo, agradecendo emenda com que foi contemplado. Registro de homenagem prestada hoje, na Câmara dos Deputados, pelos 30 anos da TV-Gazeta, do Espírito Santo.

Autor
Magno Malta (PL - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE TRANSPORTES. SAUDE. HOMENAGEM. SEGURANÇA PUBLICA.:
  • Registro de ofício recebido do Hospital Santa Rita, instituição oncológica do Espírito Santo, agradecendo emenda com que foi contemplado. Registro de homenagem prestada hoje, na Câmara dos Deputados, pelos 30 anos da TV-Gazeta, do Espírito Santo.
Publicação
Publicação no DSF de 11/10/2006 - Página 30651
Assunto
Outros > POLITICA DE TRANSPORTES. SAUDE. HOMENAGEM. SEGURANÇA PUBLICA.
Indexação
  • REGISTRO, ANTERIORIDADE, PRONUNCIAMENTO, SOLIDARIEDADE, VITIMA, FAMILIA, ACIDENTE AERONAUTICO, ESPECIFICAÇÃO, PASSAGEIRO, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), APREENSÃO, LIMITAÇÃO, VOO, ATENDIMENTO, USUARIO, COMENTARIO, AUSENCIA, APOIO, GOVERNO, RECUPERAÇÃO, VIAÇÃO AEREA RIO GRANDENSE S/A (VARIG).
  • COMENTARIO, HOMENAGEM, CAMARA DOS DEPUTADOS, ANIVERSARIO, EMISSORA, TELEVISÃO, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, SENADOR, SESSÃO SOLENE, DETALHAMENTO, HISTORIA, CONGRATULAÇÕES, ATUAÇÃO, COMBATE, CRIME ORGANIZADO, REGIÃO.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, DEPUTADO FEDERAL, DELEGADO, FILHO, ROMEU TUMA, SENADOR, COMBATE, CRIME ORGANIZADO, PROTESTO, AUSENCIA, REELEIÇÃO.
  • REGISTRO, AGRADECIMENTO, HOSPITAL, CANCER, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), RECEBIMENTO, RECURSOS ORÇAMENTARIOS, RESULTADO, EMENDA, AUTORIA, ORADOR, ELOGIO, RELEVANCIA, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, TRATAMENTO, SAUDE, POPULAÇÃO.

O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PL - ES. Pela Liderança do PL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, assistência presente, visitantes queridos que visitam o Senado e participam conosco, jovens, adultos, amigos, sejam bem-vindos. Estamos felizes de termos vocês aqui participando da sessão em que discutimos proposições a respeito da nossa Nação em momento tão importante.

Sr. Presidente, ontem fiz um pronunciamento referindo-me, Senador Marcos Guerra, às vítimas do acidente da Gol, porque do Espírito Santo, nosso Estado, foram catorze vítimas. Só de Cachoeiro do Itapemirim foram dez pessoas.

O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PL - ES. Pela liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, assistência presente, queridos visitantes do Senado Federal, jovens e adultos, amigos, sejam bem-vindos. Estamos felizes por vocês participarem desta sessão em que discutimos proposições a respeito da Nação, em momento tão importante.

Sr. Presidente, ontem fiz um pronunciamento em que fiz referência às vítimas do acidente da Gol. Senador Marcos Guerra, do nosso Estado, o Espírito Santo, foram catorze vítimas. Só de Cachoeiro de Itapemirim foram dez pessoas, inclusive dois médicos. Um deles, anestesiologista, me anestesiou, Senador Marcos Guerra, na última cirurgia que fiz. Ontem, desta tribuna, rendi-lhes minha solidariedade.

Eles tinham a perspectiva de que, a partir das 14 horas de ontem, a Gol divulgaria mais 21 nomes dos encontrados. Dois nomes eram de Cachoeiro de Itaperimim: uma auditora ambiental e um companheiro e amigo nosso, Secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim.

O Brasil e todos nós estamos enlutados pelo passamento, de forma tão trágica, desses amigos. Famílias inteiras deste País estão vivendo esse drama, sofrendo ainda dentro de um vendaval de angústias por causa desse acidente.

Senador Romeu Tuma, que preside esta sessão, V. Exª, junto com o Senador Paulo Paim e tantos outros, apelamos tanto para que o Governo fizesse um esforço no sentido de salvar a Varig naqueles primeiros dias, quando havia possibilidade. Hoje, sem a Varig e a Vasp, só temos a Gol e a TAM, para atender a uma nação do tamanho do Brasil.

Com esses acidentes, as pessoas que precisam de avião começam a se intimidar porque não têm possibilidade de escolha; ficou mais ou menos plebiscitária: vai-se de Gol ou de TAM - lembro que há também a RBA e outra companhia menor.

Sr. Presidente, penso que, naqueles dias, deveríamos ter atendido a Varig - aqui lutamos e falamos sobre isso - para que pudéssemos evitar tantas demissões. Hoje, as informações são de que a Varig só faz ponte aérea.

Sr. Presidente, recebi hoje, com muita felicidade, um ofício do Hospital Santa Rita, hospital oncológico onde minha mãe, Dona Dadá, ficou internada por três meses fazendo quimioterapia. Deus resolveu levar minha mãe aos 57 anos. Seus últimos três meses de vida foram no Hospital Santa Rita, onde ela recebeu um atendimento impecável, como recebe qualquer cidadão que vai àquela instituição.

Recebi da Telma Dias Ayres, Presidente do Hospital, agradecimentos por ter o hospital recebido uma verba de R$160 mil, advinda de uma emenda. Agora estou com muito medo de emendas porque elas foram criminalizadas. Ficamos até preocupados com o fato de um hospital oncológico como esse - tenho o relatório nas minhas mãos - se alegrar com tão pouco, dado o tamanho da demanda.

O Senador Augusto Botelho é médico e sabe como avança a passos largos essa doença.

Na minha adolescência, ouvia-se falar em câncer, uma doença sem cura que normalmente acometia adultos e pessoas no caminho para a terceira idade, Senador Tião Viana. Mas, hoje, há um número absurdo de pessoas atingidas pelo câncer desde a tenra idade, de maneira significativa na adolescência, na idade mais madura e assim sucessivamente. É tanto que esses hospitais que tratam oncologia têm uma demanda muito alta.

Aqui estão os números do Hospital Santa Rita, que não se furta ao atendimento. Radioterapias (aplicações do SUS) em 2003, 77.940; em 2004, 85.665; em 2006, 91.768. A soma totaliza 281.011 atendimentos realizados por meio do SUS para pacientes portadores de câncer.

Eu quero parabenizar o Hospital Santa Rita que tão bem faz ao Estado Espírito Santo e é referência, embora tenhamos outros hospitais menores mas que não têm essa especialidade. O Hospital Santa Rita, Senador Marcos Guerra, tem feito um trabalho dos mais significativos, com suas portas abertas tanto aos pobres, aos menos favorecidos, quanto aos mais favorecidos que procuram o tratamento e lá são mantidos o tempo necessário. Ainda que, ao final de tudo isso, como aconteceu com a minha mãe, venha o óbito. Mas eu sou testemunha - e quero aqui parabenizar o hospital - pelo carinho e atenção. Estive lá há dois meses, visitando uma amiga, que também veio a óbito.

Buscam-se pesquisas de forma incessante e forte no sentido de combater e acabar com a Aids, mas ainda não se fala muito num final para o câncer, uma doença tão mais velha, tão mais antiga. Ainda não se tem qualquer possibilidade, qualquer projeção, Senador Marcos Guerra, para se erradicar uma doença dessa natureza. Mas, graças a Deus, no Espírito Santo existe o Hospital Santa Rita, e pobres e ricos lá são atendidos.

Sr. Presidente, eu gostaria ainda de dizer que a Câmara dos Deputados fez uma sessão solene em que homenageou a TV Gazeta do Espírito Santo pelos seus 30 anos. Ouvi discursos significativos, históricos, que bem fizeram ao meu conhecimento do Estado do Espírito Santo. Quando cheguei ao Estado do Espírito Santo, Senador Marcos Guerra, a Gazeta já existia. Lá cheguei em 1982; então a Gazeta me viu chegar porque ela tem 30 anos. A Gazeta conhece a minha história pública; a Gazeta conhece a minha história desde meu nascedouro lá no Estado do Espírito Santo. Comemorar os 30 anos da Gazeta nessa sessão solene em que a bancada toda se fez presente - V. Exª lá estava, o Senador Gerson Camata, que está licenciado, veio para participar, o Senador João Batista Motta, os Deputados federais.

Tenho aqui um caderno especial “Gazeta, Trinta Anos”, que traz a história da Gazeta, desde a sua primeira antena, na Fonte Grande, os seus primeiros equipamentos. Em seguida, a foto do Cariê, Senador Guerra. O Cariê, que é um empreendedor, é filho de ex-Governador, hoje estava conosco aqui, acompanhado por sua mãe, ela que foi primeira-dama do Estado por duas vezes. É uma família empreendedora que tanto fez bem ao Estado do Espírito Santo, pois quem gera emprego gera honra. Quem dá trabalho gera honra. E a família Lindenberg gera trabalho. E quem dá trabalho gera honra, porque a honra de um homem é seu trabalho.

E os funcionários, o quadro, o material humano, dessa rede de comunicação, Senador Tuma, sem dúvida alguma, fazem a diferença. Tem trinta anos a televisão. Lá temos funcionários quase da mesma idade da televisão. Neste suplemente está a foto de Dona Antonieta, ex-primeira-dama por duas vezes; há fotos do dia da inauguração. Aqui está o ex-Senador Élcio Álvares, que foi colega de V. Exª, quando foi Governador. Ele agora se elegeu Deputado Estadual. Quero parabenizá-lo. Ele está lá, alegre e feliz, igual a uma criança, vibrando com o seu mandato. E certamente ele fará muito bem ao debate na Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo. Aqui está a família Lindenberg, que homenageio hoje. E hoje o Diretor principal que está aqui, esta criança, o Café, hoje um homem feito, mas que está uma criança aqui ao lado do seu pai.

O Nelson Bonfante, o Paulo Canno são pessoas importantes para a sociedade do Espírito Santo pela isenção com que fazem jornalismo e entretenimento no Espírito Santo, como, também o Café, esse garoto que acabei de mostrar nesta foto aqui agora e que hoje é o Diretor Geral da Rede Gazeta de Televisão e faz um trabalho dos mais significativos. Aqui D. Maria Alice - que é a mãe dele - organizou toda a festa que culminou nessa sessão solene. E o Magalhães é quem faz toda a mídia da TV Gazeta. Gente competente que orgulha o Espírito Santo.

Quero encerrar falando do Bira, que foi importado de Minas Gerais para o Espírito Santo e ajudou a montar a TV. O Bira faleceu como funcionário da TV Gazeta. Segundo depoimento dos seus companheiros, Bira foi a figura mais importante e de maior qualidade naquela televisão.

O Valtinho, do setor financeiro, é amigo da gente, é gente significativa lá. E Abdo Chequer, apresentador do Bom-Dia Espírito Santo há “duzentos” anos. A televisão tem trinta anos e Abdo há “duzentos” anos apresenta o Bom-Dia Espírito Santo. Algumas vezes tive o privilégio de ser entrevistado por ele, esse jornalista respeitado, capaz, decente, honrado, ético, cheio de princípios, que é o Abdo Chequer, uma pessoa por quem tenho o mais profundo respeito. Arrumou seus cabelos brancos ali sentado fazendo Bom-dia Espírito Santo, porque começou na Gazeta há 24 anos. Os “duzentos anos” são somente uma brincadeira.

Aqui há outros funcionários. São pessoas que começaram com a Gazeta e continuam lá felizes e alegres.

Quero parabenizar a TV Gazeta. E parabenizar por quê, Senador Sérgio Guerra? Porque a TV Gazeta esteve nos momentos mais importantes da história do Espírito Santo.

O Espírito Santo viveu humilhado pelo crime organizado por doze anos. Senador Tião Viana, V. Exª, do Acre, sabe o que é viver humilhado pelo crime organizado. O crime organizado nasceu, cresceu e enraizou nas vísceras do Estado. E, no Estado do Espírito Santo, como no seu Acre, havia um Estado criminoso dentro do Estado de Direito. E a TV Gazeta foi implacável, Senador Tião Viana, isenta no combate ao crime organizado e no enfrentamento a ele. E, graças a Deus...Debelado não sei se foi...V. Exª conhece a história do Espírito Santo, porque o seu filho Robson Tuma, que esteve aqui, que tenho como um irmão querido...

O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma - PFL-SP) - Estive lá comandando operações várias vezes.

O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PL - ES) - E V. Exª sabe o que se tornou o Estado do Espírito Santo. No Estado do Espírito Santo, o crime organizado usava estola, tinha patente, divisa, toga, tomava conta das colunas sociais. Doze anos de humilhação! Mas o Estado resistiu, não caiu, não cedeu, e a Rede Gazeta de Televisão foi implacável no combate ao crime organizado.

E na CPI do Narcotráfico, que eu tive o privilégio de presidir, indiciou 864 e mandou para a cadeia 348, seu filho foi dos relatores mais importantes. Penso que São Paulo não fez justiça a Robson Tuma nesse pleito eleitoral.

Trabalhamos três anos na CPI do Narcotráfico. Penso que naqueles três anos de CPI do Narcotráfico, o que ele enfrentou e o que produziu para o Brasil... Deus tem seus caminhos, é Deus que escreve as coisas, é Deus que comanda todas as coisas. Não somos nós. É Deus que sabe, é Deus que tem o controle. Mas, do ponto de vista humano, a gente fica se perguntando como que um moço que trabalhou tanto e que foi implacável no combate ao narcotráfico - é essa a pergunta que me faço - não teve sua reeleição garantida.

Mas naquela CPI em que seu filho foi parte tão significativa, 10% dos indiciados eram do meu Estado. Por sete anos, andamos com Polícia Federal eu, minhas filhas, minha esposa, em função de ameaças constantes de morte. E o seu filho a mesma coisa, V. Exª sabe disso. E a TV Gazeta foi implacável.

Por isso, Senador Romeu Tuma, quero abraçar a TV Gazeta do meu Estado. Existem outros órgãos de comunicação, mas quem está fazendo aniversário é esse aqui. No dia dos outros falarei a mesma coisa.

Parabéns a Rádio Gazeta, por esses trinta anos de geração de empregos, pagamento de salários que proporcionam aos cidadãos a possibilidade de colocar comida na mesa da sua família e pelo combate implacável ao crime organizado com muita isenção. Por isso fica aqui o meu abraço a nossa querida TV Gazeta.

Antes de encerrar, queria que V. Exª levasse o meu abraço ao Tuma Júnior. Deixei um recado para ele, delegado dos mais brilhantes de São Paulo. Foi o Tuma Júnior que fez a prisão mais importante no caso Celso Daniel.

A partir daquela prisão que se deu na região dele como delegado, foram desvendadas as informações mais precisas no caso Celso Daniel. Tudo se deu a partir do trabalho daquele delegado seu filho. Se ele é motivo de orgulho para nós, imagine para V. Exª!

Leve a ele o meu abraço. Diga-lhe que sinto muito. Deus comanda, tem o controle e diz o que é e o que não é. Mas do ponto de vista humano, eu diria que São Paulo falhou com Tuma Júnior. Com a criminalidade que temos neste País...E a violência ultrapassou todos os limites prováveis no Brasil: crime organizado, tráfico de drogas, uso e abuso das drogas...Um delegado feito Tuma Júnior, que põe a cara na reta, que é novo, destemido, Senador Tião Viana, policial inteligente...O processo dedutivo dele é uma coisa impressionante.

Não fique V. Exª triste comigo por ter passado dois minutos fazendo referência a esse delegado por quem tenho tanta admiração que é seu filho Tuma Júnior, que contribuiu tanto para São Paulo e que vai voltar a contribuir na sua função como delegado. Acho que São Paulo está precisando mesmo de um delegado feito ele.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/10/2006 - Página 30651