Discurso durante a 166ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas ao governo do PT. Afirmação de que Geraldo Alckmin é "filho político" de Mário Covas e é o melhor candidato para assumir a Presidência da República.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES.:
  • Críticas ao governo do PT. Afirmação de que Geraldo Alckmin é "filho político" de Mário Covas e é o melhor candidato para assumir a Presidência da República.
Publicação
Publicação no DSF de 11/10/2006 - Página 30730
Assunto
Outros > ELEIÇÕES.
Indexação
  • BALANÇO, CANDIDATURA, REELEIÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, COMPROVAÇÃO, PERDA, APOIO, REGISTRO, HISTORIA, DEBATE, TELEVISÃO, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.
  • CRITICA, FALTA, EXPERIENCIA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, COMPARAÇÃO, EFICACIA, ATIVIDADE POLITICA, GERALDO ALCKMIN, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, DEMONSTRAÇÃO, SUPERIORIDADE, QUALIFICAÇÃO, COMPETENCIA, EXERCICIO, FUNÇÃO PUBLICA, IMPORTANCIA, APRENDIZAGEM, MARIO COVAS, EX GOVERNADOR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP).
  • COMENTARIO, APOIO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), GERALDO ALCKMIN, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, COLIGAÇÃO PARTIDARIA, REPRESENTAÇÃO PARTIDARIA, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), PARTIDO DA FRENTE LIBERAL (PFL).
  • REGISTRO, DESCUMPRIMENTO, PROMESSA, CAMPANHA ELEITORAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), ESTADO DO PIAUI (PI).

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador João Batista Motta, que preside esta sessão, Srªs e Srs. Senadores presentes na Casa, brasileiras e brasileiros aqui presentes e que nos assistem pelo Sistema de Comunicação do Senado, olhem, pela minha vida de político, tenho uma observação a fazer: já vi, Senador João Batista Motta, freios e freios. há freio de bicicleta, de moto, de caminhão, avião tem freio, trem tem freio, carroça tem freio, até homem tem freio, a mulher bota o freio, não é? Mas, brasileiras e brasileiros, nunca vi freio em queda política. Jornalista Ferro Costa, tenho observado, em queda política não tem freio! Até em homem, mulher bota freio: de vez em quando, Adalgisinha me coloca uns freios, e eu freio.

Tudo. Carroça, cavalo tem freio. Carreiro, em queda política não vi, não. Freio em queda política nunca vi. Estava em todas as pesquisas: Lula, o maioral, com 60%, ganha no primeiro turno. Mas o homem começou a cair. Queda política. Era o maior, mas aí estão todas as pesquisas, Senador João Batista Motta, o homem ia ganhar, 60%, no primeiro turno. Mas começou a cair. E, no domingo, desembestou sua queda política. É preciso conhecer a historia do debate. O primeiro debate político televisionado, Senador João Batista Motta, foi de John Fitzgerald Kennedy e de Richard Nixon. Aliás, o Richard Nixon era conhecido demais. Oito anos presidente. Eisenhower, herói de guerra, até o aconselhou a não ir. Disse para não ir, pois era o primeiro. Mas Nixon foi. Era conhecido nos Estados Unidos, no mundo. É como o Lula, conhecido, porque viajou muito. Olha que o homem viajou. Viajou muito e ficou conhecido. Nixon também estava. Vice-Presidente, preparado. Ele foi. Aí apareceu Kennedy, os dois, um defronte ao outro.

Nixon com arrogância de que era o senhor, já havia ganho, as pesquisas demonstravam; o outro, disputando a presidência pela primeira vez - era senador da república, já tinha sido deputado. Começou, então, o debate; e Kennedy ficou conhecido. O Nixon se aperreou com as indagações.

Mas há aqueles que estão dizendo, falando e querendo mudar o fato do comportamento de um homem que conheço, de uma educação fina, e o Brasil conhece, cristão, católico: o Governador Geraldo Alckmin. De repente, não tem criança, não tem idoso, não tem ninguém que não conheça, hoje, neste País, Geraldo Alckmin. E ele ganhou.

Faço uma revisão do primeiro debate de televisão e a vitória de Geraldo Alckmin. Digo que gosto e procuro buscar na história algo que nos pode ajudar: Geraldo Alckmin foi melhor do que Kennedy. Foi melhor! E estou orgulhoso.

O Kennedy era mais novo, tinha 45 anos. E o Geraldo Alckmin demonstrou ao País sabedoria. Aliás, Shakespeare disse que “o segredo é unir a juventude com a experiência.” Geraldo Alckmin faz isso: para Presidente, ele é jovem, mais novo do que muitos que chegaram à Presidência, e ainda tem sabedoria.

Senador João Batista Motta, existe a hierarquia do saber em tudo e vamos acabar - e a ignorância é audaciosa - de dizer afirmativas como “O Lula nunca leu um livro, mas sabe mais do que quem leu.” Sabe não. Ele não sabe, porque ele mesmo diz a todo instante que não sabe e que não viu. Aliás, lá no Piauí as crianças o apelidaram de Presidente Jamanta, aquele da novela da Globo. Não existe aquele horário em que a Globo retransmite as novela, às 14 horas? Seria bom colocar novamente no ar o Jamanta. Foi a melhor novela. V. Exª assistiu Senador João Batista Motta a novela? Como era o nome da novela? Só sei que tinha o Jamanta.

O homem está caindo e não tem freio em queda política: 50% não deu e dizem que ele tinha era 60%. No domingo a queda foi maior e o País todo viu: a educação, a aparência, a finura, a competência, o entendimento, a experiência. Olha que o homem tem a hierarquia do saber político. Foi Vereador. O Vereador, Senador João Batista Motta, é um Senador municipal, é a experiência mais importante, porque é o mais próximo, é a base do poder político e da democracia. Pois Alckmin tem essa experiência.

E é tão importante, que Giscard d’Estaing quando perdeu as eleições para Mitterrand, passou a faixa e perguntaram-lhe o que ele iria fazer. Ele, que tinha governado a França por sete anos, era um estadista, ganhou no 1º turno, era o melhor discípulo de Charles de Gaulle, respondeu: “Vou ser Vereador na minha cidade.”

Pois Geraldo Alckmin tem essa experiência. Lula, você tem essa experiência de Vereador? Não. Um a zero para Geraldo Alckmin.

Outra grande experiência que tenho e de que me orgulho é ter sido Deputado Estadual. Geraldo Alckmin foi brilhante em São Paulo. A Assembléia Legislativa de São Paulo tem na galeria o competente Deputado Estadual Geraldo Alckmin. Ó Lula, foste Deputado Estadual? Não. “Pegou pau” de novo.

Depois ele foi Prefeito, importante, eu chamo de prefeitinho. Juscelino Kubitschek, porque foi o maior político desse Brasil? Ele foi Prefeito de Belo Horizonte, construiu Belo Horizonte. Ó Lula, foste Prefeito? Aliás, elegeram-no ao menos para síndico do seu edifício? Não. Deputado Federal os dois foram. Vereador, Estadual, Prefeito. Três a zero para o Alckmin. Deputado Estadual foi um e foi outro. Analisem e façam o retrospecto do Deputado Federal Lula. Reprovado. E está aí na Câmara... Venham lá do PT... Comparem um e outro: Alckmin fez a lei do consumidor, promoveu avanços no direito de saúde, nas conquistas do SUS. O Alckmin foi Deputado Federal muito, muito, muito melhor.

Vice-Governador o Lula não foi, São Paulo nunca quis nem Pernambuco. Nunca ninguém o convidou para ser companheiro de chapa.

O Alckmin foi Governador, mas não foi simplesmente um Governador, foi o melhor Governador do Estado de São Paulo. Austeridade. Atentai bem, João Batista! Eu sou médico-cirurgião e sabem como chegamos a ser médico-cirurgião? Começa-se estudando. Temos de estudar.

Só quem não acredita em estudo é esse pessoal do PT. A ignorância é audaciosa.

Estudamos anatomia, o corpo, e começamos olhando quem sabe operar e, depois, começamos auxiliando. De repente, nos tornamos um cirurgião. Foi assim que eu aprendi cirurgia: com os bons, como o Professor Mariano de Andrade.

E com Geraldo Alckmin também foi assim: ele teve o melhor mestre, o mais decente, o mais correto, o mais iluminado! Leonardo da Vinci disse: “Mau discípulo é aquele que não suplanta o mestre”. João Batista, o mestre dele foi Mário Covas. Eu convivi com Mário Covas, juntos, como Governadores. Ele teve a sua doença, o seu câncer e, eu, como médico, o encorajava, o motivava. Mas o câncer o venceu. E ele deixou o seu filho político, que é Geraldo Alckmin.

Todos nós sabemos que Mário Covas foi, aqui neste Parlamento, cassado, combatendo a ditadura, Prefeito de São Paulo, Governador. E as obras! A sua maior obra foi formar, preparar Geraldo Alckmin.

Essa foi sua grande obra.

Senador João Batista Motta, é uma pena o Senador Marcelo Crivella não esteja presente. Quero dizer que Deus é bom e não abandona o seu povo. Era preciso um dilúvio? Deus queria, estava em seus planos para melhorar a humanidade, mas Ele enviou Noé. Apareceu Golias maltratando o povo de Deus, como o PT maltrata o povo do Brasil. Deus enviou Davi. Deus não abandona seu povo. O povo de Deus era escravo. ‘Vai lá, Moisés, com seu irmão Aarão, e liberta o povo de Deus.” O Brasil está arrasado, no lar da corrupção, da falta de ética, de moral. Assalta-se o Banco Rural - que deveria dar sementes, tratores, capital, investimento e custeio - para comprar Deputados, enxovalhando.

Há ainda os vampiros, as sanguessugas, o dólar na cueca, o dossiê. Raimundo Carreiro da Silva, o PT perdeu a noção de dinheiro. O PT é uma organização criminosa. Não é um Partido, é uma organização criminosa.

Atentai bem! Um milhão, setecentos e cinqüenta mil reais não é nada para eles. Perderam a noção. São pecadores e não têm noção do que é pecado mortal, do que é pecado venial.

Um milhão, sabem o que é isso? Ô, Zezinho! O brasileiro tem noção. Carreiro, R$1,700 milhão!

Ouvi um pilantra numa CPI dessas - por isso que nunca participei de uma CPI, para não ter úlcera - dizer o seguinte, quando perguntado sobre um cheque de R$400 mil: “Não, só me lembro de mais de R$500 mil; R$400 mil não sei nem para quem dei”.

Agora vou dizer o que é R$1,700 milhão. São uns pilantras, é uma organização criminosa! Estamos aqui para declarar guerra. É guerra mesmo. Vim do Piauí. Colocamos os portugueses para fora com guerra, e os portugueses eram muito melhores do que os bandidos do Partido dos Trabalhadores.

É guerra. Cristo, que era bondade e paz, enfureceu-se quando passaram dos limites. Pegou o chicote, a chibata e colocou os vendilhões para fora do templo. Temos de colocar esses homens para fora do poder.

Zezinho, um trabalhador que ganha salário mínimo leva um ano para ganhar R$4.000,00; em 100 anos, ganhará R$400.000,00. Carreiro, se ele trabalhar 200 anos, ganhará R$800.000,00; em 300 anos, R$1,200 milhão; em 400 anos - esses pilantras, essa quadrilha do PT pegou esse dinheiro! Isso é brincadeira para eles; para o Lula, isso é brincadeira - será R$1,6 milhão. É o tempo que se leva para conseguir aquele dinheiro, aquele montão que não deixaram fotografar e cuja origem desconhecem. Um homem de vergonha na cara - vergonha que o PT não tem - precisa de 450 anos de trabalho para conseguir aquele dinheiro.

O Brasil tem 506 anos. Pedro Álvares Cabral teria de ficar aqui e trabalhar a vida toda...

(Interrupção do som.)

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - ... para ter esse dinheirão. E levam na brincadeira! Ninguém sabe, ninguém viu.

Mas quero dizer que ele caiu domingo no debate. Segunda-feira, o maior Líder de Brasília, Joaquim Roriz, lança a candidatura e une o seu Partido, o nosso Partido, o PMDB, ao PSDB, ao PFL e ao PTB. E Roriz, o reencarnado de Juscelino Kubitschek, diz que Geraldo Alckmin vai ganhar a eleição por 300 mil votos.

Piauienses - somos 300 mil piauienses nesta cidade -, vamos votar em Geraldo Alckmin!

Hoje, fomos ao Piauí, a exemplo de Roriz. Lá, unimos o PMDB, que de vergonha não se vende. PMDB de vergonha, PMDB de Ulysses, de Teotonio...

(Interrupção do som.)

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - ... de Tancredo, de Juscelino. E lá estavam o PSDB, o PFL e o PP. E vamos ao Piauí expulsar o PT, como expulsamos os portugueses em guerra sangrenta, porque este é o Governo da mentira. É melhor para o Piauí e é melhor para o Brasil.

Mentiras: vou citar só dez. Primeiro, prometeu o Porto de Luís Correia. Com US$10 milhões, ele teria feito um modelo.

A estrada de ferro Teresina-Parnaíba, Luís Correia-Parnaíba. Foi com isso que iludiram o Senador Alberto Silva. Ele foi para a televisão e disse que, em 60 dias, estaria lá. Não fizeram nada! Enganaram. Aproveitaram-se da longevidade de Alberto Silva. E Lula o enganou e enganou o Piauí.

Os aeroportos internacionais: dois.

(Interrupção do som.)

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Ferro Costa. O de Parnaíba foi criado por Reis Velloso e Dirceu Arcoverde. Pintou o aeroporto e diz ser aeroporto internacional! Não há nem escada de avião internacional, que é grandona! Não há nem gasolina, não há alfândega. Essa é a verdade.

Em São Raimundo Nonato é pior: não pára mais nem um avião pequeno.

Parnaíba nunca dantes teve uma situação igual. Não há nem mais uma linha aérea, uma área de avião pequeno.

Cinco hidroelétricas este PT disse que ia fazer no Piauí. Cinco! Eles não ligam coisa com coisa. Cinco! Mas ganharam a mídia. Enganaram, propaganda enganosa.

A Transcerrado está lá. No cerrado, onde plantamos soja, não fizeram nada!

Há uma ponte que era para ser inaugurada no aniversário de 150 anos de Teresina. Senador João Batista Motta, fiz uma ponte, no mesmo rio, em 87 dias. O Senador Heráclito fez outra em 100 dias. E ele foi ali e prometeu: “No aniversário de 150 anos de Teresina”! Teresina já fez 151, 152, 153 e 154 anos. Quatro anos de mentira!

Fiz a Ponte Wall Ferraz em 87 dias com dinheiro do Piauí, em Lourival Parente, com operários do Piauí. Oitenta e sete dias!

Hospital universitário? Nada! Ambulatório? Engana! Nunca!

O pronto-socorro de Teresina está lá, o Prefeito pede. Ele prometeu. O pronto-socorro que existe foi o que fiz anexo ao Getúlio Vargas.

A Universidade do Delta e a refinaria foram promessas do PT, em Paulistana, porque eqüidistante das capitais e eram investimento, como Juscelino construiu Brasília para integrar o País.

Então, vamos votar em Geraldo Alckmin, porque ele é melhor para o Brasil.

Brasileiras e brasileiros, nunca vi a verdade, que é Geraldo Alckmin, perder para a mentira, que é Lula.

Vamos utilizar a maior riqueza da democracia, que é a alternância do poder, e votar, para um Brasil decente, Geraldo Presidente!

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/10/2006 - Página 30730