O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Eu queria dizer aqui, de público, o que precisamente aconteceu nesse episódio. Eu estava sentado ao lado do Senador Teotônio Vilela - e não participava da roda, nesse momento, o Presidente da Casa Senador Renan Calheiros -, quando o Senador Antero Paes de Barros, não em tom de brincadeira, evidentemente, mas atônito com essa coisa nova, mas capaz de fazer bem também, que é a Internet, entrega-me aberta essa peça suja a que V. Exª se referiu. Ao mesmo tempo, notou que um fotógrafo havia captado a cena, conforme, aliás, é do dever dele.

            O que fiz eu? A matéria se equivoca, quando se refere a que eu teria brincado. Nem brinquei, nem brincaram os Senadores Teotônio Vilela e Antero Paes de Barros. Fechei a matéria e fiz um bilhete a V. Exª, dizendo que isso estava circulando na Internet.

            Lamento muito, porque V. Exª é, de fato, uma pessoa extremamente respeitável e tem o direito de ter a sua vida pessoal reservada. Nesse tempo de terrorismo, não sei se se trata de anarquia ou anarquismo desse tal site ou até de manifestação política, porque gente que inventa que fulano de tal vai privatizar o Banco do Brasil sem que isso seja a intenção do candidato; gente que inventa que fulano de tal vai acabar com a Zona Franca de Manaus, sem que isso seja a intenção do candidato; gente que já tem todo esse passivo de dossiê falso nas costas; gente que teve coragem de expulsá-la do partido, sem que V. Exª tivesse cometido delito nenhum, e que não é capaz de expulsar do partido o praticamente réu confesso Berzoini - esse vai para a Comissão de Ética da Câmara, porque é visto e agora jurisprudenciado como alguém que deu aval para que se comprasse aquele dossiê sujo -; gente desse tipo, com esses pesos e essas medidas, muito bem pode estar por trás disso.

            Mas eu, que conheço um dos seus filhos e tenho por V. Exª o respeito que V. Exª sabe que tenho, quero passar minha inteira solidariedade a V. Exª, meu inteiro sentimento de que V. Exª não fez outra coisa, a não ser defender-se agora, e com justeza. E lamento, porque o uso daquela matéria não foi o momento mais feliz de jornalistas tão respeitáveis.

            Para mim, há coisas mais importantes acontecendo no País, mas endosso os termos da sua revolta de mãe de família, de Parlamentar e de figura pública, que, sem dúvida nenhuma, é uma das mais respeitáveis deste País.