Discurso durante a 167ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Manifestação de solidariedade à Senadora Heloísa Helena. Críticas ao Presidente Lula.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
IMPRENSA. ELEIÇÕES.:
  • Manifestação de solidariedade à Senadora Heloísa Helena. Críticas ao Presidente Lula.
Publicação
Publicação no DSF de 12/10/2006 - Página 30831
Assunto
Outros > IMPRENSA. ELEIÇÕES.
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, HELOISA HELENA, SENADOR, VITIMA, AGRESSÃO, IMPRENSA, ELOGIO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
  • LEITURA, MENSAGEM (MSG), INTERNET, CIDADÃO, ESTADO DE SANTA CATARINA (SC), APRESENTAÇÃO, SUGESTÃO, NOMEAÇÃO, HELOISA HELENA, SENADOR, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA JUSTIÇA (MJ), OBJETIVO, AGILIZAÇÃO, INVESTIGAÇÃO, POLICIA FEDERAL.
  • LEITURA, MENSAGEM (MSG), INTERNET, AUTORIA, MULHER, CONCLAMAÇÃO, MANIFESTAÇÃO, APOIO, GERALDO ALCKMIN, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, BUSCA, SOLUÇÃO, PAIS.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, SANDRA CAVALCANTI, EX-DEPUTADO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), APOIO, CANDIDATURA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), PRESIDENTE DA REPUBLICA, REPUDIO, CORRUPÇÃO, GOVERNO FEDERAL.
  • REPUDIO, CRIME, CORRUPÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), AUSENCIA, COMPARAÇÃO, DITADURA, ETICA, REGIME MILITAR, DEFESA, ORADOR, CONSTRUÇÃO, DEMOCRACIA.
  • CRITICA, VIDA PUBLICA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, AUSENCIA, ANTERIORIDADE, EXERCICIO, MANDATO, EXECUTIVO, COMPARAÇÃO, GERALDO ALCKMIN, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.
  • COMENTARIO, NOTICIARIO, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), CRITICA, CAMPANHA ELEITORAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), CORRUPÇÃO, DESVIO, RECURSOS.

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senadora Heloísa Helena, que preside esta sessão, Senadores e Senadoras presentes, brasileiras e brasileiros presentes e os que nos assistem pelo Sistema de Comunicação do Senado, quis Deus estar eu na tribuna quando V. Exª preside a sessão e faz um desabafo a essa agressão.

            Heloísa Helena representa, Senador Geraldo Mesquita Júnior, a grandeza da mulher verdadeira na história do mundo. Ela repete a cada dia, a cada instante, a grandeza da participação da mulher na história do mundo. Vê-la agir é rever Cláudia, mulher de Pilatos, a dizer “Pilatos [esse homem era bom, era justo], seja firme”; é rever Verônica, que vence o cerco militar, enxuga o rosto de Cristo, dá-lhe água, e fica a imagem; é rever as três Marias que estavam lá na hora final de Cristo. É rever aquelas que foram visitar o túmulo e disseram que ele havia ressuscitado.

            Senadora Heloísa Helena, estou diante de uma série de e-mails que recebi hoje sobre esses pronunciamentos. Ia ler, por coincidência, o de uma mulher que representa a bravura da mulher que V. Exª sintetiza hoje: a mulher mãe, enfermeira, professora, política, senadora, de que todos nos orgulhamos. A mulher da democracia.

            Foi somente graças à coragem e à bravura da Senadora Heloísa Helena que o País teve esses momentos de reflexão democrática. Se não fosse a Senadora Heloísa Helena, o mal teria vencido o bem, a mentira teria encurralado a verdade, e o povo brasileiro estaria no abismo da irresponsabilidade, no mar da corrupção.

            Sou médico, e dizem que existiu uma Florence Natingale, grande enfermeira na história do mundo. Ana Nery, também como Florence Natingale, heróica, foi até as guerras. Quero dizer que conheci essas histórias e conheci a enfermeira Heloísa Helena.

            Deus escreve certo por linhas tortas. Quis Deus que, desses inúmeros e-mails, Senador Heráclito Fortes, que recebi após os pronunciamentos - V. Exª, Senador Heráclito Fortes, é muito citado aqui, bem como V. Exª que há pouco presidia a sessão, Senador João Batista Motta - veio um sobre Senadora Heloísa Helena, veiculado no jornal O Globo - e tenho que dizer que o poder de um jornal vale pela verdade que diz -, dizendo que a Senadora engrandeceu este País.

            Há pouco conversávamos, e sugeri que a Senadora Heloísa Helena descansasse, porque foi uma guerreira. Sei o que é enfrentar essa organização criminosa que é o PT, associado com o poder econômico perverso que aí está. E sugeri a S. Exª que descansasse no litoral do nosso Piauí. Sei como as coisas devem ter sido. A Senadora pode dizer como o apóstolo Paulo: “Percorri meus caminhos, guardei minha fé e combati o bom combate”. Sugeri a S. Exª que tivesse o repouso de guerreira no Piauí. A Senadora perguntou-me se eu tinha casa na praia. Respondi que minha casa é grande, vários familiares meus têm casa ao lado, mas maior será nosso orgulho em hospedá-la lá nas praias do Piauí.

            As águas foram sujas quando Lula mergulhou lá. Então, V. Exª, Senadora, precisa limpá-las com pureza, coragem e dignidade. Está feito o convite.

Eu gostaria de ler o e-mail que recebi do Sr. José Claudino Soares.

Assunto: Parabenizar

Senador Mão Santa,

Sou catarinense e tinha como meta, após formar meus filhos e me aposentar, ir passear e principalmente conhecer meu Brasil. Ano passado, precisamente em 27/05, iniciei viagem para conhecer o nordeste. Começando pelo Espírito Santo até Belém do Pará. Mas como diria V. Exª, “atentai bem” por onde passastes, e passei pelo Piauí. Teresina, sua capital é uma cidade muito acolhedora, ou melhor, a mais acolhedora de todo o Nordeste, desde um simples transeunte, quando se pede uma informação, não querendo desmerecer nenhuma outra. Por isso é que esse Senador elogia tanto a sua terra. Realmente merece, por isso o parabenizo. Pois só um povo tão hospitaleiro pode ter representante no Senado de tamanha competência. Mas, Senador, por ter acompanhado na TV Senado, que tal, para agilizar a apuração do nosso “dossiê”, nomear a Senadora Heloísa Helena para Ministra da Justiça, pois acredito que a Polícia Federal, com a habilidade que tem, teria o problema resolvido em 72 horas.

Por hoje é o que tinha.

Voltarei em outra oportunidade.”

            Isso aqui, brasileiras e brasileiros, é o sentimento do povo do Brasil em respeito ao comportamento de Heloísa Helena. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça. Uma mulher seria, se ainda não houve, Senador Geraldo Mesquita, uma Ministra da Justiça. Seria a primeira e talvez escrevesse a página mais bela, como uma mulher que dirigiu este País, a Princesa Isabel, e libertou os negros.

            Eu queria dizer como está emocionante este momento político, que agradecemos a Heloísa Helena. Recebi outro e-mail, Senador Geraldo Mesquita, de uma mulher. As mulheres são mais bravas, têm mais coragem, decência e dignidade. É de Zilah Guimarães:

Exmo. Senador Mão Santa!

Aceite meus cumprimentos, meu respeito e minha admiração. Sou uma senhora de 69 anos, e esta é a segunda vez que me dirijo a uma figura política. Admiro-o de longa data. Gosto de assisti-lo no plenário com seus discursos firmes e entremeados de citações bíblicas, pois sou católica. Tenho muita esperança na vitória do nosso candidato Geraldo Alckmin. Nós brasileiros, principalmente os mais jovens, precisamos muito desta vitória. Mas sinto receio, pois o adversário ainda tem muitos adeptos. Eu, como muitas pessoas, não entendo e nunca vou entender como um político, depois de tudo que se tornou público, ainda tem eleitores. Quando assisto aos seus discursos e aos de outros da mesma linha de pensamento, mesmo de Partidos diferentes, os quais também admiro, fico feliz com a exposição da verdade. Porém me preocupa saber que uma parcela muito pequena da população tem acesso ao canal do Senado Federal. Não se ganha uma batalha sem soldados. Acho que seria muito interessante fazermos um movimento no País todo, conclamando todos os eleitores a fazerem uma grande demonstração de apoio ao nosso candidato. Esse deveria ser o movimento da paz, da esperança, da fé! Nada de gritos, conflitos etc. Todos usando branco ou azul ou qualquer cor de nossa bandeira. Nada de cores estranhas às nossas tradições. Seria a revoada da paz. Os carros, as pessoas, as janelas das casas, tudo com a mesma cor ou cores e muitas faixas. A mesma cor que fosse usada deveria ser também de muitos, muitos balões. Deveria ser algo marcante, contagiante. Fala-se muito que o povo chegou a um ponto de conformismo e de marasmo. Talvez este seja o momento de sairmos dessa estagnação e encontrarmos nosso verdadeiro caminho, nosso destino. O povo precisa e reage a esse tipo de movimento. Eleitores indecisos com certeza iriam aderir e poderiam fazer a diferença. Esse movimento poderia ser no sábado, véspera da eleição. Sou uma pessoa comum, não tenho meios de fazer algo, o que posso fazer é dar idéias, fazer minhas orações e divulgar para amigos (as) as mensagens esclarecedoras que recebo e os bons artigos de jornal que leio, e isto eu faço bastante. Antes de terminar, faço um pedido: gostaria que me enviasse uma cópia de seu discurso de ontem, terça-feira, no Plenário do Senado, pelo qual desde já agradeço. Me despeço pedindo a Deus que o ilumine e proteja, com desejos de sucesso em sua vida pública e no convívio com seus familiares. Atenciosamente, Zilah Guimarães

            Atentai bem! Este é o sentimento do Brasil. E esse sentimento de reflexão, de esperança, nós agradecemos à participação heróica da Senadora Heloisa Helena. A inveja e a mágoa corrompem os corações. Foram a inveja e a mágoa que fizeram a imprensa atacar aquela que se saiu tão bem nessa luta democrática.

            Eu citaria outras mulheres extraordinárias, aquelas que estiveram com Cristo e as outras mulheres da Bíblia - Ester, Sara -, as mulheres das nossas famílias, as nossas avós, as nossas mães e a nossa mulher, amante, as nossas filhas. Enfim, Heloísa Helena simboliza bem esse presente que Deus deu a nós, homens do mundo.

            Outra mulher que admirei foi Sandra Cavalcanti. Eu estudava no Rio de Janeiro quando vi essa grande mulher, inteligente, líder do tempo de Carlos Lacerda. Ela foi, com sua inteligência, Senador Geraldo Mesquita Júnior, a primeira Presidente do BNH, o Banco Nacional da Habitação, tendo conseguido entregar casas a milhares de brasileiros. Sandra Cavalcanti não é qualquer uma. Foi Deputada Federal, uma das mulheres mais inteligentes, fez o primeiro conjunto habitacional no Rio de janeiro, no Governo Lacerda.

            O Estado de S. Paulo publica artigo de Sandra Cavalcanti intitulado “Um debate esclarecedor”, do qual cito apenas uma parte:

Gostei muito do debate de domingo. Não concordo que o definam como apenas uma desagradável troca de grosserias, em que ficaram faltando as propostas de governo. Ética é programa de governo. Seriedade, também.

O desempenho de Lula foi decepcionante até para seus aliados. Por outro lado, Geraldo Alckmin foi uma surpresa contundente.

            Sandra Cavalcanti, talvez a melhor inteligência feminina deste País, finaliza, Senador Heráclito Fortes:

Queriam o quê? Rapapés? Mesuras? Gestos delicados? Palavras melodiosas?

O espetáculo degradante oferecido ao povo pelo grupo político liderado por Lula tinha de ser o tema principal do debate. E tinha que dar o seu tom. Só falta, agora, a gente saber de onde veio a dinheirama. O resto a gente já sabe.

            Senadora Heloísa Helena, este País está numa corrupção que ninguém sabe mais o que é pecado venial, o que é pecado mortal, o que é roubalheira. Esse PT é uma organização criminosa; isso não é partido político. Eu sei a história política do mundo, desde a Grécia. Isso não é partido, isso é uma organização criminosa.

            Ó, Geraldo Mesquita, jamais compare a ditadura com o PT. Eu posso falar. Ó, João Batista, desligue aí o seu telefone e aprenda. Em 1972, eu combati antes do Ulysses. Ulysses está certo, porque tem a projeção. Heloísa Helena, em 72, o Heráclito, Elias Ximenes do Prado e eu fomos peitar a ditadura em Parnaíba. Tomamos a prefeitura da maior cidade do Piauí. Era soldado da ditadura Alberto Silva. Ganhamos lá.

            Olha, eles fizeram os atos institucionais, sim. Mas um juiz tinha poder, ele não se corrompia não, ele dirigia o pleito. Eles não ficaram satisfeitos de perder, mas entregaram. Agora é uma corrupção inimaginável, é uma dinheirama. Não era assim. Os militares tinham o sentido da honestidade, do patriotismo. Tinham a hierarquia e a truculência do regime militar.

            Geraldo Mesquita, estamos diante dessa história, desse PT. Essa democracia que foi construída para o povo, Senadora Heloísa Helena, temos de entender. É o poder. O homem é o lobo do homem, a Filosofia diz. Então, o poder sempre foi buscado. O homem tentou fazer normas, regras e leis para a convivência da sociedade e da humanidade. Esse poder, então, foi mudando de tal maneira que hoje estamos nesta democracia, que começou a dividir o poder dos reis, que era absoluto.

            Senador Geraldo Mesquita, Montesquieu dividiu, mas foram além: criaram a alternância no poder. E é isso que temos de utilizar. A democracia é complicada, é difícil, precisa ser aperfeiçoada, defendida, mas a construção da democracia - e disso entendo - é a maior conquista da história da humanidade. Atentai bem: só a democracia nos oferece essa alternância do poder. O poder é do povo.

            Segundo Gérard Lebrun, em seu livro O que é Poder, na democracia, o povo é que é o poder; o povo é que é soberano; o povo é quem decide; o povo é quem vota; o povo é quem bota; e o povo é quem tira.

            Então, há essa alternância, e é aí que está a salvação. O Presidente Lula existiu. Eu votei no Presidente Lula; o Geraldo Mesquita votou no Presidente Lula; a Heloísa Helena votou no Presidente Lula. Contudo, votamos porque fomos enganados. Eles conversavam que eram decentes, que tinham ética, que eram honestos, que eram competentes, que eram, vamos dizer, idealistas. Mas não! Votamos e fomos enganados. Ninguém gosta de ser enganado, brasileiras e brasileiros. Imaginem a mulher que engana o homem, o homem que engana a mulher. A reação é braba. Então, o brasileiro está enfurecido, porque foi enganado.

            Nunca dantes houve tamanha corrupção. Rui Barbosa proferiu: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

            Geraldo Mesquita, este dia chegou: é o Governo do PT no Brasil!

            Então, a nossa única saída é justamente essa alternância do poder. O Lula cumpriu sua missão. Foi bom para a Nação saber que o PT não era um partido, que o PT é uma organização criminosa. Tínhamos de passar por isso.

            E o Lula vai ficar numa boa! Atentai bem: quando Café Filho, que foi vice-Presidente, foi afastado, eu estava lá, no Hospital do Servidor do Estado, onde fiz minha pós-graduação. Ele era nordestino, do Rio Grande do Norte, teve um enfarte e não tinha como sobreviver. Ele saiu enfartado, não pôde assumir. Então, criou-se neste Congresso uma pensão para os ex-Presidentes. O Lula ainda vai ter essa pensão; ele ainda tem aposentadorias muito boas, antecipadas. E, agora, terá uma aposentadoria de Presidente da República. Então, ele está na boa. Vai fazer o que ele gosta, com a sua mulherzinha, viajar pelo mundo, tomar umas.

            A democracia nos oferece a alternância no poder.

            Heloísa Helena e Cristovam Buarque nos ofereceram essa oportunidade da reflexão, da comparação. Atentai bem: um tem a hierarquia do saber. Deus - está na Bíblia - não abandona o seu povo. Se tinha de haver um dilúvio para melhorar as espécies na natureza, ele botou Noé; se tinha Golias, ele botou David; para o povo escravizado, ele botou Moisés e seu irmão Aarão. E agora, para o Brasil decepcionado, no mar da corrupção. Deus não ia nos abandonar, botou esse menino aí. Esse menino, que nasceu pobre, estudou.

            Senador Geraldo Mesquita Júnior, essa de dizer que nunca leu um livro, mas sabe mais dos que os que leram é uma palhaçada! A ignorância é audaciosa.

            Atentai bem: esse que está aí estudou medicina. Respeito todas as profissões, mas a medicina é privilegiada porque tem o juramento de Hipócrates, que é um código de ética. Então, para onde for o médico, ele leva a sua formação ética, a sua deontologia médica. E, no caso desse jovem médico, ele será médico para ajudar os que sofrem. Com esse ideal de juventude foi buscar a sua sabedoria. Ele foi Vereador, Heloísa Helena - que grande experiência! O Vereador é um Senador municipal.

            Atentai bem: quando Giscard d’Estaing perdeu a eleição na França para Mitterrand, perguntaram-lhe o que ele seria, e ele respondeu: “Vou ser Vereador na minha cidade”.

            Foi Prefeito, que administra a sua família, a sua cidade; foi Deputado Estadual, Deputado Federal. Lula não foi Vereador, não foi Prefeito, não foi Deputado Estadual. Foi Deputado Federal, mas comparem, por meio dos Anais do Congresso, o mandato de Alckmin e o de Lula. Vejam a decepção que foi Lula na Constituinte. Comparem os trabalhos de Alckmin na formação do SUS, para que a saúde fosse como um sol, igual para todos; a Lei do Consumidor, que garante os direitos do consumidor.

            Ele foi também vice-Governador. E de quem? De Mário Covas, o símbolo maior da ética, da moral e Governador do maior Estado e não simplesmente Governador, mas um dos melhores da história do Brasil.

            E é esta a reflexão e é esta a escolha para um Brasil decente: o Presidente é Geraldo Alckmin.

            Somado a tudo isso, encerramos, citando entrevista de Jorge Bornhausen, esse grande líder e Presidente do PFL, a Folha de S.Paulo: “Lula na TV mentiu, omitiu e perdeu”.

            Sugiro que leiam ainda o artigo de O Estado S. Paulo intitulado “Buraco Negro”, escrito pela jornalista Dora Kramer:

O Governo e o PT, mais uma vez, estão sendo competentes na arte de confundir ao máximo a cabeça das pessoas para evitar explicar o mínimo sobre fatos que os comprometem. A cada dia surge uma nova versão sobre o dossiê contra os tucanos, cujo esclarecimento vai caminhando célere em direção ao mais profundo buraco negro.

            O Estado de S. Paulo de hoje: “Alckmin afirma que campanha de petista é uma ‘mentira sem parar’”.

            Manchete do Correio Braziliense de hoje: “PF fecha o cerco a Berzoini” - símbolo e Presidente do PT. Investigadores dizem que ele está envolvido nisso tudo, nesse lamaçal.

            Ainda o Correio Brazilense: “Dinheiro mofado”.

            É muito dinheiro, Heloisa Helena! O povo do Brasil não sabe, mas eu vou dar uma noção do que significa esse dinheiro. Um trabalhador de vergonha e um operário ganham, Geraldo Mesquita, R$4 mil em um ano de trabalho; em cem anos, ganhará R$400 mil. Foi apreendido R$1,750 milhão. Em duzentos anos de trabalho, ele ganhará R$800 mil; em trezentos anos, ganhará R$1,2 milhão; em quatrocentos anos de trabalho, ganhará R$1,6 milhão.

            Então, Senadora Heloisa Helena, um trabalhador honrado precisa trabalhar quatrocentos e cinqüenta anos para ganhar aquela dinheirama toda. Essa é a consciência; é quase a idade do Brasil! Seria como Pedro Álvares Cabral ter trabalhado até os dias de hoje, porque ele tinha de gastar um pouquinho, para conseguir esse dinheiro. E para o PT, não é nada, é brincadeira, não se procura.

            Essas são as nossas palavras. Sou do Piauí e nós declaramos guerra aos portugueses em 13 de março de 1823, os expulsamos e eles eram bem melhores do que o PT. O imposto era 20% e agora é 50%. Era apenas uma banda, era um quinto.

            Então estamos aqui para declarar guerra - é guerra mesmo - para salvar este País da corrupção. Vamos à luta, às urnas e à vitória por um Brasil decente com Geraldo Presidente!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/10/2006 - Página 30831