Discurso durante a 165ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Traz ao conhecimento da Casa as informações que o Delegado Diógenes Curado, da Polícia Federal de Cuiabá, passou a integrantes da CPI dos Sanguessugas sobre o dinheiro apreendido na compra do dossiê contra políticos do PSDB.

Autor
João Batista Motta (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/ES)
Nome completo: João Baptista da Motta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), AMBULANCIA.:
  • Traz ao conhecimento da Casa as informações que o Delegado Diógenes Curado, da Polícia Federal de Cuiabá, passou a integrantes da CPI dos Sanguessugas sobre o dinheiro apreendido na compra do dossiê contra políticos do PSDB.
Publicação
Publicação no DSF de 10/10/2006 - Página 30559
Assunto
Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), AMBULANCIA.
Indexação
  • COMENTARIO, DECLARAÇÃO, DELEGADO, POLICIA FEDERAL, DIFICULDADE, IDENTIFICAÇÃO, ORIGEM, DINHEIRO, APREENSÃO, AQUISIÇÃO, DOCUMENTO, DIFAMAÇÃO, CANDIDATURA, MEMBROS, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), MOTIVO, IRREGULARIDADE, CONTAS, REPRESENTAÇÃO PARTIDARIA, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), INFORMAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO, AMBULANCIA, EVOLUÇÃO, INVESTIGAÇÃO.

O SR. JOÃO BATISTA MOTTA (PSDB - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu queria trazer ao conhecimento da Casa o que diz a Polícia Federal com relação ao dossiê que tem sido tão divulgado neste País:

A Polícia Federal informou nesta segunda-feira (9) a integrantes da CPI dos Sanguessugas que boa parte do dinheiro apreendido na compra do dossiê contra políticos do PSDB provavelmente é irregular, o que dificultará a identificação de sua origem.

A informação foi passada pelo delegado Diógenes Curado, da PF de Cuiabá, aos deputados Júlio Delgado (PSB - MG), Carlos Sampaio (PSDB - SP), Vanessa Grazziotin (PCdoB - SP) e Paulo Rubem Santiago (PT - PE) em reunião nesta segunda na capital mato-grossense. “Ele explicou que não tem condições de detectar a origem de boa parte do dinheiro porque não é oficial, não tem contabilidade”, disse Júlio Delgado. “Até para comprar dossiê, o PT usou caixa dois”, afirmou.

            A principal dificuldade, segundo disse a PF à CPI, é em relação aos reais apreendidos na operação (R$1,1 milhão). “É dinheiro velho, miúdo. Tem notas de R$5, R$10, de todo jeito”, explicou Delgado. Sobre os dólares, US$248 mil, o delegado confirmou que a PF está bem perto de chegar à origem de, pelo menos, US$110 mil que estavam em série. O delegado que cuida dessa parte da investigação em Brasília, Luiz Flávio Zampronha, deve chegar a Cuiabá até esta terça para informar à PF do Mato Grosso como anda a apuração sobre o dinheiro.

            Diógenes Curado disse ainda aos integrantes da CPI que está otimista em avançar nas investigações após a quebra dos sigilos telefônicos de Hamilton Lacerda, ex-assessor petista acusado de comandar a compra do dossiê. A PF está fazendo um cruzamento das ligações feitas por Lacerda com os saques bancários considerados suspeitos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/10/2006 - Página 30559