Discurso durante a 170ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem aos médicos por ocasião da comemoração hoje do "Dia do Médico".

Autor
Magno Malta (PL - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. SAUDE. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), AMBULANCIA.:
  • Homenagem aos médicos por ocasião da comemoração hoje do "Dia do Médico".
Publicação
Publicação no DSF de 19/10/2006 - Página 32499
Assunto
Outros > HOMENAGEM. SAUDE. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), AMBULANCIA.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA, MEDICO, REGISTRO, REDUÇÃO, SALARIO, TRABALHADOR, NECESSIDADE, EXERCICIO, PLANTÃO, AUMENTO, REMUNERAÇÃO, COMENTARIO, RELEVANCIA, PROFISSÃO, MANUTENÇÃO, VIDA HUMANA, ELOGIO, MÃO SANTA, SENADOR.
  • ELOGIO, MEDICO, SENADOR, TRABALHO, RECUPERAÇÃO, APOIO, PESSOA CARENTE, PAIS, HOMENAGEM, HOSPITAL, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), TRATAMENTO, MÃE, ORADOR, HELOISA HELENA, ENFERMEIRO.
  • REITERAÇÃO, NEGAÇÃO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, CORRUPÇÃO, AMBULANCIA.

O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PL - ES) - Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Senadora Patrícia Saboya, hoje é um dia muito importante e eu não poderia, Senador Mão Santa, deixar de vir à tribuna desta Casa. Hoje é o Dia do Médico. Sabemos que há milhões de médicos neste País que exercem a medicina como sacerdócio. Conheço centenas e centenas de sacerdotes da medicina.

Eu lembro que, na minha infância, na minha adolescência e até na juventude, no interior, médico era gente rica. Depois, por causa da desvalorização da remuneração, do piso salarial, de uma série de fatores, o médico, principalmente aquele que está no serviço público, passou a ganhar muito pouco. Hoje, para viver de modo digno, ele tem de dar cinco, seis plantões.

Quem lida com a vida humana merece todas as homenagens do mundo. Quem lida com a dor humana merece todas as homenagens do mundo.

Falo da classe médica como um todo, porque, se fosse fazer uma lista, poderia cometer erros, Senador Sibá Machado, poderia deixar de citar nomes importantes. Não é que a classe médica seja o supra-sumo da sociedade, porque em todas as classes e em todas as áreas existem os bons e os maus. Onde há uma infinidade de sacerdotes, há também um número significativo de mercenários, aqueles que deixam as pessoas morrer na fila, aqueles que tentam iludir as pessoas, ludibriá-las, tomar-lhes o dinheiro, fazendo, por exemplo, uma cirurgia em uma área em que não têm conhecimento, haja vista o que acontece, de vez em quando, na cirurgia plástica.

O objetivo da minha vinda a esta tribuna é falar da importância deste dia. Senadora Heloísa Helena, eu estava ouvindo o pronunciamento do Senador Romeu Tuma, que dizia estar feliz porque V. Exª tinha acabado de lhe dar um ensinamento da Bíblia, dizendo que Lucas era médico. Realmente, São Lucas era médico. Quem conhece os Evangelhos e lê o de Lucas sabe exatamente o que estou dizendo quando falo do exercício sacerdotal da medicina. O Senador Romeu Tuma, que é muito emotivo, falava dos quatro filhos que Deus lhe deu e que um deles é médico, especialista na área de dor. Então, ele sabe, de fato, o que é a dor, o que é lidar com a dor do ser humano.

Lembro-me de que um médico muito novinho, em Belo Horizonte, me deixou extremamente irritado. Minha mãe, aos 57 anos, foi levada a Belo Horizonte para fazer uma punção no cérebro e saiu chorando daquele exame - que só era feito em Belo Horizonte, Senador Mão Santa, Senadora Heloísa Helena -, porque acho que ouviu o que eles haviam dito lá dentro, e ela já não falava mais. Aquele médico chegou perto de mim e disse: ”Olha cidadão, a sua mãe tem uma sobrevida de 6 meses”. Bateu no meu ombro e desceu. Fiquei irritado com aquilo e saí acompanhando-o e dizendo: “Você é louco, rapaz. Você não pode me dar uma notícia dessa maneira e dessa forma e sair andando de costas para mim. Saí louco atrás dele e ele não me deu atenção.

Liguei para o médico amigo dele que o havia indicado. Esse médico amigo falou para mim: “Magno, ele tem que dar esse tipo de notícia todo dia, sobre gente como a sua mãe, que tem câncer terminal. Se ele não falasse isso para você e se retirasse, ele se envolveria emocionalmente com você e já teria morrido. Não estaria mais no exercício da profissão. Ele me ligou antes de você dizendo da dor de ter lhe dado essa notícia. Falou tudo que você falou e disse que saiu sem olhar para trás, para que não se envolvesse emocionalmente com você. Ele faz 10 punções dessas e descobre pessoas com câncer terminal. Se não der a notícia e sair, ele morre junto”.

Então, é um exercício sacerdotal que muitas vezes não entendemos. Conheço médicos que passam a noite acordados, médicos familiares que dormem na casa do paciente, do lado da cama, e que lhe estendem a mão. Sei que quando falo desse assunto, a cabeça dos telespectadores do Brasil inteiro começa a viajar, cada um lembrando a história de um médico de família. E normalmente essas histórias são mais positivas do que negativas.

Então, quero abraçar a classe médica, abraçando os médicos companheiros nossos, o Senador Tião Viana, o Senador Antonio Carlos Magalhães, o Senador Mozarildo Cavalcanti, e essa figura impoluta que é o Senador Mão Santa, que tem esse nome porque é um médico cirurgião. E contam os mais antigos do Piauí que realmente, das cirurgias de Mão Santa, o povo saía dizendo exatamente isso que lhe deu esse apelido, que lhe rendeu esse nome. Tenho relacionamento com pessoas da sua região, do seu Estado, que o conhecem profundamente desde a sua adolescência e juventude e que dizem que esse foi o apelido mais bem empregado que se deu a alguém pela sua sensibilidade como médico e a sua capacidade como médico-cirurgião.

Por isso, Senador Mão Santa, eu sou seu fã, fã dos seus discursos e da sua maneira de falar. O Senador Mão Santa é um poeta de cordel. Um homem com muito conhecimento, um intelectual debochado, que sabe unir sua capacidade poética de cordel com seu deboche e sua intelectualidade e fazer um discurso diferente de todo mundo. E, por saber que é um médico abnegado, eu de tantas formas já o homenageei hoje. No seu dia, como médico, receba o meu abraço, porque foi exatamente como médico que V. Exª se notabilizou no Piauí e não são poucas as pessoas que o amam e não são poucas as famílias que lhe são gratas.

Portanto, receba o meu abraço e o meu respeito, e, homenageando V. Exª, homenageio todos os que fazem vida pública e que são oriundos da medicina. Nosso querido Senador Augusto Botelho, que nasceu lá em Vitória, no Espírito Santo, quero abraçá-lo também. Quero abraçar o nosso querido Papaléo Paes, que também é médico. Tenho um companheiro no Espírito Santo que faz vida pública, grande prefeito de uma cidade da serra, um médico psiquiatra, Sérgio Vidigal, que eu quero também cumprimentar. Eu não posso citar todos, mas eu gostaria de mandar um abraço muito forte para o pessoal do Hospital São Camilo, de Aracruz, na pessoa do meu amigo, Dr. Xisto, um sacerdote da medicina, um amigo abnegado.

Há 25 anos, Senadora Heloísa Helena, eu tiro drogados das ruas, pego bêbados nas calçadas, pego andarilhos nas estradas, ponho sujos no meu carro e eu mesmo dou banho, limpo-lhes as unhas e levo ao médico. E, como nós não dispomos - nós não dispomos -, são esses médicos amigos, abnegados, que os recebem, que os examinam, que os tratam e depois devolvem essas pessoas para mim, para que eu possa lhes tratar o caráter. E, ao longo da minha vida, faço um investimento em vida, porque é dar valor à vida investir sua própria vida na vida dos outros. Não há saída, não há recuperação, não há caráter formado, se não há investimento de vida. Esses médicos abnegados têm compreendido este ministério sacerdotal que Deus me deu, Senadora Patrícia, ao longo da minha vida, de tirar, de crianças a velhos, das ruas, das cadeias, dos guetos e devolver-lhes a vida. Cito o Dr. Cristóvão Oliveira Dias, nosso superior evangélico de Cachoeiro de Itapemirim - eu gostaria de citar todos, tão perto lá da nossa instituição. Mas tem lá o Dr. Rogério Glória e, abraçando o Dr. Rogério Glória, eu abraço todo mundo. 

Esse, desde o princípio, é médico dos mais competentes deste País, um dos mais competentes e preparados em cirurgia bariátrica, um dos poucos - aliás, acho que é o único - que faz esse tipo de intervenção hoje no País sem que a pessoa tenha obesidade mórbida. Isso lá em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, um Estado pequeno. Temos muito orgulho de Rogério Glória, esse homem abnegado, um homem de Deus, sensível à causa dos menos favorecidos. E, através dele, eu abraço todo o corpo médico do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim.

           Da Santa Casa, Senador Mão Santa, eu gostaria de me referir a três médicos: Dr. Francisco Mário, um neurologista - e aqui estou abraçando todos eles; Dr. Vicente; e Dr. José Maria. Sabe por quê, Senadora Heloísa Helena? Eu trouxe minha mãe, Dona Dadá, do interior da Bahia, Senadora Patrícia. Minha irmã tinha dito: “Olha, manda buscar minha mãe, porque minha mãe está sentindo fortes dores de cabeça e está com um lado paralisado.” Eu era Vereador em Cachoeiro. Era uma época em que eu era um imortal: não tinha onde cair morto. Eu mandei trazer minha mãe e a levei para a Santa Casa de Cachoeiro. Estes três médicos - Dr. Vicente, Dr. José Maria e Dr. Francisco Mário - assumiram a minha mãe como se fosse a mãe deles. Minha mãe faleceu, com câncer no cérebro, com 57 anos de idade. Mas a dedicação desses três médicos à minha mãe é que me fez esperar essa tarde inteira para me pronunciar no Dia do Médico, porque o médico, juntamente com todo o pessoal da área hospitalar, enfermeiras, enfermeiros, atendentes, pessoal da lavanderia, enfim, aquela família fica em torno de nossos entes queridos quando esses deles precisam. Hoje não é o Dia do Enfermeiro, mas a nossa querida Heloísa Helena é enfermeira, e eu aproveito para homenageá-la. Parece que o médico é o único profissional que consegue penetrar na nossa dor, parece que é o único profissional que consegue captar a nossa dor, conviver com a nossa dor. E, se a gente ou um ente querido qualquer passar mais de uma semana no hospital, é como se ele se tornasse a nossa própria família.

           Por isso, Senador Mão Santa, por esses três médicos terem abraçado minha mãe, Dona Dadá, de quem Deus tirou a vida aos 57 anos de idade, mulher que viveu tão somente para amar a Deus e à sua família, abraço o corpo médico da Santa Casa de Cachoeira de Itapemirim. Abraço ainda o Dr. Marcos Silveira, amigo, muito jovem ainda, que tem sido companheiro nosso do Projeto Vem Viver.

           Senador Mão Santa.

           O Sr. Mão Santa (PFL - PI) - Senador Magno Malta, estou até emocionado, vou citar aqui um médico que vai emocionar a Heloísa Helena. “Se és capaz de tremer de indignação diante de uma injustiça que ocorra em qualquer lugar do mundo, és então um companheiro”. Che Guevara, médico. Quero lhe dizer que estou tremendo de indignação quando vejo a hipocrisia de alguns quererem julgá-lo. Olha, nesses 180 anos de Senado, testemunho aqui, por esses quatro anos de vivência, e já conhecia a sua luta, a sua história, já conhecia a santidade da sua mãe, Dadá, que está no céu, os princípios cristãos que V. Exª vive e propaga. Então, quero lhe dizer que trememos de indignação quando vemos que querem meter o seu nome com pilantras da política brasileira, entre os sanguessugas. Então, que aquela frase, aquela inspiração de Che Guevara valha para justificar momentos como este de V. Exª. Todos nós trememos de indignação quando ainda falam nisso. V. Exª, pelo seu passado, pela sua presença e pelo seu futuro, sem dúvida nenhuma, enriquece a política. Hoje, Dia do Médico, aquela inspiração do médico Che Guevara foi para nos solidarizarmos a um homem como V. Exª, que representa a grandeza e sobretudo é um cristão que propaga. Inúmeras vezes, tive de buscá-lo para me orientar e entender passagens da Bíblia, o Evangelho, como V. Exª acaba de falar tão bem, vivendo o Evangelho, citando-nos o exemplo que foi Lucas, o Patrono de todos nós, médicos.

O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PL - ES) - Obrigado, Senador Mão Santa, pelo seu aparte, que incorporo ao meu pronunciamento. Fico honrado e feliz com as suas palavras.

Senadora Heloísa Helena, esse é um assunto que Deus já tirou do meu coração, e eu tão-somente oro por essas pessoas. Como a Bíblia diz: “Orai pelos que vos perseguem, orai pelos que vos maldizem, orai pelos vossos inimigos”, aqueles que são gratuitos. Eu tenho orado; meu coração não tem nada, está completamente em paz.

Há 25 anos tiramos drogados das ruas e bêbados das calçadas. Se, de fato, eu tivesse qualquer envolvimento com essa história de ambulâncias, a nossa instituição seria a primeira a ter uma ambulância. Lá, o nosso pessoal vai para o Hospital de Rio Novo, a sete quilômetros da nossa instituição. Quero abraçar o corpo médico, as enfermeiras daquele pequeno hospital que nos atende, levado no mesmo carro em que pegamos verduras na Ceasa, para sustentá-los, para fazer a sopa.

Quero agradecer a V. Exª. Minhas mãos, meu coração são absolutamente limpos. Não bebi dessa água suja. Não sujei minha mão nessa lama. Estou em paz. É como se fosse uma coisa passada na minha vida.

Eu gostaria de abraçar a todos. Gostaria de citar todos os hospitais, principalmente os filantrópicos, a Santa Casa de Vitória, o Hospital Infantil de Cachoeiro, o Hospital Infantil de Vitória, o Hospital Evangélico, as instituições de caridade que lidam com doentes, desde Muqui a Ponto Belo, Colatina, Linhares, Aracruz, Vitória, nossa capital, Vila Velha, Guriri, os balneários todos, Marataízes, Piúma, Guarapari, Santa Tereza, as terras de montanha, onde o povo faz um trabalho tão bonito, Ibatiba, todo esse Estado maravilhoso, Bom Jesus do Norte. Queria aproveitar para, em Barra do São Francisco, abraçar um médico anestesista, grande amigo, Dr. Paulo, homem benevolente e misericordioso, que faz da medicina um sacerdócio. São tantos nomes que me vêm à mente, mas tenho medo de citar alguns e de me esquecer de outros. Que todos se sintam abraçados no seu dia.

No Hospital de Santa Rita, que é o hospital oncológico de Vitória, onde minha mãe esteve internada por quase cinco meses, quero abraçar todo o corpo médico desse hospital; abraçar o corpo médico de todos os hospitais públicos do meu Estado e dos hospitais particulares; os médicos militantes, aqueles que dão vinte plantões por mês para poder garantir a sobrevivência da sua família, unicamente porque escolheram a profissão como sacerdócio. Todos se sintam abraçados neste momento.

Gostaria ainda de abraçar um médico amigo, Dr. Roberto, especialista em microcirurgia, um grande cirurgião plástico, dos mais respeitados de São José dos Campos. Um jovem, muito jovem ainda, Senadora Heloísa Helena, competente, professor universitário dos mais preparados, e músico, meu colega. Não sou médico, e ele não é Senador, mas somos colegas porque somos músicos. Quero abraçar esse amigo competente, que ama a música como eu e que deve ter uma sensibilidade dobrada, pelo fato de ser médico e ainda ser músico. Por isso é um médico tão respeitado na área de cirurgia plástica. Meu amigo, receba o meu abraço, o meu carinho, o meu respeito à sua família, que assiste à TV Senado neste momento.

Antes de citar o último nome que gostaria, quero abraçar o Hélio Moraes. Não sei se V. Exª conhece, Senadora Heloísa Helena. (Pausa.)

Hélio Moraes é irmão da Senadora Heloísa Helena, Senador Mão Santa; médico em Alagoas, abnegado. Médico em Palmeira dos Índios?

A SRª PRESIDENTE (Heloísa Helena. P-SOL - AL) - Também, porque é um homem trabalhador, dá plantão...

O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PL - ES) - É tudo que acabei de falar aqui.

A SRª PRESIDENTE (Heloísa Helena. P-SOL - AL) - Exatamente, poderia viver pendurado no gabinete da irmã, da Senadora, mas vive correndo risco de vida, se arrastando nas estradas esburacadas entre Alagoas e Pernambuco. Passou no concurso do Governo do Estado de Pernambuco, já foi chamado. Essas coisas maravilhosas de famílias dignas que V. Exª conhece muito bem.

O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PL - ES) - Quero abraçá-lo e também abraçar a D. Helena. Conhece D. Helena?

A SRª PRESIDENTE (Heloísa Helena. P-SOL - AL) - D. Helena, a senhora minha mãe, dá muito trabalho...

O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PL - ES) - Daqui a pouco, ela liga no seu celular. Quero abraçar D. Helena. 

Estou citando pessoas que conheço.

Tenho um tio, o Pastor Manoel Nascimento, que é pastor em Palmeira dos Índios. É o homem que me recuperou quando eu tinha 17 anos e que convive com a sua família e conhece o Dr. Hélio Moraes e o trabalho que o seu irmão faz. Então, abraço o seu irmão e, assim, abraço os médicos todos, que são parte da família dos meus amigos, que estão ouvindo meu pronunciamento neste momento.

Há um médico querido, um amigo, pai de uma das melhores amigas da minha filha, a Dani. Ele é meu amigo, e não estou conseguindo lembrar o nome dele. Já falei muitas frases e muitas coisas, fui lá e voltei, mas tudo tentando lembrar o nome dele. Carlos Augusto! Lembrei. Ele é de Mantena, Barra de São Francisco. Se não falasse o nome do Carlos Augusto, certamente as minhas duas filhas me crucificariam em casa, porque ele é pai da Dani, a melhor amiga. Ele é um homem abnegado também.

Senadora Heloísa Helena, por volta do meio-dia, chegou o corpo do médico Huederfidel Viana, 45 anos, anestesista de Cachoeiro de Itapemirim, morto no acidente com o avião da Gol, e foi sepultado às 15 horas; foi ele quem me anestesiou na minha última cirurgia. O reconhecimento do seu corpo foi feito por meio de exame de DNA.

Encerro meu pronunciamento abraçando a família enlutada e a família médica enlutada do Espírito Santo.

De forma muito especial, abraço os médicos do sul do Estado e, de forma mais especial ainda, de Cachoeiro de Itapemirim, pedindo perdão àqueles que não tive como citar os nomes, contudo registrando o quanto os respeito, o quanto são valiosos e importantes para a vida da sociedade, do nosso Estado, do País e para a minha vida de cidadão. Eu agradeço a todos vocês.

Recebam o meu abraço neste dia, e que Deus os guarde.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/10/2006 - Página 32499