Discurso durante a 170ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Voto de pesar pelo falecimento do jornalista Jurandy Santos, ocorrido em Sergipe.

Autor
Antonio Carlos Valadares (PSB - Partido Socialista Brasileiro/SE)
Nome completo: Antonio Carlos Valadares
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Voto de pesar pelo falecimento do jornalista Jurandy Santos, ocorrido em Sergipe.
Publicação
Publicação no DSF de 19/10/2006 - Página 31989
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, JORNALISTA, RADIALISTA, ESPECIALISTA, ESPORTE, MUNICIPIO, MARUIM (SE), ESTADO DE SERGIPE (SE), ELOGIO, ATUAÇÃO, IDONEIDADE, IMPRENSA, REGISTRO, CONTRIBUIÇÃO, DESENVOLVIMENTO, PRATICA ESPORTIVA.

O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, o objetivo desse requerimento é fazer uma homenagem ao grande jornalista Jurandir Santos, falecido em Aracaju.

Quando se morre, simplesmente, para consolo da família, as pessoas dizem que finalmente saímos dessa para uma boa. Se a morte fosse um bem, os deuses não seriam imortais.

Morrer é uma conseqüência da vida, é o lógico, mas dói quando perdemos nesta vida um familiar, um companheiro, um grande amigo. Não sabemos se por egoísmo ou por amor, não queremos nunca que alguém de quem gostamos venha a falecer, deixe o nosso convívio e vá gozar do deleite de estar junto a Deus.

Cobiçamos que sempre esteja atrelado a nós, bem perto. O filósofo Epicuro já dizia: “Por que ter medo da morte? Enquanto somos, a morte não existe; quando ela passa a existir, deixamos de ser”.

O jornalista deixou de ser pela morte. Mas nunca deixará de ser exemplo de amigo, ótimo profissional, excelente esposo e pai. Não só o esporte sergipano, mas pode-se dizer que o rádio e o jornalismo, enfim, a imprensa esportiva sentirá falta de Jurandir Santos.

Por mais de 40 anos, ele militou na imprensa sergipana; desde 1964, no Diário de Aracaju; até 2005, no Semanário Esportivo. Jurandir escreveu, falou criticou, comentou, deu suas opiniões e se mostrou sempre profissional correto, combativo e intransigente na defesa dos interesses do futebol sergipano.

Jura, como era mais conhecido, foi um baluarte da crônica esportiva. Um crítico, é verdade, mas um crítico consciente que procurava construir o de melhor para o nosso esporte.

Torcedor do Botafogo do Rio de Janeiro, fanático pelo Confiança, ex-atleta do Socialista de Maruim, onde se destacou como excelente meia-esquerda.

Jurandir Santos deixa viúva, Dona Djalva Lima Meneses, nove filhos - oito mulheres, as “marronzinhas-glacês”, como sempre costumava chamá-las, e apenas um homem, Andrey Lima - e três netos.

Carimbou, com seriedade e altivez, a sua marca na imprensa esportiva do Estado de Sergipe. Além das suas atividades na imprensa local, Jurandir foi ainda correspondente do Jornal do Commercio de Pernambuco e da revista Placar.

Na imprensa sergipana atuou nas rádios Difusora, Liberdade e Cultura e nos jornais Diário de Aracaju, Jornal da Cidade e Jornal da Manhã (hoje, Correio de Sergipe) e finalmente no Semanário Esportivo. Desportista nato, um cronista de mão cheia, fez do esporte a grande bandeira de luta.

Amor acendrado por sua Maruim, “beleza de cidade”, como a denominava. Quando em vida, liderou movimento para a construção de um moderno campo de futebol em sua cidade natal, e, quando governávamos o nosso querido Estado de Sergipe, fizemos do seu sonho uma realidade: construímos um campo de futebol, um dos maiores campos de futebol de Sergipe, que, infelizmente, os meus sucessores o abandonaram por completo. Mas tenho certeza absoluta de que o Governo Deda, que é um governo comprometido com o social, com o esporte, com a alegria das multidões do povo irá perfazer essa injustiça que foi cometida contra Maruim e transformar o estádio, por que Jurandir dos Santos tanto lutou para construir no nosso governo, em um ambiente da prática do futebol e do entretenimento do povo de Maruim e do povo de Sergipe.

Jurandir fazia de suas origens a glória de viver. Presidente da ACDS virou dogma. Era assim, amava o que perpetrava com fervor.

Perdemos Jurandir Santos, Deus o escalou para a eternidade. Nada traz de volta os bons e velhos tempos. Só nos resta a saudade e sua história dignificante como paladino do esporte sergipano.

Essas eram as palavras, Srª Presidente, que eu queria pronunciar em homenagem ao grande jornalista Jurandir Santos, que foi um dos homens mais corretos que conheci, um homem dedicado inteiramente ao esporte, a sua família e aos interesses maiores do povo de Sergipe.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/10/2006 - Página 31989