O SR. ROMEU TUMA (PFL - SP. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Srª Presidente.

Agradeço ao Senador Arthur Virgílio, que estava inscrito em primeiro lugar, e procurarei ser rápido.

Há em mim um orgulho muito grande por ter um médico entre os quatro filhos que Deus me deu. Rogério é um clínico de primeira grandeza, que sempre devotou sua vida a bem servir os que sofrem, tanto é que se especializou em dor. Eu não poderia deixar passar em branco um dia tão importante para essa carreira.

Recebi uma aula de religião da Senadora Heloísa Helena sobre quem foi São Lucas.

Por que São Lucas é o padroeiro dos médicos, Senador Arthur Virgílio? Porque era o único médico apóstolo de Jesus. Ela disse claramente que foi Lucas que identificou hematidrose, uma superdilatação dos vasos periféricos em razão do forte estresse por que passa uma pessoa. Ele foi o único que conseguiu registrar o sofrimento de Jesus, o qual lhe provocou sangramento principalmente nos braços e na periferia do corpo.

Agradeço à Senadora, que me deixou algo importante para dizer àqueles que acreditam, como eu, que Jesus sempre nos abençoa e que seu sofrimento não foi em vão.

Hoje, quando se comemora o Dia do Médico, talvez valesse a pena apelarmos aos nossos governantes para que pensem como os médicos, ou seja, que a pessoa humana tem um valor muito maior que o interesse pessoal. Eles enfrentam todas as dificuldades, buscando, da melhor forma, tirar a dor daqueles que sofrem. Hoje, vemos que muitas vezes o interesse pessoal e a vaidade destroem o amor ao próximo.

Eu gostaria de deixar este registro e agradecer à Presidente. Vou guardar comigo e contar para todos a história de São Lucas. Provavelmente, serei um devoto seu a partir de agora. Sou devoto de São Judas, mas vou me aliar a São Lucas também, pela sua vocação de servir ao próximo e ajudar Jesus na pregação que se dispôs a fazer.

Também deixo registrado o meu orgulho por ter um filho médico, que passou a sua juventude estudando, trabalhando e servindo ao próximo.

Aqui, vários políticos são médicos e sua sensibilidade é maior que a minha, de advogado, porque, desde o primeiro ano de escola, lidam com o sofrimento e a miséria. Os pobres procuram as escolas e as universidades médicas; eles não vão aos hospitais ricos. Assim, o jovem aprende com o sofrimento de alguém que não tem meios para custear uma consulta ou um tratamento. Esse sofrimento eles carregam na alma e no coração, e, provavelmente, trazem para o Parlamento um pouco dessa vocação para prestar atendimento à população.

Agradeço a V. Exª e aos demais Senadores por terem permitido que eu falasse.

Muito obrigado.