O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, há até uma discussão no Amazonas sobre a verdadeira idade de Manaus: uns dizem que são cerca de 150 anos; outros historiadores optam por 337 anos de civilização, desde, portanto, os primórdios, e me inclino mais por essa via, por essa acepção.

Manaus comemora hoje 337 anos. E a data será intensamente festejada, inclusive com a inauguração do Parque Ponte dos Bilhares, projeto bastante relevante que resgata valores culturais e arquitetônicos da moderna capital do meu Estado. São 17 mil metros quadrados entregues à população, pelo que está de parabéns o Prefeito da Cidade, cumprimentos que estendo ao Secretário Municipal de Obras e Habitação. É um espaço dedicado ao povo, com perspectiva de lazer, de esportes.

Sobretudo eu gostaria de dizer que há duas formas de comemorar o aniversário de Manaus: uma é a de pura e simplesmente participarmos das festas, e a outra é a de honrarmos a sua história, o que procuro fazer aqui neste Senado, inclusive lutando pelo Pólo Industrial de Manaus, que está ameaçado, e procurando exercer um mandato livre dessas manchas que tanto têm maculado a vida pública brasileira e, conseqüentemente, o Congresso Nacional.

Quando os meus conterrâneos celebram, na quietude das suas casas - hoje é um grande feriado em Manaus -, o 337º aniversário de Manaus, eu, como filho que reoptei pela minha cidade, porque morei a maior parte da minha vida, a minha juventude inteira, fora da cidade - ou seja, eu seria manauara duas vezes -, aqui me coloco comemorando o aniversário de Manaus no trabalho, mais uma vez trabalhando pela minha cidade, pelo meu Estado, e orientando minha vida pelo engrandecimento de uma cidade que representa uma belíssima civilização incrustada no coração da Floresta Amazônica.

Um vôo sobre Manaus mostra como ela é um milagre. É o milagre de um povo denodado, de um povo corajoso, de um povo teimoso, de um povo criativo. É o milagre de um povo que é formado não mais apenas de manauaras, mas de centenas de milhares de paraenses, maranhenses, cearenses, nordestinos, homens e mulheres que vieram do centro-sul do Brasil para dar a sua contribuição e levar seus conhecimentos para que nós possamos fazer uma cultura que seja a mescla da cultura que herdamos dos nossos antepassados indígenas com a cultura que vem da Itália, que vem do Japão - há uma grande colônia japonesa lá. Ou seja, Manaus, para mim, é todo esse cadinho, é tudo isso, é uma parte substantiva no meu coração.

Muito obrigado a V. Exª pela oportunidade, Srª Presidente.