Fala da Presidência durante a 172ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Esclarecimentos sobre a importância da adequação dos recursos liberados para hospitais públicos de acordo com a demanda de pacientes.

Autor
Heloísa Helena (PSOL - Partido Socialismo e Liberdade/AL)
Nome completo: Heloísa Helena Lima de Moraes Carvalho
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
SAUDE.:
  • Esclarecimentos sobre a importância da adequação dos recursos liberados para hospitais públicos de acordo com a demanda de pacientes.
Publicação
Publicação no DSF de 25/10/2006 - Página 32796
Assunto
Outros > SAUDE.
Indexação
  • DEFESA, PROJETO, AUTORIA, ORADOR, GARANTIA, PAGAMENTO, PROCEDIMENTO, HOSPITAL, SAUDE PUBLICA, ESPECIFICAÇÃO, HOSPITAL ESCOLA, ADAPTAÇÃO, DEMANDA, PACIENTE, EQUIDADE, SETOR PRIVADO, OBJETIVO, VIABILIDADE, INVESTIMENTO, SAUDE.
  • CRITICA, ATUAÇÃO, MEMBROS, GOVERNO FEDERAL, MINISTERIO DO ORÇAMENTO E GESTÃO (MOG), ERRO, INFORMAÇÃO, PROJETO DE LEI, AUTORIA, ORADOR, SOLICITAÇÃO, ALTERAÇÃO, VOTO, NEY SUASSUNA, SENADOR, RELATOR.

A SRª PRESIDENTE (Heloísa Helena. P-SOL - AL) - Agradeço a V. Exª, Senador Ney Suassuna.

Embora considere insuportável quem está na Presidência dialogar com o orador inscrito, antes de conceder a palavra ao Senador Antonio Carlos Magalhães, faço um breve reparo.

Senador Ney Suassuna, quem lhe deu a orientação sobre o meu projeto é um neoliberal irresponsável do ponto de vista fiscal, orçamentário, social, administrativo, financeiro e contábil. Infelizmente, há muitos neoliberais no Governo Lula e imitam o governo passado.

Não quero que os hospitais universitários gastem o quanto quiserem, mas desejo algo absolutamente correto: que o hospital universitário receba pelo procedimento feito. Atualmente se o hospital universitário atender cem pacientes, receberá por cinqüenta ou por quarenta pacientes. A única coisa que quero é a adequação do pagamento pelo procedimento feito e não o que acontece hoje. Para a rede conveniada, para a rede privada, o atual Governo repete o que fez o anterior: dá tudo o que querem, entretanto, o setor público deve ater-se ao teto.

Quem orientou V. Exª no Ministério do Planejamento, não sei se foi o Ministro, um assessor, quem quer que seja, é irresponsável, não entende de saúde, portanto, não está planejando nada.

Ele não sabe, não conhece o projeto ou não conhece a área de saúde e orientou V. Exª de forma indevida.

O que eu quero é que o hospital público receba pelo procedimento feito e não que o hospital privado receba pelo procedimento feito, como acontece hoje, reprimindo a demanda, porque pode reprimi-la. O hospital público não pode, porque em hospitais públicos, como o Hospital de Base, o Hospital Universitário, o paciente pobre tem que ser atendido quando está à porta. O hospital público tem que atender: coloca no corredor, numa maca, no chão, num colchão velho, cobre com jornal, não zela sequer pela privacidade, porque tem que atender. Então, se ele receber por todos os procedimentos que forem feitos, por todos os pacientes que forem atendidos, com certeza, a gestão pública será absolutamente viável, sobrará dinheiro para investir na alta complexidade e investir em outros procedimentos.

Então, tenha certeza de que enganaram V. Exª.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/10/2006 - Página 32796