Discurso durante a 177ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Considerações sobre o pronunciamento do Senador Heráclito Fortes que a acusou de justificar a atuação da Polícia Federal sobre o depoimento dos jornalistas da Revista Veja.

Autor
Ideli Salvatti (PT - Partido dos Trabalhadores/SC)
Nome completo: Ideli Salvatti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
IMPRENSA. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Considerações sobre o pronunciamento do Senador Heráclito Fortes que a acusou de justificar a atuação da Polícia Federal sobre o depoimento dos jornalistas da Revista Veja.
Publicação
Publicação no DSF de 01/11/2006 - Página 33164
Assunto
Outros > IMPRENSA. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • COMENTARIO, DESCONHECIMENTO, ORADOR, MOTIVO, ATUAÇÃO, POLICIA FEDERAL, INTIMIDAÇÃO, JORNALISTA, PERIODICO, VEJA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), REGISTRO, NECESSIDADE, RESPEITO, LEI DE IMPRENSA.
  • REGISTRO, COMPROMISSO, ORADOR, BUSCA, INFORMAÇÕES, MINISTERIO DA JUSTIÇA (MJ), CRITICA, HERACLITO FORTES, SENADOR, ACUSAÇÃO, DEFESA, ATUAÇÃO, POLICIA FEDERAL.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Para uma explicação pessoal. Sem revisão da oradora.) - Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que preciso me utilizar do expediente do art. 14, porque a vontade de distorcer ou de colocar na minha boca o que eu não falei e, na minha alma, a intenção que eu não tive repete-se à exaustão.

Eu disse, de forma muito clara: não sei o que aconteceu, vou buscar as informações junto à autoridade máxima na questão referente à Polícia Federal para prestar os esclarecimentos aqui, na tribuna do Senado.

Repudio o que está sendo anunciado, se tiver acontecido, porque devemos respeitar a legislação e o direito da imprensa. Apenas exemplifiquei que, diferentemente de apenas determinadas questões serem levantadas aqui, na tribuna do Senado, eu já tive a oportunidade de abordar assuntos que tenho o direito, como cidadã brasileira e Senadora, de questionar, com relação a determinadas reportagens que geram situações que também fogem do espírito democrático que deve nortear todas as instituições do nosso País.

Quero dizer mais: com relação a reportagens da revista Veja, já tive oportunidade de vir à tribuna para registrar editorial de, nada mais, nada menos, O Estado de S. Paulo, que criticou profundamente uma das reportagens da Veja. Inúmeros e ilustres jornalistas, não eu, questionaram a matéria, pois não havia fonte, documentação ou embasamento para se produzir a reportagem denominada “Operação Abafa”.

Portanto, devemos fazer a crítica, caso tenha ocorrido o que foi anunciado, e, de pronto, dispus-me a buscar e a trazer as informações, mas não podemos anular ou deixar esmorecer qualquer tipo de questionamento que devemos fazer, até porque a imprensa deve ser livre, mas está passível de receber críticas quando entendermos que cometeu algum tipo de ato abusivo no exercício de sua liberdade.

Portanto, quero deixar bem claro o que eu disse, para que, mais uma vez, não seja colocado na minha boca o que não falei e, na minha alma, a intenção que não tive.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/11/2006 - Página 33164