Discurso durante a 182ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Réplica ao discurso do Sr. Romero Jucá de defesa do presidente da república na questão relativa a demarcação das terras indígenas em Roraima.

Autor
Mozarildo Cavalcanti (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/RR)
Nome completo: Francisco Mozarildo de Melo Cavalcanti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA FUNDIARIA.:
  • Réplica ao discurso do Sr. Romero Jucá de defesa do presidente da república na questão relativa a demarcação das terras indígenas em Roraima.
Publicação
Publicação no DSF de 10/11/2006 - Página 34230
Assunto
Outros > POLITICA FUNDIARIA.
Indexação
  • REPLICA, CONTESTAÇÃO, DISCURSO, AUTORIA, ROMERO JUCA, SENADOR, REFERENCIA, POLEMICA, DEMARCAÇÃO, TERRAS INDIGENAS, ESTADO DE RORAIMA (RR), REMESSA, RECURSOS, UNIÃO FEDERAL.

O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PTB - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Primeiramente, Sr. Presidente, admiro-me que o Líder do Governo, após um discurso em que afirmo que quero estabelecer uma conciliação, traga esse tipo de colocação.

Nas entrelinhas e, obviamente, com habilidade, ao falar que existem falácias, quis dizer que eu estava mentindo. Isso, sim, não é verdade, porque a questão da Raposa Serra do Sol foi objeto de uma comissão externa do Senado, nomeada por V. Exª, de que o Senador inclusive fez parte, embora não tenha comparecido às reuniões. O Relator foi o Senador Delcídio Amaral, e nós apresentamos um relatório, por sugestão do Palácio do Planalto, para que fosse feita, sim, a demarcação, com um critério justo. O Presidente não acatou.

Também não é verdade que nós tenhamos perdido na Justiça, porque o que houve na Justiça foi uma molecagem feita pelo Ministro da Justiça, ao tornar sem efeito uma portaria e editar uma outra, repetindo os mesmos termos, alterando apenas algumas vírgulas. Por isso, o Supremo considerou prejudicadas as ações, sem ainda ter julgado o mérito.

Segundo, eu não entrei em detalhes sobre a candidatura do Senador Romero Jucá, nem sobre a candidatura a Senadora da esposa dele. Falei do resultado da eleição do Presidente Lula.

Então, acho que não é por esse caminho do Líder do Governo Lula aqui que vamos fazer conciliação. Não é verdade também que o Presidente Lula tenha mandado dinheiro para lá. O dinheiro federal que existe em Roraima hoje é fruto de emenda parlamentar. Não há uma obra saída de orçamento, direto de Ministério, lá em Roraima.

Se o Líder do Governo quer abstrair o problema de Roraima, não leve por esse caminho, porque assim não haverá conciliação.

Eu disse aqui da tribuna, e vou repetir: como Senador eleito em oposição ao Presidente Lula, estou tentando repetir o gesto do Presidente de tentar a conciliação. Mas, se não for para fazer conciliação, se é esse o objetivo do Líder do Governo, não há problema.

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/11/2006 - Página 34230