Pronunciamento de Arthur Virgílio em 20/11/2006
Discurso durante a 188ª Sessão Especial, no Senado Federal
Solicitação de voto de pesar pelo falecimento do Senador Ramez Tebet, ocorrido no dia 17 último, na cidade de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul.
- Autor
- Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
- Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.:
- Solicitação de voto de pesar pelo falecimento do Senador Ramez Tebet, ocorrido no dia 17 último, na cidade de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul.
- Aparteantes
- Edison Lobão, Marco Maciel, Roberto Saturnino.
- Publicação
- Publicação no DSF de 21/11/2006 - Página 34831
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- HOMENAGEM POSTUMA, RAMEZ TEBET, SENADOR, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), EX PRESIDENTE, SENADO, ELOGIO, VIDA PUBLICA, CONTRIBUIÇÃO, HISTORIA, CONGRESSO NACIONAL.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é um belo gesto do Ministro Hélio Costa comparecer a esta homenagem ao imortal, ao inesquecível Senador Ramez Tebet, que se arrastou numa agonia que só provou a sua resistência e, eu diria, até o seu heroísmo.
Vitimado pelo câncer há mais de vinte anos, obteve ele a mais digna das sobrevidas. Na penúltima crise, a que não foi fatal, fui visitá-lo no leito hospitalar e achei estranho porque sua dedicadíssima esposa, a querida D. Fairte, me disse: “Olha, Arthur, você vai encontrar o Ramez bem. O Ramez esteve muito mal, mas agora ele está levantando. O médico disse que agora há esperanças”. Eu perguntei se era mesmo possível vê-lo e ela respondeu que sim. Cheguei lá, ao pé do leito do querido Ramez, e o vi morto. Pensei que o médico teria meramente dado uma ilusão a sua esposa: entubado, falando muito expressivamente com os olhos. Pensei: o Ramez não tem a menor possibilidade de sair daqui. Era o que eu julgava, como leigo, Senador Mão Santa, V. Exª que é um grande médico. Saí dali muito triste e disse para minha esposa, que me esperava: “O Ramez não sai dessa. Lamento muito!”. Pois saiu. A melhora progressiva se manifestou, e o Ramez saiu, sim, daquela crise.
Depois veio essa outra recidiva. E aí, sim, eu percebia, meu prezado Senador Lindberg Cury, mesmo sem o Ramez estar no leito, sem estar com aquela figura assustadora que a mim ele demonstrou no dia em que fui visitá-lo - e a mim me chocou vê-lo naquele estado -, eu percebia, no convívio diário aqui no Senado, que o Ramez vivia seus últimos dias. Ele estava andando, estava discursando. Vez por outra, o Ramez perdia o fôlego nesta tribuna. E eu soube que o Ramez, muitas vezes, descia do aeroporto, vindo do hospital, para o Senado, para discursar, para participar, como luminar das letras jurídicas, da ciência jurídica que era, das reuniões da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. O Ramez cumpriu com seu dever de homem público até o final.
Eu diria que defini-lo é tarefa fácil e ao mesmo tempo complexa. Eu não estou querendo estabelecer uma contradição entre o fácil e o complexo neste momento, até porque pode ser fácil se procurar descrever a personalidade de um homem complexo como era Ramez Tebet.
Um homem bom, incapaz da mentira, verdadeiro, transparente. Suas posições eram muito conhecidas. Eu, por exemplo, chegava a ele e dizia: “Ramez, posso contar com você nesta empreitada?” Ele dizia: “Não pode, porque assumi compromisso com tal idéia”. Ou dizia: “Pode contar”. E não existia essa história de assina aqui ou acolá; bastava a palavra de um homem de bem. Todos sabiam que Ramez Tebet era, sobretudo, um homem de bem.
Era um homem de enorme coragem pessoal. Vou me recordar de um episódio. Eu era Líder do Governo Fernando Henrique Cardoso, havia uma sessão do Congresso e um grupo de Deputados que momentaneamente saíram do seu juízo mais perfeito resolveram que Ramez Tebet não ia assumir plenamente a Presidência do Congresso Nacional. Ramez Tebet substituíra o Sr. Jader Barbalho, na crise que motivara a renúncia do Senador paraense. E fizeram um tumulto tão terrível, tão desqualificante, que a sessão, de fato, teve de ser interrompida - e foi interrompida pela decisão firme do Presidente Ramez -, e ficamos, então, ele, eu e mais uns poucos. Havia uma verdadeira turba no plenário da Câmara e eu disse ao Ramez que ia sair com ele, por onde ele quisesse. Ele me disse: “Arthur, vamos sair pela frente. Foi por onde entramos. Vamos sair pela frente, pelo meio dos que estão tão agitados”. E saímos pela frente.
Percebi o choque entre a coragem verdadeira, aquela coragem serena do homem que não precisa da bravata, e aquela coragem que vem da exacerbação, aquela coragem que não é de um só, aquela coragem de muitos, aquela coragem que, na medida em que Ramez se aproximava, cada um ia se desarmando, e ele ia passando, altaneiro. E aquilo quase resultou em cassação do mandato de um Deputado que exagerou e de um outro que apareceu fazendo um gesto absolutamente “incondizente” com a respeitabilidade, que era a respeitabilidade que todos tínhamos que reconhecer em Ramez Tebet. Saiu na primeira página da Folha de S.Paulo. Ele perdoou, disse: “Não quero cassar o mandato de ninguém. Mas é impossível não me permitirem presidir com energia o Congresso Nacional”.
Marcou-se uma sessão para dali a um ou dois dias, e o Ramez Tebet foi à sessão. Fez um discurso longo, disse o que quis, passou uma reprimenda nos exaltados. Os exaltados simplesmente o acataram e o ouviram em silêncio. Foram repreendidos mesmo, tiveram as suas orelhas puxadas por Ramez Tebet. E, naquele momento, ele se sagrou um dos grandes, um dos maiores Presidentes que este Congresso Nacional já conheceu.
Foi o momento da sua coragem cívica. E essa ocorre a uns tantos, mas conjugada com algo que sua aparência franzina talvez não pudesse sugerir: a coragem física, que ocorre a outros tantos. E é muito comum nós dizermos assim: “O fulano é um homem dotado de muita coragem física”. Ora, se ele é lutador de boxe, isso é ótimo para ele. Se ele é um homem público, é insuficiente. Se ele tem coragem cívica e é um lutador de boxe, também pouco lhe adianta essa qualidade, porque ele não ganha luta de boxe com civismo. Agora, a junção da coragem cívica com a coragem física fazia de Ramez Tebet um homem perfeito, um homem capaz de se defender e de defender os seus princípios com toda a coragem que ele demonstrou naquele momento da crise da sua assunção na Presidência do Congresso Nacional.
Eu, portanto, tinha muito orgulho, Sr. Presidente, da amizade pessoal que ele me dedicava e da amizade enorme que eu dedicava a ele.
Senador Marco Maciel, ouço V. Exª.
O Sr. Marco Maciel (PFL - PE. Com revisão do orador.) - Nobre Líder, Senador Arthur Virgílio, cumprimento-o pelo discurso que profere sobre o Senador Ramez Tebet. Como V. Exª chama a atenção para a capacidade de luta que tinha Ramez Tebet - capacidade de lutar contra a doença e de lutar também politicamente pelo País e pelas suas instituições -, eu gostaria de lembrar um episódio semelhante ao que V. Exª narrou sobre Ramez Tebet. Certa feita, eu tive oportunidade de visitá-lo no hospital - ele estava no Hospital Albert Einstein. Fui em companhia do então Vice-Governador do Estado de São Paulo, Cláudio Lembo. Ele se encontrava na UTI. Conversei com os familiares, e eles me disseram: “Talvez ele possa recebê-los”. E ele terminou nos recebendo. O que me impressionou foi que, além das limitações a que estava submetido na UTI, ele fez questão de puxar conversa sobre problemas de interesse nacional, inclusive sobre o processo de retomada das eleições diretas para Governador. Lembrou o período em que São Paulo, por intermédio de Franco Montoro, liderou o movimento nessa direção. Ao final do encontro, ele chegou a pedir ao Vice-Governador Cláudio Lembo, uma cópia de uma reunião que ocorrera em São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes, alusiva à questão das eleições diretas. Na verdade, tratava-se da reunião dos Governadores de oposição ao Governo Federal - entre eles, estava o Governador Franco Montoro. Ele gostaria de ter uma cópia da reunião porque participara da mesma e, buscando nos seus arquivos o referido texto, não o encontrou. Com isso, em que pese ele estar internado, sofrendo, dispunha de reservas de energias para continuar pensando no País e em seu povo. Muito obrigado a V. Exª.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Presidente Marco Maciel, recebi um telefonema que a mim me pareceu muito estranho, inusitado mesmo, do Senador Ramez Tebet. Eu estava em casa, e o Ramez pedia notícias. Falava em um tom de tamanha coragem e de tamanha conformação que, até pelo que ele dizia e pelo que dava a entender no que não dizia, ele estava se despedindo de mim. Ele falava da gravidade da sua doença, da luta, que era muito dura, que não queria perder as esperanças, mas que era uma luta muito dura, muito difícil - repetia enfaticamente que era uma luta muito difícil -, mas eu percebia a serenidade e a coragem com que ele enfrentava um fenômeno da vida, que é a morte; um fenômeno da vida que, sem dúvida alguma, em algum momento a própria vida desemboca na sua culminância, que é a morte.
Nesse momento, entram todas as teorias religiosas: se existe vida além da vida, ou não; se existe, a morte é uma conquista; se não existe, a morte seria um fim lamentável. O fato é que percebo que, na nossa própria tradição religiosa, na religião predominante do País, na minha religião, a católica, não nos é passada uma convicção tão clara a respeito. Ela nos dá uma certa compreensão teórica de que há vida melhor, a vida eterna, mas ela não nos passa, na prática, a idéia de que isso seria uma conquista, ou não haveria tanta dor na perda dos nossos entes queridos. Os judeus fazem um grande banquete, um sábado depois, para comemorar essa conquista. Percebemos como os muçulmanos encaram a morte de outro jeito, como os guerreiros xavantes encaram a morte, desde que em luta, desde que em guerra. E nós, que sentimos de maneira comovida a morte dos nossos entes queridos, que sentimos a morte de qualquer pessoa de maneira comovida, talvez vivamos - nós, integrantes do catolicismo brasileiro, que conheço bem, sou católico praticante -, uma certa crise de identidade, porque dizemos que há a vida eterna, e oramos por ela, mas, ao mesmo tempo, dizemos que estamos apegados mesmo é a esta vida terrena, que é a vida que nos deixa com os nossos familiares, é a vida que nos deixa com o nosso trabalho, é a vida que nos deixa com os nossos amigos, é a vida que nos deixa com os nossos entes mais caros e mais queridos.
Percebi nitidamente a coragem, a resignação, a determinação, a valentia do Senador Ramez Tebet ao se despedir de alguns amigos. O Senador Renan Calheiros, o Senador José Agripino e eu almoçávamos outro dia e resolvemos telefonar para a casa do Senador Ramez Tebet - ou ele estava no hospital ainda? Não me recordo. Ele estava no hospital ainda, em seguida foi para casa, quando não havia mesmo jeito qualquer a esperar da Medicina - e falamos com o Senador. Fiquei muito chocado, porque percebi uma voz sumida, uma voz fugidia, uma voz que já não era mais a do Tebet, uma voz que já não tinha mais a força da saúde, não tinha mais a firmeza do vigor, não tinha mais a presença da vida nela. Era o Ramez Tebet vivendo literalmente os seus últimos instantes, os seus últimos momentos.
Homenageamos muito aquele guerreiro - o Senador Renan, o Senador José Agripino e eu -, que era Ramez Tebet, no jantar em que trocávamos idéias sobre a questão nacional, sobre a vida pública do País.
Senador Lobão, recebi alguns e-mails hoje - e fico orgulhoso por isso - a respeito do Senador Tebet. Um deles é do Sr. Vladimir Vander, que é, sem dúvida alguma, um correligionário do PSDB. Ele é de Sergipe, Aracaju, e diz: “Caro Senador e correligionário do PSDB...” - e pede que eu transmita as suas condolências à Casa e aos familiares do Presidente Ramez Tebet pelo passamento desse homem tão ilustre.
Recebi um outro e-mail, de Avanir Rodrigues, dizendo: “O Senado está de luto, e o Brasil também, com a perda, que para mim é irreparável, do Senador Ramez Tebet”.
Estive nos funerais do Senador Ramez Tebet - como não poderia deixar de ser, só se não estivesse ao alcance do avião que o Senado colocou à disposição dos Senadores para lá estarem. Fui a Três Lagoas, cidade que é dirigida e muito bem administrada pela filha do Senador Ramez Tebet, Simone Tebet. Lá, percebi a comoção na cidade. O seu velório não se deu em uma casa funerária, não se deu na Câmara Municipal, não se deu na Prefeitura Local. Deu-se no estádio esportivo da cidade. A cidade toda estava presente. Estavam conosco o Senador Delcídio Amaral, a Senadora Marisa Serrano, o Governador André Puccinelli; estavam todos os aliados e adversários de toda a vida de Ramez Tebet. Percebi que talvez não estivesse ali nenhum inimigo, porque não imagino que houvesse, em Três Lagoas ou em Mato Grosso do Sul, um inimigo de Ramez Tebet. Estavam todos lá. Foi preciso um estádio para que se velasse aquele homem público tão ilustre.
Eu, portanto, saí de lá com o coração mais leve, porque senti que cumpri meu último dever para com um grande amigo; e saí de lá bastante emocionado, bastante comovido, porque percebi que, nesta Casa, por algum tempo, aquela cadeira onde se sentava Ramez Tebet será, por todos nós, vista com um quê de saudade. O Ramez vai estar presente na Comissão de Justiça, com a sua posição firme e a sua sabedoria a nos inspirar; vai estar presente neste Senado, nesta tribuna; vai estar presente nas nossas reuniões no cafezinho, nos nossos conchavos de plenário.
Eu queria ainda, Senador Saturnino, lembrar um episódio do Ramez Tebet. Mais um. O Ramez era adversário figadal do Governador Zeca do PT, José Orcírio dos Santos. Ele, doente e combalido, comoveu todos nós quando se bateu pela concessão do empréstimo que seria usado ainda na Administração do seu adversário. Daqui da tribuna, ele fez a exigência, fez a cobrança, fez o apelo, e a todos nos comoveu - a mim me comoveu muito particularmente.
Concedo o aparte ao Senador Edison Lobão; em seguida, ao Senador Roberto Saturnino.
O Sr. Edison Lobão (PFL - MA) - Senador Arthur Virgílio, homenageia-se a memória de um grande brasileiro. Convivi com Ramez Tebet por muito tempo, desde o antigo Ministério do Interior, quando ele foi Presidente da Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) e eu era assessor, na época, do Ministro de Estado, até o tempo em que ele esteve no Senado da República. Mas essa convivência se estreitou no momento em que o Senado passava por uma crise monumental, em que um Senador da República era cassado, dois outros Senadores ilustres renunciavam a seus mandatos e, finalmente, um quarto Senador, o Presidente da Casa, também renunciava à Presidência e ao próprio mandato. Naquele momento, tive eu que assumir a Presidência do Senado da República e procurar recolocá-lo nos trilhos da normalidade. Foi nesse momento que veio Ramez Tebet para presidir o Senado. E tivemos, então, uma convivência extremamente cordial e produtiva, penso eu, para a própria instituição parlamentar brasileira. Aprendi a admirar o Ramez Tebet pelas qualidades excepcionais que ele exibia. Nós o perdemos, e estou na convicção de que perdemos um grande Senador da República, um pró-homem da vida pública brasileira, e que por muito tempo vamos lamentar a sua ausência, como membro desta Casa e como conselheiro de todos nós.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Obrigado, Senador Edison Lobão.
Antes de passar a palavra ao Senador Roberto Saturnino, registro a presença neste plenário do jovem e brilhante Deputado eleito pelo Rio Grande do Norte, Felipe Maia.
Senador Edison Lobão, digo da faceta bonita que Ramez Tebet me demonstrava. Presidente da Comissão de Ética, ele era capaz de recomendar uma punição, mas não tinha prazer nisso. O dever o impelia, às vezes, a medidas duras, mas o fazia com dor, não fazia por deleite. Era sobretudo um homem justo, e a justiça, às vezes, exige posições duras. Mas, o seu coração era enorme, mole, um coração absolutamente generoso, grandioso e que sempre estava disposto a fazer o bem aos seus semelhantes, a aconselhar os seus companheiros mais jovens, a ponderar sobre as posições que se estavam adotando nesta Casa. O Senador Lobão tem inteira razão quando aborda dessa maneira a figura generosa e grandiosa do Senador Ramez Tebet.
Concedo o aparte ao Senador Roberto Saturnino.
O Sr. Roberto Saturnino (Bloco/PT - RJ) - Senador Arthur Virgílio, peço este aparte ao discurso de V. Exª porque percebo na sua intervenção, na sua oração, uma emoção que reflete o sentimento de todos nós. Todos nós, Senadores, que convivemos com Ramez Tebet, compartilhamos desse sentimento, que é um misto de grande admiração e, ao mesmo tempo, já um sentimento de ausência, uma saudade dele neste plenário. Como V. Exª disse, o lugar dele, aqui, sempre conservará sua imagem, sua grande imagem, ele que foi o esteio da imagem de um Senador responsável, que encarna toda a legitimidade, autoridade, ética, correção e interesse público. Tudo isso que ele, ao longo de sua vida pública e especialmente ao longo de sua presença no Senado, representou, como Presidente da Comissão de Ética, Presidente da Reforma do Judiciário, Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, Presidente da Casa. Efetivamente, Ramez Tebet ficará na lembrança e no coração de todos nós. V. Exª transmite, na sua oração, esse sentimento, que compartilho, por isso pedi o aparte. Gostaria de ter ido ao funeral - V. Exª foi -, mas não tive condições, então, aproveito o discurso de V. Exª para colocar nele também o meu sentimento - que é também o de todos nós -, e que V. Exª muito bem reflete na emoção de suas palavras.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Obrigado, Senador Roberto Saturnino.
Encerro, Sr. Presidente, dizendo que imagino que seja esse o sentimento comum do Senado. O Senador Ramez Tebet não tinha desafetos, tinha admiradores e tinha até aficionados. O Senador Ramez Tebet era uma bela síntese de uma casa marcada pela sabedoria e pela cordialidade. O Senador Ramez Tebet deixa toda essa lacuna e, ao mesmo tempo, deixa uma presença imortal, uma presença que não deixará mais de fazer parte da história da vida do Senado da República.
Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.