O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT - DF. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, atrevo-me a pedir a palavra, aproveitando a coragem do Senador Demóstenes Torres de quebrar a formalidade, pelo que lhe dou os parabéns - é bom ter um homem com essa coragem. Beneficio-me disso porque, não tendo podido chegar antes por causa da viagem, não posso deixar de registrar o sentimento que tive ao saber do falecimento desse grande Senador e grande colega.

No Senado romano, há muito tempo, havia a idéia de que, ali, não bastava ter apenas os grandes homens; era preciso ter também os melhores - e nem sempre um é sinônimo de outro. No caso de Ramez Tebet, podemos dizer não apenas que era um grande homem do Mato Grosso do Sul, mas também um dos melhores homens que a República brasileira teve.

Considero um privilégio as conversas que tive com ele. Basta lembrar os seus discursos: nenhum perdido em pequenas coisas, mas todos discursos voltados para o Brasil. Nós perdemos não apenas um Senador; perdemos um patriota.