Discurso durante a 190ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Pesar pelo falecimento do Senador Ramez Tebet. Expectativa positiva para o segundo mandato do Presidente Lula. (como Líder)

Autor
Aelton Freitas (PL - Partido Liberal/MG)
Nome completo: Aelton José de Freitas
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. ELEIÇÕES.:
  • Pesar pelo falecimento do Senador Ramez Tebet. Expectativa positiva para o segundo mandato do Presidente Lula. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 22/11/2006 - Página 34934
Assunto
Outros > HOMENAGEM. ELEIÇÕES.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, RAMEZ TEBET, SENADOR, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), ELOGIO, VIDA PUBLICA.
  • ANALISE, IMPORTANCIA, REELEIÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MANUTENÇÃO, VICE-PRESIDENTE DA REPUBLICA, DEFESA, REDUÇÃO, JUROS, BENEFICIO, PAIS, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG).
  • BALANÇO, GESTÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MELHORIA, POLITICA SOCIAL, POLITICA DE TRANSPORTES, ENSINO SUPERIOR, CONTROLE, INFLAÇÃO, EXPECTATIVA, MANDATO, REELEIÇÃO, COMBATE, CORRUPÇÃO, RETOMADA, CRESCIMENTO ECONOMICO.
  • ANUNCIO, SAIDA, ORADOR, SENADO, CANDIDATO ELEITO, CAMARA DOS DEPUTADOS, EXPECTATIVA, GOVERNO, OPOSIÇÃO, DEFESA, REDUÇÃO, INJUSTIÇA, DESIGUALDADE SOCIAL.

O SR. AELTON FREITAS (PL - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador João Alberto, Srªs e Srs. Senadores, esta é a primeira vez que ocupo esta tribuna após o falecimento do grande Senador Ramez Tebet, figura ímpar nesta Casa, que deixa um legado de honradez, sabedoria e elevado espírito público para todos nós. Portanto, antes de tratar propriamente do tema do meu discurso de hoje, deixo aqui uma breve homenagem à sua memória, à sua família e a todos os mato-grossenses e brasileiros que tiveram oportunidade de ter nesta Casa esse grande representante, que também foi nosso grande presidente.

Eu considerava o grande Senador Ramez Tebet um verdadeiro professor para nós dentro do Senado da República. A Casa ficou menor, com certeza, sem a sua brilhante presença, mas certamente o seu novo destino experimenta uma chegada ilustre e iluminada.

Bem, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a vida e os desafios do nosso País continuam. Dessa forma, faço uso da tribuna para manifestar as minhas expectativas quanto ao segundo mandato do Presidente Lula.

A vitória do Presidente foi recebida com entusiasmo por grande parte do eleitorado de Minas Gerais, Estado que tenho orgulho de representar aqui nesta Casa legislativa. Também me incluo entre os que receberam com bons olhos o resultado eleitoral, sobretudo porque, ao lado do Presidente, continuará exercendo importantes funções, com lealdade e espírito crítico, o Ilustre e jovial Vice-Presidente José Alencar Gomes da Silva, que é, sem dúvida, um mineiro de altíssima expressão e uma das maiores reservas morais do nosso País e do atual Governo.

Tenho certeza, Sr. Presidente, de que José Alencar irá recuperar plenamente suas energias e estará firme e forte em seu posto de Vice-Presidente da República durante os próximos quatro anos, ajudando a construir um País melhor e mais justo. A permanência de José Alencar na Vice-Presidência da República é a garantia de que sempre haverá espaço para atendimento das demandas de Minas Gerais perante o Governo Federal, independentemente das diferenças partidárias entre o Executivo federal e o Estadual.

A eleição de José Alencar representa ainda, na economia, a certeza de que continuará havendo no Governo uma voz firme, de peso, em defesa da redução das taxas de juros, tão necessária para que o País volte a crescer e a abrigar investimentos arrojados na iniciativa privada, que venham gerar mais emprego e renda para a nossa população. Foi isso, Sr. Presidente, que ele demonstrou, mais uma vez, em feliz entrevista concedida aos jornais Correio Braziliense e o Estado de Minas, publicada no dia 5 deste mês, antes de seu embarque para os Estados Unidos:

Fui solidário com o Vice-Presidente na luta pela redução dos juros nos últimos quatro anos. Tenho a convicção de que não podemos nos calar até que essa importante correção de rumos seja feita pela equipe econômica do nosso Governo.

É evidente que, ao reeleger Lula e José Alencar, o povo brasileiro não disse que concorda com os graves erros que determinados integrantes do nosso Governo cometeram. Esses erros precisam ser devidamente apurados e punidos, doa a quem doer. Ao que nos parece, a reeleição se deveu, sobretudo, ao prestígio da dupla Lula e José Alencar e ao inegável aumento do poder aquisitivo das camadas mais baixas da população nos últimos quatro anos.

O primeiro mandato do Presidente Lula teve méritos na ampliação do Bolsa-Família, no controle da inflação, na recuperação de alguns corredores de transporte fundamentais para o escoamento da produção, inclusive no meu Estado, Minas Gerais, na abertura de novas universidades federais e em muitos outros programas segmentados.

Agora, Sr. Presidente, o desafio é justamente fazer com que o País volte a crescer em um ritmo que lhe permita a aproximação mais rápida com os países desenvolvidos. Nesse sentido, uma providência importante deve ser a melhoria do diálogo com representantes do agronegócio, uma atividade que sustenta há muitos anos a economia nacional e que, de fato, ainda não se estendeu bem com este Governo, sobretudo pelas restrições impostas pela equipe econômica a muitos projetos e demandas que chegavam ao Ministério da Agricultura. Como representante desse setor e apoiador da reeleição do Presidente Lula, continuarei buscando, naquilo que estiver ao meu alcance, construir pontes entre as partes, pois tenho a certeza de que um bom entendimento entre elas é fundamental para que o País se desenvolva com maior agilidade.

Como bem disse o próprio Presidente Lula, as eleições terminaram e, agora, será preciso que os eleitos e os vencidos voltem seus olhos para a maneira de cada um contribuir para o desenvolvimento do País. Uma oposição crítica, inteligente e ética é algo salutar para o governante, desde que haja sempre lugar preservado para a negociação.

Certamente, Sr. Presidente, não se sai de uma eleição aguerrida, como foi a nossa, sem feridas aparentes e difíceis de serem estancadas, mas o nosso desejo é de que essas feridas possam ser curadas, para que o País não inicie 2007 em clima de terceiro turno, o que em nada irá lhe favorecer.

Em 2007, assumirei uma cadeira na Câmara dos Deputados e, tanto lá como aqui no Senado, o exercício da respeitosa convivência tem de prevalecer entre os governos e a oposição. Caberá a cada Parlamentar contribuir para esse processo, colocando sempre à frente o nosso compromisso de continuar criando alternativas para que graves desigualdades sociais sejam reduzidas em nosso País.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Obrigado pela compreensão.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/11/2006 - Página 34934