O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais, o Ibama, estaria em estado falencial, sem dinheiro até para despesas triviais, como as de limpeza e conservação e de iluminação em sua sede na Esplanada dos Ministérios.

Mais do que isso - e baseio-me em denúncia do jornal Correio Braziliense, que anexo a este pronunciamento - mais do que isso, repito, estariam na mesma e caótica situação falimentar as onze Superintendências da Região Norte, que cuidam sobretudo da Floresta Amazônica. Ali, as dívidas chegam R$ 3,5 milhões.

As deficiências vão além e comprometem praticamente todas as ações do Ibama, incluindo unidades de estudo e pesquisas, como o Centro de Pesquisa e Extensão do Norte do Brasil. As dívidas acumulam-se.

            Diz o jornal que faltam recursos para tudo no Ibama, que, por isso, é comparado, em reportagem assinada pelo repórter Leonel Rocha, a “um motor sem combustível”. No Governo Lula, o número de funcionários mais do que dobrou, com um acréscimo de 110%, sem que haja dinheiro para arcar com as despesas.

Em linguagem bem ao estilo que vai se tornando rotina no atual, esse seria o apagão do Ibama, tão ou mais preocupante do que o dos aeroportos. Põe em risco a preservação das florestas e outros recursos naturais e compromete o futuro do Brasil.

Por isso, estou encaminhando à Ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, requerimento de informações para que o assunto seja esclarecido como deve.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.