Discurso durante a 181ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa da honradez dos profissionais de imprensa do Senado.

Autor
Tião Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Sebastião Afonso Viana Macedo Neves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO.:
  • Defesa da honradez dos profissionais de imprensa do Senado.
Publicação
Publicação no DSF de 09/11/2006 - Página 33961
Assunto
Outros > SENADO.
Indexação
  • CUMPRIMENTO, PRESIDENTE, SENADO, IMPARCIALIDADE, TRATAMENTO, COMUNICAÇÃO SOCIAL.
  • IMPORTANCIA, EMISSORA, TELEVISÃO, SENADO, PATRIMONIO PUBLICO, GARANTIA, DIREITO A INFORMAÇÃO, POVO, APOIO, ORADOR, SENADOR, BUSCA, APERFEIÇOAMENTO, CRITICA, DISCUSSÃO, ACUSAÇÃO, HONRA, JORNALISTA, ALEGAÇÕES, FAVORECIMENTO, INTERESSE, DISCRIMINAÇÃO, CONGRESSISTA.

O SR. TIÃO VIANA (Bloco/PT - AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Senador Renan Calheiros, quero cumprimentar V. Exª, como Presidente da Casa, pelo esclarecimento que faz, com a afirmação de um posicionamento imparcial e correto, com a autoridade que tem o Senado para tratar uma matéria de Comunicação.

A TV Senado não é um patrimônio dos Senadores, mas do Brasil e garante o direito à informação sobre acontecimentos da grande política brasileira, da política brasileira de um modo geral. É absolutamente natural e legítimo que todo e qualquer Senador exponha suas dúvidas, use como recurso questionar o aperfeiçoamento da distribuição da informação política pela TV Senado, pela Rádio Senado ou pelo Jornal do Senado.

Sr. Presidente, penso que, se V. Exª estabelecesse o critério de verificar, nos últimos 30 ou 60 dias, o número de segundos destinados a cada Parlamentar que usou o serviço, acabaríamos com essa polêmica e poderíamos ver para quem mais estaria destinado o tempo de televisão, de rádio ou de jornal. Mas não acho justo que se insista num debate nesta Casa - esta não é a primeira vez - e que se chegue a ponto de pôr em dúvida a honradez dos jornalistas da Rádio Senado, do Jornal do Senado e da TV Senado. Tem de haver um limite. Uma coisa é o recurso parlamentar para que haja absoluto equilíbrio na distribuição de tempo de acordo com aquilo que é direito do Parlamentar; outra é colocar em dúvida a honradez, acreditando-se que todo jornalista estaria a serviço de uma conspiração para subtrair o tempo de determinados Parlamentares. Não acredito na desonra de jornalistas desta Casa a serviço de quem quer que seja. Se alguém está prejudicado, tenho a certeza de que não é por má-fé de jornalistas.

Penso que esse caminho é o melhor. Se, por exemplo, fizerem um levantamento dos últimos 30 dias, constatarão que estou entre os últimos em apresentação. É culpa minha, já que não tenho usado tanto a tribuna, já que não tenho dado tanta entrevista para a Rádio, para o Jornal ou para a TV Senado. Não é culpa de jornalista.

A dúvida é legítima - e é necessário que o Parlamentar a levante -, mas pôr em dúvida a honradez dos profissionais de imprensa do Senado é como pôr em dúvida a honradez dos profissionais da revista Veja ou de qualquer meio de comunicação deste País.

Era o que eu tinha a dizer a V. Exª, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/11/2006 - Página 33961