A SRª HELOÍSA HELENA (P-SOL - AL. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Talvez a melhor saída tenha sido a que V. Exª encontrou, de promover um levantamento, porque eu não sou hipócrita, Senador Gilberto Mestrinho. Não sou hipócrita, não gosto de demagogia, de vigarice, de joguinho, de benevolência. Não é verdade isso. A generalização é perversa, para o bem ou para o mal. A generalização de dizer que todos são maravilhosos ou a generalização de dizer que todos são perversos é inaceitável. Isso é fato. A generalização, para o bem ou para o mal, não é aceitável. Ela é injusta. Agora, que é fato que isso acontece, é.

Já vivenciei isso, mas preferi não estrebuchar. Eu estava falando em CPI, entrou receita de bolo; eu, falando, sumiu a imagem da CPI, acabou o som. Várias pessoas me falavam, isso já aconteceu. Pode ter sido um acidente do destino? Pode. Pode ter sido nos únicos dias que coloquei funcionários do gabinete, o dia todo, vendo as inserções, a propaganda das inserções, o tamanho das fotos nos jornais. Mas que acontece uma certa preferência, por motivação política ou não, isso é fato. Já senti isso, mas deixei de lado.

Então, talvez, a melhor alternativa para evitar a generalização perversa, dizendo que todos não prestam - o que é inaceitável -, ou a generalização demagógica de que todos são maravilhosos - o que também é inaceitável -, o melhor para resolver a contenda seja o levantamento proposto por V. Exª. Faz-se o levantamento e, se tiver problema, pune-se, faz-se uma ressalva ou orienta-se. Se não tiver problema, nesse caso, o problema é de delírio persecutório de alguns de nós.

Mas que é fato e que são alguns que falam, mas muitos reclamam, muitos nos falam porque não têm talvez o estilo de falar ao microfone. Mas que é fato isso, que muitos parlamentares não falam ao microfone, mas nos falam, é fato sim.