Discurso durante a 191ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Leitura da Carta de Curitiba, divulgada durante o décimo nono Congresso Brasileiro de Magistrados, quando a Justiça de Roraima recebeu premiação por ser a mais forte do Brasil.

Autor
Mozarildo Cavalcanti (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/RR)
Nome completo: Francisco Mozarildo de Melo Cavalcanti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
JUDICIARIO.:
  • Leitura da Carta de Curitiba, divulgada durante o décimo nono Congresso Brasileiro de Magistrados, quando a Justiça de Roraima recebeu premiação por ser a mais forte do Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 23/11/2006 - Página 35120
Assunto
Outros > JUDICIARIO.
Indexação
  • LEITURA, CARTA, CONCLUSÃO, CONGRESSO BRASILEIRO, MAGISTRADO, REALIZAÇÃO, MUNICIPIO, CURITIBA (PR), ESTADO DO PARANA (PR), COMPROMISSO, APOIO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, AMPLIAÇÃO, EMPREGO, PAIS, REFORÇO, JUDICIARIO, COMBATE, IMPUNIDADE, CORRUPÇÃO, INCENTIVO, REFORMA POLITICA, DEFESA, ELABORAÇÃO, ORÇAMENTO, GARANTIA, CIDADANIA, AUTONOMIA, UNIDADE, FEDERAÇÃO.
  • REITERAÇÃO, SAUDAÇÃO, TRIBUNAL DE JUSTIÇA, ESTADO DE RORAIMA (RR), RECEBIMENTO, PREMIO, QUALIDADE, ATUAÇÃO.

O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PTB - RR. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, tive a oportunidade de, no dia 18, ocupar esta tribuna para registrar a realização do XIX Congresso Brasileiro de Magistrados, em Curitiba, Paraná, onde a Justiça de Roraima, por meio do Sr. Presidente do Tribunal de Justiça, Dr. Mauro Campello, recebeu a premiação por ser uma das mais fortes do Brasil, embora sendo o tribunal mais jovem, igualmente com o Amapá, pois foram criados na mesma época, mas é ainda menor do que o do Amapá. O Tribunal do Amapá conta com nove Desembargadores, enquanto o de Roraima com apenas sete.

Faço o registro da Carta de Curitiba, aprovada na reunião dos Magistrados. Mais de dois mil juízes e juízas se reuniram naquela cidade, e, ao final, divulgaram à Nação a seguinte Carta:

Carta de Curitiba

Os magistrados e magistradas, reunidos em Curitiba, entre os dias 15 a 18 de novembro de 2006, no XIX Congresso Brasileiro de Magistrados, em face da responsabilidade institucional e social, outorgada pelo povo brasileiro, por meio da Constituição Federal, vêm a público manifestar os seguintes compromissos:

1. O desenvolvimento econômico é urgente e essencial para a superação dos graves problemas nacionais, a ser alcançado com o respeito aos objetivos fundamentais da República, na instituição de uma sociedade livre, justa e solidária, na erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais e regionais. Promovendo, desse modo, o bem geral de todos, sem qualquer tipo de preconceito ou discriminação, e preservando o meio ambiente;

2. Reafirmar a indispensabilidade da formulação de políticas públicas que incentivem o emprego formal, bem como a manutenção e o respeito à legislação protetiva do trabalho como fator de desenvolvimento humano e social;

3. Um Judiciário forte e independente constitui-se em garantia de respeito por todos os cidadãos à lei. O fim da corrupção, punindo-se corruptores e corruptos, representa o resgate da ética como princípio basilar na vida nacional, pondo fim ao sentimento generalizado de impunidade;

4. Os recentes episódios, que escandalizaram a nação e comprometeram o sistema político brasileiro, clamam pela inadiável reforma das regras eleitorais e de representação, assumindo os magistrados, como agentes públicos, o papel de protagonistas na difusão e formulação de propostas à sociedade;

5. A elaboração dos orçamentos públicos deve contemplar recursos para a concretização dos direitos fundamentais da cidadania, preservando o pacto federativo e a conseqüente autonomia política das unidades federadas, bem como de suas peculiaridades.

Assim, a realização do XIX Congresso, precedida de ampla pesquisa junto aos associados, constitutiva do seu temário, revela que os compromissos apontados simbolizam a unidade do pensamento da magistratura, integrando o aprimoramento profissional, e que permitem a construção de um Judiciário mais eficiente, transparente e democrático, apto a atender aos anseios da sociedade.

Curitiba, 18 de novembro de 2006.

Sr. Presidente, estou feliz por fazer este registro porque, como disse, o Judiciário do meu Estado é um dos mais novos, junto com o Amapá, e o de menor tamanho, mas, com certeza, um dos mais eficientes do País.

Portanto, é com muita satisfação que faço este registro, pois os Juízes estão saindo da formalidade e reduzindo a distância entre eles e a sociedade, ao expressar seus pensamentos a respeito dos males que afligem a sociedade.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/11/2006 - Página 35120