Discurso durante a 185ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Considerações sobre o dia da Proclamação da República.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Considerações sobre o dia da Proclamação da República.
Publicação
Publicação no DSF de 15/11/2006 - Página 34590
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • REGISTRO, COMEMORAÇÃO, DIA, PROCLAMAÇÃO, REPUBLICA, BRASIL, EVOLUÇÃO, HISTORIA, MUNDO.
  • HOMENAGEM, JORNALISTA, ESTADO DO PIAUI (PI), FUNDAÇÃO, JORNAL, REFERENCIA, REPUBLICA, SAUDAÇÃO, HELOISA HELENA, SENADOR, CIDADÃO, APOIO, MANUTENÇÃO, PRESERVAÇÃO, REPUBLICA FEDERATIVA.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, amanhã é 15 de novembro, então gostaria de relembrar aqui Deodoro, a República, e prestar uma homenagem a V. Exª, que representa Alagoas. Deodoro veio de lá, como também Marechal Floriano, depois o Presidente Collor, e agora Alagoas nos deu Aldo e a primeira mulher que teve coragem de se candidatar, acreditando na República e no povo. Talvez esta tenha sido a mais bela página de Alagoas de todos os tempos.

Mas não poderia deixar de falar do nosso Piauí, com todo o respeito ao Senador Azeredo, que aqui está. Sei do Libertas Quae Sera Tamen. Sei do sacrifício de Tiradentes, assim como desse povo bravo, os gaúchos, aqui tão bem representados pelos três Senadores, Sérgio Zambiasi, Pedro Simon e o nosso Martin Luther King, Paulo Paim. Não podíamos retirar da História porque a História não se faz em um dia: Bento Gonçalves, nos Farrapos, dez anos de luta e de glória; e traíram os negros, porque prometeram libertá-los. Mas os Lanceiros Negros mostraram a bravura e foi o começo.

Atentai bem, Brasil: sessão presidida pela Senadora Heloísa Helena, igualando-se ao Deodoro da Fonseca, ao Floriano Peixoto e aos outros, está aí na Presidência.

Mas o Piauí também tem que ser respeitado. Tudo começou na França, com “liberdade, igualdade, fraternidade”, em 1789. Dezessete anos antes, na capital do Piauí, Teresina, havia um jornal A Ordem, como na bandeira. Ele mudou o nome para Oitenta e Nove. Dezessete anos antes! O jornal circulou em Teresina, circulou no Brasil, obra de um profeta da República, o jornalista piauiense David Caldas.

Senadora Heloísa Helena, foi justamente 17 anos depois, em 15 de novembro de 1989. Mas já havia um jornal em Teresina, o Oitenta e Nove, para o que o povo brasileiro se inspirasse na coragem do povo de França, que foi às ruas gritando “liberdade, igualdade e fraternidade”. Caíram os reis, o absolutismo, e surgiram os Poderes Legislativos, Judiciário e Executivo. Essa é a democracia e a República. O governo do povo para o povo e pelo povo.

O profeta da República foi o jornalista piauiense David Caldas. Homenagem aos que fazem e aos que acreditam na República, que hoje vive um dos grandes dias, quando, neste instante grandioso do Poder Legislativo, ocupa a Presidência esta beleza de mulher, a Senadora Heloísa Helena.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/11/2006 - Página 34590