Discurso durante a 194ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Posicionamento do Governo Federal para criar mecanismos para transferência de recursos para as ONGs. Implantação pela Receita Federal da nota fiscal eletrônica. (como Líder)

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ORÇAMENTO. POLITICA FISCAL.:
  • Posicionamento do Governo Federal para criar mecanismos para transferência de recursos para as ONGs. Implantação pela Receita Federal da nota fiscal eletrônica. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 28/11/2006 - Página 35769
Assunto
Outros > ORÇAMENTO. POLITICA FISCAL.
Indexação
  • QUALIDADE, RELATOR, LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTARIAS (LDO), ELABORAÇÃO, DISPOSITIVOS, GARANTIA, EFICACIA, CONGRESSO NACIONAL, GOVERNO FEDERAL, ACOMPANHAMENTO, CONTROLE, TRANSFERENCIA, UTILIZAÇÃO, RECURSOS, ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL (ONG).
  • REGISTRO, DECLARAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA FAZENDA (MF), TENTATIVA, GOVERNO FEDERAL, CRIAÇÃO, NOTA FISCAL, INFORMATICA, AGILIZAÇÃO, PROCESSO, CONTABILIDADE, INFORMAÇÃO, ECONOMIA NACIONAL, FACILITAÇÃO, VIDA, COMERCIANTE, CONSUMIDOR, EMPRESARIO.
  • EXPECTATIVA, AGILIZAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO, MODERNIZAÇÃO, SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE (SIMPLES), NOTA FISCAL, INFORMATICA, REDUÇÃO, TRIBUTAÇÃO, MELHORIA, PROCESSO, ARRECADAÇÃO.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs Senadores, serei bastante rápido, até para podermos ouvir o Senador Garibaldi Alves Filho, que falará logo após a minha intervenção.

Pedi a palavra para fazer dois registros bastante rápidos. O primeiro deles diz respeito ao assunto do momento, que é exatamente a questão levantada aqui por diversos Senadores, inclusive pelo Senador Heráclito Fortes, relativo à fiscalização e ao controle das ONGs que atuam com recursos públicos. Penso que essa matéria é extremamente importante, contemporânea e que precisa que o Congresso se debruce sobre ela para que tenhamos mecanismos de controle e acompanhamento das ONGs condizentes com o tamanho desse tipo de intervenção.

Registro aqui - e amanhã lerei no Plenário - uma série de providências que nós já tomamos neste ano. Eu, como Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO, já elaborei uma série de dispositivos para criar transparência, para criar processos seletivos e para possibilitar um acompanhamento mais eficiente por parte do Poder Público e da sociedade dos contratos feitos com as ONGs e dos recursos transferidos para elas.

Nós tivemos o cuidado e, talvez, até nos antecipamos um pouco a este momento que estamos vivendo. Em junho, eu já tinha proposto mecanismos que entendia importantes para que não continuasse havendo o tipo de contratação que acontece hoje, sem nenhum critério ou sem processo licitatório, enfim, sem nenhuma pesquisa que possa efetivamente comprovar atividades e valores a serem empreendidos.

Então, registro a minha disposição de atuar para ajudar, neste debate, a construir um modelo efetivo que separe o joio do trigo, que separe a Organização não-Governamental que quer atuar junto à sociedade das outras entidades que são criadas hoje para desviar recursos ou fazer qualquer tipo de atuação que não condiz com a legislação brasileira.

Registro também que o próprio Ministro da Justiça defendeu hoje a fiscalização do repasse de recursos às ONGs. Portanto, é uma posição do Governo de que isso seja acompanhado, fiscalizado, melhorado na sua legislação e que, realmente, junto com o Tribunal de Contas da União, com o Congresso brasileiro, com as organizações de fiscalização e os Ministérios, possamos realmente criar uma nova mecânica que dê dinamismo, acompanhamento, transparência e responsabilidade maior ainda nessas aplicações.

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou hoje, e quero aqui registrar, que o Governo está ultimando procedimentos para criar a nota fiscal eletrônica e agilizar o processo contábil e o processo de informatização e informação da economia brasileira.

Esse sistema de nota fiscal eletrônica será implantado já como modelo em alguns Estados e, sem dúvida nenhuma, vai facilitar muito a vida do empresário, do comerciante, do comprador, porque as coisas vão ficar claras e também a própria fiscalização, ou seja, vai-se fazer justiça tributária. Todos terão de fazer a nota fiscal eletrônica e, assim, não haverá mais aqueles que pagam imposto na nota escrita à mão e aqueles que não pagam; ou aquela situação de notas fiscais calçadas, ou seja, uma nota fiscal no valor maior que o real, e, na cópia, uma nota fiscal de valor menor para se pagar menos imposto.

Então, a Receita Federal se moderniza e simplifica procedimentos. Sem dúvida nenhuma, essa é uma boa notícia.

Espero que esse modelo que está sendo discutido e testado possa ser implementado rapidamente, porque vem na esteira exatamente de todos os procedimentos que nós tomamos aqui este ano: criação do Super Simples, diminuição da carga tributária, efetivação da simplificação do processo tributário e todas as matérias que nós estamos querendo discutir, exatamente para facilitar a vida do contribuinte, o processo de arrecadação e, portanto, diminuir a carga tributária direta sobre o cidadão brasileiro.

Essa é a intenção exatamente da nota fiscal eletrônica, e é isso que eu quero louvar no trabalho da Receita e do Ministério da Fazenda.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/11/2006 - Página 35769