A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, apenas para que não paire nenhum mal-estar, porque não me interessa criar mal-estar no plenário.

Fiz um pronunciamento, trazendo vários assuntos à tribuna. Entre eles, a escolha feita pela associação de jornalistas estrangeiros que cobrem o Brasil, que escolheu o jornalista Mino Carta como Jornalista do Ano.

O Senador Antonio Carlos Magalhães tem todo o direito de ter a opinião dele a respeito do jornalista Mino Carta. Ele tem o direito dele, e eu tenho o meu. Portanto, creio que não cabe qualquer tipo de observação - e quero dizer isso de forma muito franca ao Senador Antonio Carlos Magalhães - a respeito das opiniões que emitimos aqui, no plenário, sobre os assuntos que trazemos. Se o Senador Antonio Carlos Magalhães quisesse fazer um aparte durante a minha fala, isso teria sido recebido de forma respeitosa, que é a forma com que se deve receber toda e qualquer opinião aqui dentro. Mas espero que a minha opinião também seja recebida dessa forma.

Que eu não tenha de ouvir determinadas palavras que buscam criar constrangimento à minha atuação parlamentar. Da mesma forma que não quero criar constrangimentos em relação à atuação parlamentar de qualquer um das Srªs e dos Srs. Senadores, mas quero ser tratada com o respeito que deve existir entre nós.

Já tive oportunidade de dizer, em outras ocasiões, que o que nos trouxe a esta Casa foi o voto popular: tanto o Senado Antonio Carlos Magalhães foi eleito pelos cidadãos da Bahia como eu fui eleita pelos cidadãos de Santa Catarina. Portanto, o respeito tem de ser mútuo.

É óbvio que vão existir opiniões divergentes. Porém, divergência de opinião, mas respeito no trato. Creio que mereço esse tratamento, da mesma forma que respeito as opiniões do Senador Antonio Carlos Magalhães, mesmo quando, em boa parte - várias vezes - não concorde com elas.