Discurso durante a 199ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemora aprovação, pela Comissão de Educação, de projeto de lei que inclui o empreendedorismo como componente curricular para os cursos técnicos e profissionalizantes no País.

Autor
Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: Ney Robinson Suassuna
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ENSINO PROFISSIONALIZANTE.:
  • Comemora aprovação, pela Comissão de Educação, de projeto de lei que inclui o empreendedorismo como componente curricular para os cursos técnicos e profissionalizantes no País.
Publicação
Publicação no DSF de 06/12/2006 - Página 37085
Assunto
Outros > ENSINO PROFISSIONALIZANTE.
Indexação
  • REGISTRO, IMPORTANCIA, APROVAÇÃO, COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, PROJETO DE LEI, CRIAÇÃO, DISCIPLINA ESCOLAR, ENSINO PROFISSIONALIZANTE, PARCERIA, SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (SEBRAE), ASSOCIAÇÃO COMERCIAL, INCENTIVO, ALUNO, PARTICIPAÇÃO, EMPRESA, ESPECIFICAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO, PRODUTO, INVESTIMENTO, ATIVIDADE PRIVADA, PROMOÇÃO, LUCRO.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Agradeço, Sr. Presidente. Agradeço, também, ao nobre Senador sergipano. O Senador Maguito Vilela pediu-me que atendesse algumas pessoas, daí o meu atraso.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, neste mesmo, está-se iniciando uma reunião de Líderes da qual participarei, por isso serei muito breve. Precisamos fazer um acordo para que, amanhã, sejam votadas nove medidas provisórias, indicação de autoridades e vários outros projetos de lei que estão tramitando.

Mas eu não queria deixar de registrar uma votação importantíssima que ocorreu hoje na Comissão de Educação.

Para se resolverem os problemas de um País qualquer, são necessárias duas molas. Existem várias, mas duas destacam-se: a educação e a justiça.

A educação pode ser superficial, apenas um verniz, como costuma acontecer, lamentavelmente, na nossa vertente ibérica. Ela dá uma amplitude de conhecimentos sem profundidade, o que cria pessoas de muito bom conteúdo para conversação, com muitas informações. Até mesmo as universidades entram nesse jogo quando fazem perguntas sem grande valia. Outro dia, perguntou-se numa prova de vestibular qual era o coletivo de borboleta. Para que interessa sabermos isso num mundo tão urbano, em que quase não existem borboletas? Duvido que muitos o saibam: panapaná. É uma palavra que, acredito, nunca usamos. Em outra ocasião, perguntou-se quem era o escrivão da frota de Fernando Magalhães.

Esses são conhecimentos de extensão, que dão verniz, mas não dão profundidade, diferentemente da cultura anglo-saxônica, que busca a profundidade, a especialização e a maior quantidade de pragmatismo.

Na educação pragmática, ocorre a profissionalização, mas mesmo ela, Senadores, não leva à formação de empreendedores, dos quais qualquer país precisa, mais do que nunca.

Hoje, na Comissão de Educação, votamos um projeto que apresenta para os cursos técnicos, profissionalizantes, embora como matéria extra-oficial, o empreendedorismo, ministrado em parceria com o Sebrae, as associações comerciais e as classes profissionais.

Muitas são as escolas no Brasil que já estão formando empreendedores. Isso significa criarem-se empresas fictícias para os alunos praticarem a comercialização, a criação e o investimento em atividades que devem dar lucro e resultado, seja financeiro, seja de conquistas, que possam ser medidos. E hoje isso foi decidido na Comissão de Educação.

Faço este registro porque acredito que esse seja um caminho, num País com tantas potencialidades. Se conseguirmos, nas novas gerações, aumentar o número de empreendedores, com toda a certeza, seremos um País de futuro melhor.

Era o que eu tinha a dizer. Vou-me dirigir à reunião de Líderes, agradecendo ao nobre Senador que faria seu pronunciamento quando despontei na porta e o Presidente me concedeu a palavra.

Muito obrigado a todos.

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/12/2006 - Página 37085