Pronunciamento de Arthur Virgílio em 05/12/2006
Discurso durante a 199ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Transcrição nos Anais do Senado Federal, do texto da entrevista concedida pelo presidente da Radiobrás, jornalista Eugênio Bucci, à jornalista Vera Magalhães, publicada no jornal Folha de S.Paulo, edição de 29 de novembro último. Bruno Maranhão, "estrela ascendente" em recente encontro do PT em São Paulo.
- Autor
- Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
- Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
POLITICA PARTIDARIA.
IMPRENSA.:
- Transcrição nos Anais do Senado Federal, do texto da entrevista concedida pelo presidente da Radiobrás, jornalista Eugênio Bucci, à jornalista Vera Magalhães, publicada no jornal Folha de S.Paulo, edição de 29 de novembro último. Bruno Maranhão, "estrela ascendente" em recente encontro do PT em São Paulo.
- Publicação
- Publicação no DSF de 06/12/2006 - Página 37113
- Assunto
- Outros > POLITICA PARTIDARIA. IMPRENSA.
- Indexação
-
- CRITICA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), CRESCIMENTO, LIDERANÇA, DIRIGENTE, GRUPO, SEM-TERRA, DEPREDAÇÃO, CAMARA DOS DEPUTADOS, COMENTARIO, DECLARAÇÃO, COMPROVAÇÃO, IMPUNIDADE.
- SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ENTREVISTA, PRESIDENTE, EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO S/A (RADIOBRAS), DEFINIÇÃO, ETICA, COMUNICAÇÃO SOCIAL, GOVERNO, DEMOCRACIA, ISENÇÃO, DIVULGAÇÃO, NOTICIARIO, AUSENCIA, CENSURA, FAVORECIMENTO, GOVERNO FEDERAL, CRITICA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), TENTATIVA, CONTROLE, IMPRENSA.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, mais do que aviões de carreira no ar, agora sujeitos a atrasos monumentais, há cenas muito além das manifestações “alopradas” e elas não nos permitem acreditar no retorno do PT à sonhada condição de partido exemplar, como pretendem alguns de seus membros que pensam mais seriamente.
Uma delas ocorreu no recente encontro do PT em São Paulo: o protagonista do quebra-quebra na Câmara, Bruno Maranhão, revelou-se estrela ascendente.
Está ele de volta à direção nacional petista, dizendo, com todas as letras da sem-cerimônia, que foi um dos cabos eleitorais de Lula.
Não contente em proclamar seu triunfal regresso, teve a graça de proclamar que o episódio de vandalismo que ele comandou no Anexo II da Câmara está superado.
E ainda, com a face mais limpa do mundo afirmou que “o Governo não precisa se preocupar com novos ataques. Esta é uma nova época, de pacificação.”
Em poucas palavras, aprontou e delinqüiu, para depois se auto-inocentar.
Não admite punição para seus exageros, como se a balbúrdia que liderou na Câmara fosse a coisa mais natural do mundo.
Pobre Brasil!
Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, o segundo assunto é para pedir à Mesa que conste dos Anais, o texto da entrevista que o presidente da Radiobrás, jornalista Eugênio Bucci, concedeu à jornalista Vera Magalhães e foi publicada na edição do dia 29 de novembro último da Folha de S.Paulo.
Nessa entrevista, Eugênio Bucci dá verdadeira lição a respeito do papel da comunicação social num governo democrático. Diz não caber ao Governo usar verbas de publicidade para dar incentivo a meios de comunicação. E assinala:
“O Governo, quando compra espaço publicitário, deve seguir critérios técnicos.”
Outro ponto importante é a defesa que ele faz da linha que imprimiu à Radiobrás e que tem causado descontentamento em áreas do Governo e do PT. Eugênio Bucci ressalta que, sendo empresa estatal, ela é do Estado e não do Governo. Portanto, deve noticiar tudo, agrade ou não ao Governo, tendo apenas o cuidado de não fazer críticas, análises, interpretações ou reproduzir declarações ou informações sem identificar a procedência. É com isso que alguns setores petistas não se conformam. Queriam ver a Radiobrás partidarizada, noticiando somente o que fosse de interesse do Governo.
O presidente da Radiobrás contestou também o conselho de petistas, segundo o qual a imprensa deveria fazer auto-reflexão da cobertura do Governo Lula. Disse ele:
“Quem tem de discutir a imprensa não é o governo. A imprensa tem de discutir o Governo, mas não o contrário.”
Pela sua importância e atualização, as declarações do jornalista Eugênio Bucci merecem figurar nos Anais desta Casa.
Era o que eu tinha a dizer.
Muito obrigado.
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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.
(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)
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Matéria referida:
“Entrevista do Presidente da Radiobrás”.