O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, agradeço a oportunidade e quero fazer aqui alguns registros para que fique caracterizada a verdade e a minha posição.

            Primeiro, o Senador Mozarildo desconhece a administração pública, porque quando eu fui Governador do território, em 1989, o Estado não tinha sido implantado. A questão dos servidores estatutários, que têm Pasep, ocorre a partir de 1991, quando os servidores foram inicialmente concursados e efetivados. Portanto, o Governador do Território tratava dos servidores do ex-Território, o que nada tem com essa questão.

            Segunda questão. Eu vim aqui e fiz uma observação que eu considero importante de cobrança dos servidores públicos do meu Estado, o que independe da minha posição de Líder. Eu sou Senador para defender o povo de Roraima e os servidores de Roraima. Dessa forma, eu vou cobrar essa posição e ajudar, na posição de Líder, o que eu puder para efetivamente contribuir para a solução dos problemas.

            Terceira questão. Eu fiz aqui um comentário sobre uma injustiça que V. Exª nomeou. O Presidente Lula não abandonou Roraima, mas atendeu Roraima de diversas formas. Essa questão da regularização fundiária não é fruto de agora. Pelo contrário, as providências estão sendo tomadas.

            Registrei aqui o meu papel de Líder e a importância do PTB e do voto de cada um, mas registrar a importância do voto de cada um não quer dizer que vamos concordar com afirmações que não são verdadeiras quanto ao tratamento dispensado pelo Presidente Lula ao Estado de Roraima.

            Quero dizer também que não faço política com raiva; pelo contrário, faço política apresentando propostas. Fui candidato a Governador, e V. Exª sabe como foi a eleição, sabe qual foi o resultado dela, e o Tribunal Superior Eleitoral vai se manifestar sobre isso. Não estamos discutindo aqui a eleição em Roraima; estamos discutindo os problemas de Roraima. Estou aqui tratando de questões importantes para Roraima, e não de eleição. A eleição é tratada na urna, e quando há abuso de poder econômico, quando há compra de voto, quando há irregularidade, o Tribunal Superior Eleitoral se manifesta no momento oportuno. Foi assim em ocasiões anteriores e vai continuar sendo assim. Vamos esperar.

            Portanto, não estou misturando a disputa com a discussão aqui.

            Vou defender aqui a ação do Governo Federal em Roraima, porque ele fez obras, liberou recursos, praticou ações importantes lá, encaminhou a regularização fundiária, enfim, está buscando a solução dos problemas de Roraima.

            Quanto à questão do combustível, o Governo brasileiro é favorável. Esta semana, houve uma reunião no Itamaraty, e o Ministério das Minas e Energia está acompanhando a negociação. Se o preço da gasolina puder chegar a um real em Roraima, nós vamos apoiar. Isso foi dito no período da campanha eleitoral pelo meu adversário, e eu disse que apoiava. Qualquer benefício para o Estado de Roraima contará com a ação do Líder do Governo no sentido de ajudar. Depende de o Presidente Chávez colocar mais barato, depende do preço internacional do combustível, depende dos impostos. Tudo isso está sendo tratado pelo Governo Federal com a Venezuela e com o Governo do Estado, e nós vamos ajudar.

            Portanto, não misturo as coisas. Não estou trazendo para este plenário assunto relativo à eleição em Roraima, mas sempre que houver aqui injustiças ou forem ditas coisas com as quais não concorde, vou pronunciar-me porque essa é a minha obrigação como Senador de Roraima e minha obrigação como Líder do Governo.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.