Discurso durante a 207ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro do falecimento, na Bahia, do jornalista Jorge Calmon Muniz Bittencourt.

Autor
Antonio Carlos Magalhães (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
Nome completo: Antonio Carlos Peixoto de Magalhães
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Registro do falecimento, na Bahia, do jornalista Jorge Calmon Muniz Bittencourt.
Publicação
Publicação no DSF de 19/12/2006 - Página 39000
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, JORNALISTA, EX-DEPUTADO, EX MINISTRO, TRIBUNAL DE CONTAS, ESTADO DA BAHIA (BA), MEMBROS, ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS (ABL), PROFESSOR, UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA).
  • SOLICITAÇÃO, MESA DIRETORA, APROVAÇÃO, REQUERIMENTO, VOTO DE PESAR, FAMILIA, JORNAL, A TARDE, ESTADO DA BAHIA (BA).

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, faleceu hoje, na Bahia, um grande jornalista, talvez, nos últimos tempos, a melhor figura do jornalismo baiano, o jornalista Jorge Calmon Moniz de Bittencourt. Ele, professor emérito da Universidade Federal da Bahia, teve participação na organização e implantação do curso de jornalismo da Universidade; era membro da Academia de Letras da Bahia - eu diria o principal membro da Academia de Letras da Bahia; foi Presidente da Associação Baiana de Imprensa e Patrono do Museu de Comunicação.

Baiano de Salvador, onde nasceu em 1915, sua história se funde com a do jornal A Tarde, porque, junto com Simões Filho, seu fundador, atuou e trabalhou por exatos 67 anos no jornalismo. Homem de cultura, Jorge Calmon foi também Deputado Estadual, Secretário do Interior e da Justiça, Ministro do Tribunal de Contas da Bahia.

Pela grandeza, pela enorme perda que representa sua morte para a imprensa brasileira, requeiro que sejam prestadas homenagens regimentais, inserção em Ata de voto de profundo pesar, apresentação de condolências à família e condolências ao jornal A Tarde.

Este requerimento, assinado por mim e pelo Senador Edison Lobão, é, realmente, um ato de justiça. Eu era amigo pessoal do Dr. Jorge Calmon, que faleceu hoje pela manhã, deixando, de fato, uma lacuna enorme no jornalismo baiano. Esse homem praticamente recebeu do Dr. Simões Filho a herança de conduzir o jornal de maior circulação do Estado e, enquanto lá esteve, foi um dirigente, como redator-chefe, competente, justo e, sobretudo, amigo.

O Senado Federal e a Bahia inteira, neste instante, fazem uma homenagem justíssima a esse homem notável que também tinha a até fraternidade como ponto de importância, por ser irmão do grande Pedro Calmon, nosso historiador notável e também jornalista.

O jornalismo baiano fica hoje empobrecido, porque ele era, sem dúvida, nos últimos tempos, o grande jornalista da Bahia. Ainda agora, aos 91 anos, idade com que falece, ele escrevia seus artigos e dava a sua colaboração para a melhoria do Estado em todos os setores.

Jorge Calmon foi um homem que honrou a Bahia e, honrando a Bahia, merece do Senado da República as homenagens que peço que V. Exª ponha em votação.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/12/2006 - Página 39000