Discurso durante a 207ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Elogios à gestão de Rossano Maranhão na Presidência do Banco do Brasil. Apresentação de números que atestam o crescimento da instituição, durante a gestão do Presidente que se afasta.

Autor
Edison Lobão (PFL - Partido da Frente Liberal/MA)
Nome completo: Edison Lobão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
BANCOS.:
  • Elogios à gestão de Rossano Maranhão na Presidência do Banco do Brasil. Apresentação de números que atestam o crescimento da instituição, durante a gestão do Presidente que se afasta.
Publicação
Publicação no DSF de 19/12/2006 - Página 39001
Assunto
Outros > BANCOS.
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, DEPUTADO FEDERAL, NETO, ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, SENADOR, VITIMA, AGRESSÃO, ESTADO DA BAHIA (BA).
  • COMENTARIO, SOLICITAÇÃO, PRESIDENTE, BANCO DO BRASIL, AFASTAMENTO, CARGO PUBLICO, POSSIBILIDADE, ACEITAÇÃO, CONVITE, TRABALHO, INICIATIVA PRIVADA.
  • APRESENTAÇÃO, DADOS, COMPROVAÇÃO, MELHORIA, SITUAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, ECONOMIA, BANCO DO BRASIL, RESULTADO, EFICACIA, ATUAÇÃO, PRESIDENTE, BANCO OFICIAL, CUMPRIMENTO, PROGRAMA, RACIONALIZAÇÃO, GASTOS PUBLICOS.
  • DETALHAMENTO, DADOS, MELHORIA, SITUAÇÃO, BANCO DO BRASIL, AUMENTO, INDICE, EFICACIA, RENDIMENTO, EMPRESA ESTATAL, AMPLIAÇÃO, QUALIDADE, PROGRAMA, EMPRESTIMO, REDUÇÃO, NUMERO, INADIMPLENCIA.
  • REGISTRO, AUMENTO, RECURSOS, INVESTIMENTO, BANCO OFICIAL, PROGRAMA, CONCESSÃO, CREDITO RURAL, FAMILIA, PROMOÇÃO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, BENEFICIO, BAIXA RENDA, PEQUENO PRODUTOR RURAL, ARTESÃO, REGIÃO NORTE, REGIÃO NORDESTE.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, PRESIDENTE, BANCO DO BRASIL, OBTENÇÃO, AUMENTO, NUMERO, CLIENTE, ENTIDADE.
  • CONGRATULAÇÕES, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ESCOLHA, SERVIDOR, SUBSTITUIÇÃO, PRESIDENTE, BANCO DO BRASIL, EXPECTATIVA, CONTINUAÇÃO, EFICACIA, ADMINISTRAÇÃO, INSTITUIÇÃO FINANCEIRA.

O SR. EDISON LOBÃO (PFL - MA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, recolho como minhas as palavras do Senador Eduardo Suplicy a respeito do Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto. Apenas acrescento que se trata de um dos melhores valores da vida pública desta geração, jovem admiravelmente talentoso e inteligente. Felizmente, o acidente que ocorreu não teve graves conseqüências, graças a Deus.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Presidente do Banco do Brasil, Dr. Rossano Maranhão, dando por cumprido seu ciclo nessa instituição onde se iniciou profissionalmente, solicitou ao Presidente da República o seu afastamento do cargo devido a razões estritamente pessoais, pois pretende aceitar agora um dos inúmeros convites que recebeu para trabalhar na iniciativa privada.

Rossano, nascido no Estado do Maranhão, veio ainda adolescente para Brasília. Ingressou no Banco do Brasil, onde fez carreira, em 1976. Em 1981, foi-lhe negada autorização para cursar mestrado na Itália, motivo pelo qual pediu demissão. Retornou ao Banco, em 1992, com posto efetivo, após concluir mestrado na Universidade de Brasília e estudos no exterior, tendo galgado todos os cargos de carreira, até ser nomeado diretor em 1999.

Em 2004, quando da saída de Cássio Casseb da Presidência do Banco, Rossano, que era Vice-Presidente de Negócios Internacionais, assumiu interinamente a Presidência, cargo para o qual foi nomeado definitivamente em abril de 2005.

Ele sai agora ostentando números invejáveis no nosso principal estabelecimento de crédito. Em 2004, o Banco do Brasil, que seguia uma trajetória ascendente desde 2000, registrou um lucro líquido de R$3 bilhões. Até setembro deste ano, já contabilizou lucro de R$4,8 bilhões, um incremento, portanto, de R$1,8 bilhão, ou seja, 60% em relação ao final de 2003. Isso significa mais dividendos para o controlador, o Tesouro Nacional, mais reservas para o próprio Banco e uma participação maior dos funcionários e acionistas nos resultados. Tal sucesso é fruto de um longo trabalho de melhoria da qualidade dos negócios e de um programa rigoroso de racionalização de gastos.

Ainda há outros números importantes na gestão de Rossano Maranhão. O índice de eficiência da empresa, que mede a relação despesas administrativas/receitas operacionais, vem melhorando desde 2002. Como se sabe, quanto menor ele for, melhor. Em 2002, era de 57,9%. Em 2004, havia caído para 54,2%, e chegou em setembro último a 46,5%, índice comparável ao dos melhores bancos privados. Isso significa fazer mais com menos.

A Carteira de Crédito do Banco do Brasil também ostenta números invejáveis. É a maior carteira de crédito do sistema financeiro nacional. Em 2004, registrava um saldo de R$88,5 bilhões. Em setembro, esse número era de R$117,3 bilhões. Só nos últimos dois anos, o crescimento foi de 32,54%, ou seja, R$28,8 bilhões. Esses valores representam 16,2% de todo o sistema financeiro nacional.

Há um dado também muito importante no crédito à pessoa física, que cresceu 43,13% nos últimos dois anos, registrando R$22,9 bilhões. No empréstimo consignado, aquele com desconto em folha de pagamento, o Banco do Brasil deu um salto. Em 2004, o total desses empréstimos era de R$1,4 bilhão, tendo chegado a setembro de 2006 com um montante de R$7,8 bilhões, o que equivale a 16,8% do mercado. E é o primeiro banco a reduzir a taxa de juros dessa operação para índice menor do que 1%.

Outro dado interessante na gestão de Rossano é que não apenas aumentou o volume de crédito, mas também a qualidade da Carteira. Os bancos públicos são muitas vezes criticados, porque não sabem emprestar. Em conseqüência, teriam índices de inadimplência muito elevados e não qualificam suas carteiras de crédito. Pois bem, os números do Banco do Brasil revelam exatamente o contrário. O índice de inadimplência das operações vencidas há mais de 15 dias no Banco é de apenas 12,1%, enquanto a média do mercado é de 14,5%. Nas operações vencidas há mais de 90 dias, esse índice é de 6,8%, enquanto o do sistema financeiro é de 7,8%.

Outro a ser destacado, divulgado pelo Banco do Brasil, é o de recursos aplicados em investimentos, num momento em que o Governo está preocupado em privilegiar a infra-estrutura e a melhoria do parque industrial brasileiro. Com R$5,6 bilhões aplicados, é de longe o banco brasileiro que mais desembolsa recursos para investimentos.

A agricultura familiar também mereceu atenção especial nesse período. Saiu de um total de R$2,1 bilhões na safra 2002/2003, para R$6 bilhões na safra 2006/2007, parte ainda a ser aplicada.

Assim também com o programa Desenvolvimento Regional Sustentável, que mereceu apoio total de Rossano, voltado para famílias de baixa renda, principalmente no Norte e no Nordeste. Esse programa praticamente iniciou-se em 2004. Hoje, ostenta números invejáveis: 210 mil famílias beneficiadas; 913 projetos aprovados e R$471 milhões aplicados. Quando se fala em bilhões, pode parecer pouco. Mas não podemos esquecer que esse programa se volta para pequenos produtores, artesãos e empresários com economia de reduzido porte. Aos poucos entram no mercado, orientados por técnicos treinados pelo Banco do Brasil. Certamente pelo êxito desse programa, ainda ouviremos muito falar dele nesta Casa do Congresso Nacional.

Nós poderíamos continuar dissertando sobre vários indicadores positivos do Banco do Brasil em período recente. Nos últimos dois anos, por exemplo, foram incorporados à sua base mais de três milhões de novos clientes. Isso significa a inclusão de uma base de correntistas equivalente a de muitos bancos privados deste País.

Para finalizar, gostaria de fazer um registro do desempenho das ações do Banco do Brasil na Bolsa, vale dizer, do valor que passaram a ter no mercado ou de como o mercado vê tudo o que está acontecendo com o nosso Banco do Brasil.

Em novembro de 2004, quando Rossano assumiu a Presidência, a ação valia R$28,50, o que significou uma valorização extraordinária. No dia 14 de dezembro corrente, último dia de trabalho desse brasileiro no Banco do Brasil, a ação chegou a R$64,00, um salto de aproximadamente 124%.

Poucos bancos ou poucas empresas, na história econômica deste País, obtiveram resultado tão elevado em tão pouco tempo, graças a uma gestão rigorosa, competente e talentosa, como a do Dr. Rossano Maranhão e de seus companheiros.

As ações do Banco do Brasil mais do que dobraram nos últimos dois anos. Isso tudo tem a ver com a credibilidade adquirida pelo Banco nos últimos anos, consubstanciada no sucesso da oferta secundária que fez em meado do ano, quando foi vendido o equivalente a US$1 bilhão de suas ações. Neste ano, outro acontecimento histórico: na gestão de Rossano, o Banco do Brasil também aderiu ao novo mercado da Bovespa, sendo a primeira empresa do Governo Federal a participar do novo mercado.

Por tudo isso, Srªs e Srs. Senadores, venho a esta tribuna homenagear o ilustre maranhense Rossano Maranhão, que deixa o Bando do Brasil num momento tão auspicioso, demonstrando igualmente a importância que têm os quadros de carreira dessa instituição pública.

Também me congratulo com o Presidente Lula e o Ministro Mantega pela feliz escolha de outro servidor do quadro técnico do banco, o Dr. Antonio Lima Neto, para substituir Rossano na presidência dessa grande entidade nacional. O Banco do Brasil tem a tradição de ser um celeiro de bons técnicos, que hoje estão espalhados por inúmeros órgãos da administração pública. Ainda nesta semana, o Ministro Furlan ressaltava, em evento em Brasília, a quantidade de funcionários do Banco do Brasil que com ele trabalhavam no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

A chegada de Lima Neto à presidência da instituição é um sinal de que os objetivos do Banco do Brasil não mudarão. Vai continuar nessa trajetória de sucesso, fazendo calar as eventuais críticas de que uma empresa, por ser estatal, está condenada à ineficiência. As críticas são desfeitas por esses números que apresentei, de fazer inveja a qualquer empresa privada. É assim que o Banco do Brasil alcançará 2008, quando completa duzentos anos, como um marco na história deste País.

Estou convencido de que Lima Neto, da mesma forja de Rossano Maranhão, haverá de administrar o Banco do Brasil no mesmo diapasão, com a mesma agilidade, a mesma eficiência e a mesma competência.

Sr. Presidente, que Rossano Maranhão - cuja caminhada profissional tanto honra o Maranhão e o Brasil - tenha sucesso nas novas empreitadas. Desejo ainda que Lima Neto prossiga nesse roteiro de grandes vitórias.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/12/2006 - Página 39001