O SR. ALVARO DIAS (PSDB - PR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo a tribuna neste momento para fazer o registro da matéria intitulada “Setor elétrico entra na fase de rezar pela chuva”, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, de 03 de dezembro de 2006.

            A matéria destaca que, sem gás suficiente para as termoelétricas, o governo Lula só conta com as hidrelétricas para evitar a crise até 2010.

Sr. Presidente, requeiro que a matéria acima citada seja considerada parte integrante deste pronunciamento, para que passe a constar dos Anais do Senado Federal.

Também solicito o registro da matéria intitulada “Beneficiário de Valério trabalhou para o PT”, publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, de 03 de dezembro de 2006.

A matéria destaca que apontados pelo publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza como beneficiários do esquema do mensalão montado pelo PT, o empresário de São Bernardo do Campo (SP) Carlos Cortegoso e sua empresa foram fornecedores da campanha à reeleição do presidente Lula.

Sr. Presidente, requeiro que a matéria acima citada seja considerada parte integrante deste pronunciamento, para que passe a constar dos Anais do Senado Federal.

Gostaria também de fazer o registro da matéria intitulada “Não dá para “destravar” sem reformas”, publicada pela revista Veja, de 06 de dezembro de 2006.

            A matéria destaca que o Presidente Lula promete crescimento com rigor fiscal, mas seu time foge dos ajustes necessários ao crescimento sustentado.

Sr. Presidente, requeiro que a matéria acima citada seja considerada parte integrante deste pronunciamento, para que passe a constar dos Anais do Senado Federal.

Por último gostaria de fazer o registro da matéria intitulada “Muito ruído e nada de trabalho”, publicada pela revista Exame, de 06 de dezembro de 2006.

A matéria destaca que enquanto o governo se preocupa em entrar para a história, o país fica à espera de algo mais modesto: que comece, enfim, a cuidar das questões do cotidiano.

Requeiro que a matéria seja considerada parte integrante deste pronunciamento, para que passe a constar dos Anais do Senado Federal.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o dia 27 de dezembro é, sem dúvida, um dia da maior importância nos anais da imprensa brasileira, com ressonância nesta casa legislativa. Refiro-me, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, às comemorações dos 57 anos de existência do jornal Tribuna da Imprensa. O fato é auspicioso por assinalar a vitória de um projeto especial de comunicação, sob a coordenação do jornalista Helio Fernandes, a quem rendo as minhas homenagens, extensivas a todo o corpo editorial e aos que, no dia-a-dia, contribuem para tornar a Tribuna da Imprensa um órgão de leitura indispensável aos que desejam manter-se informados sobre o que ocorre no Brasil e no mundo.

O jornal Tribuna da Imprensa se constitui hoje em uma família composta por seu quadro de obreiros, imbuídos da tarefa árdua, mas compensadora, de fazer um dos mais influentes jornais do Brasil. Um jornal que tem como objetivo fazer o melhor sem errar. Aliás, aprendi, ao longo de minha convivência tanto na leitura da Tribuna da Imprensa quanto também em contato com seu diretor e jornalistas, que este jornal persegue a mania de não errar. Essa mania se revela em sua qualidade de informação, que impressiona a todos quantos fazem dele uma leitura obrigatória no seu dia-a-dia. Credibilidade, Srs. Senadores, não se conquista do dia para a noite. E credibilidade é o que não falta a esse jornal, que se pauta pela informação política, mas também econômica, social, cultural etc.

Sabemos, nós, os políticos, que as páginas da democracia deste País não teriam sido escritas sem as letras “desenhadas” por um grupo de profissionais competentes e éticos e, no caso da Tribuna, liderados pelo jornalista Helio Fernandes. Um jornal que não só se preocupa com os pequenos fatos aqui em Brasília ou nos estados e municípios, mas que busca também as causas e as conseqüências daquilo que realmente é fundamental para a vida política do nosso País, merece o respeito absoluto desta Casa. E o respeito de todo e qualquer cidadão brasileiro investido ou não de funções públicas.

Sei, pela amizade que me une ao jornalista Helio Fernandes, que nunca um diretor do seu jornal - ou sequer ele ou alguém de sua família - interferiu no processo de elaboração do noticiário. Sei que a liberdade de imprensa realmente existe dentro desse órgão que, inclusive, orgulha aos profissionais que trabalham em seus departamentos. Não só os leitores, mas os jornalistas de modo geral, têm orgulho da Tribuna da Imprensa. A liberdade de imprensa é o direito de o leitor ter as informações colhidas e editadas pelos profissionais de imprensa com toda responsabilidade, e isso é exatamente o que fazem os profissionais do bravo diário carioca. Vejamos um pouco de sua historia. O jornal foi fundado em 27 de dezembro de 1949 pelo jornalista Carlos Lacerda. O nome do veículo deve-se à coluna Tribuna da Imprensa que Lacerda escreveu no Correio da Manhã de 1946 a 1949, quando foi afastado desse jornal, mas manteve o direito ao nome.

Em outubro de 1961, durante o Governo de João Goulart, em conseqüência de dificuldades financeiras, Lacerda vendeu a Tribuna da Imprensa, por 10 milhões de dólares, para Manuel Francisco do Nascimento Brito, marido da Condessa Pereira Carneiro, dona do Jornal do Brasil.

No final de 1962, o jornalista Helio Fernandes assumiu o passivo e o ativo do jornal. Em entrevistas, ele garante não ter pago um centavo por isso, apenas tendo livrado Nascimento Brito do contínuo prejuízo. De junho de 1968 a junho de 1978, o jornal esteve diariamente sob censura prévia. Em 26 de março de 1981, uma bomba explodiu na sede do jornal na Rua do Lavradio, 98, um ato creditado a defensores do regime militar. Os brasileiros podem hoje se orgulhar do jornal, que chega aos 57 anos de circulação prestando relevantes serviços à nação brasileira.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu gostaria de solicitar a V. Exª a transcrição na íntegra, nos anais desta Casa, do editorial do Jornal O Estado de S. Paulo, intitulado “A implosão do Mercosul”, publicado na edição do dia 20 de dezembro de 2006.

O mencionado editorial expõe com bastante clareza o processo de esvaziamento imposto ao bloco regional. Na reunião de cúpula da Comunidade Sul-americana de Nações, em Cochabamba, cidade boliviana, o Presidente Hugo Chávez declarou em alto e bom som que o Mercosul é uma entidade inútil.

Atitudes como essa se somam a inúmeros outros posicionamentos dúbios dos “sócios” originais. Nessa trajetória de impasses e equívocos, a implosão do Mercosul será apenas uma questão de tempo.

Requeiro que a matéria acima citada seja considerada parte integrante deste pronunciamento, para que passe a constar dos Anais do Senado Federal.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado.

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ALVARO DIAS EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

“Setor elétrico entra na fase de rezar pela chuva”;

“Beneficiário de Valério trabalhou para o PT”;

“Não dá para 'destravar' sem reformas”;

“Muito ruído e nada de trabalho”;

“A implosão do Mercosul”.