Pronunciamento de Mão Santa em 18/12/2006
Fala da Presidência durante a 207ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Questionamentos acerca do reajuste de salário dos congressistas.
- Autor
- Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
- Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Fala da Presidência
- Resumo por assunto
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ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
POLITICA SALARIAL.:
- Questionamentos acerca do reajuste de salário dos congressistas.
- Publicação
- Publicação no DSF de 19/12/2006 - Página 39003
- Assunto
- Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR. POLITICA SALARIAL.
- Indexação
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- ELOGIO, ALVARO DIAS, SENADOR, HOMENAGEM, ESCOLHA, POPULAÇÃO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
- QUESTIONAMENTO, REAJUSTE, SALARIO, CONGRESSISTA, CRITICA, PRESIDENTE, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), EXIGENCIA, SUPERIORIDADE, VALOR.
- GRAVIDADE, CONCENTRAÇÃO DE RENDA, BRASIL, DIFERENÇA, VALOR, SALARIO.
- PROPOSTA, CONVOCAÇÃO EXTRAORDINARIA, CONGRESSO NACIONAL, DEBATE, POLITICA SALARIAL, BRASILEIROS, ESPECIFICAÇÃO, JUSTIÇA, PROFESSOR, PROFESSOR UNIVERSITARIO, MEDICO, ENGENHEIRO.
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - Senador Alvaro Dias, quero manifestar a minha satisfação por V. Exª ganhar a preferência do povo brasileiro como Parlamentar. Dos pronunciamentos de V. Exª, quero dizer, com toda a certeza, fui o que mais participou. Fui co-participante dos trabalhos de V. Exª.
V. Exª teve coragem de falar à Casa, assim como eu terei, porque sou do Piauí e o Maranhão nos está observando.
Eu sou médico e para onde vamos levamos a nossa formação profissional. O médico vê a etiologia.
Isso começou quando Montesquieu dividiu o absolutismo em três poderes. O que ele disse? Os poderes devem ser independentes, harmônicos e iguais.
Essa farra salarial, atentai bem, quando começou? Quando o Presidente do STF, Sr. Nelson Jobim, pegou o Severino, a fraqueza, e exigiu R$24,5 mil - estabelecendo, para o ano seguinte, R$ 27 mil -, e o Conselho de Federação, criado por ele, liberou o jetom. Deve haver igualdade. A farra começou aí.
Sempre tive a coragem de dizer que, nas sociedades civilizadas, a diferença entre o maior e o menor é de dez vezes. No Brasil, atentai bem, estamos vivendo o pior momento. Essa calma é enganadora, pois nunca houve tanta injustiça salarial e social.
Então, partiu daí. Hoje, muitos e muitos brasileiros ganham mais de R$40 mil, mais de 100 vezes o valor do menor salário.
Precisamos ter a coragem de ver onde surgiu isso e, no período que seria de recesso, propor a esta Casa uma convocação justa, decente e digna, a fim de estudarmos um ajuste salarial para todos os brasileiros, não somente para nós: os professores, os professores universitários, os médicos, os engenheiros, que ganham, às vezes, 50 vezes menos que os outros.
É hora de esta Casa ter coragem para fazer uma convocação, a fim de estudar a justiça salarial para todos os brasileiros, compatível com as sociedades civilizadas.
Essas são as minhas palavras.