O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, gostaria de, em nome da Liderança do Governo, fazer alguns agradecimentos e alguns registros.

     Quero começar registrando que, ao encerrar este período legislativo, perdemos ou deixamos de contar, no próximo período, com companheiros importantes nesta Casa, que, independentemente da posição partidária ou política, têm compromisso com o Brasil e têm ajudado esta Casa a funcionar cada vez melhor.

     Ouvimos agora a despedida do Senador Aelton Freitas, que foi, durante todo esse tempo, um parceiro. Eu sou testemunha, como Líder do Governo, do trabalho dele em prol de Minas Gerais, em prol do Brasil. Nunca se esquivou de marcar posições, nunca deixou de discutir e de votar da forma como sua consciência determinava e, portanto, merece toda a nossa homenagem, todo o nosso agradecimento. Temos certeza de que vai continuar em outra trincheira, lutando pelo Brasil e lutando por Minas Gerais.

     Quero também registrar o trabalho do Senador Rodolpho Tourinho, que tem sido um parceiro inestimável. O Ministro Rodolpho Tourinho, durante esses anos todos, foi um Senador que relatou matérias fundamentais para o País. Tendo uma posição partidária divergente da posição do Governo, nunca se esquivou do diálogo, do entendimento e de procurar melhorar cada peça que relatou.

     Eu gostaria de, em nome da Liderança do Governo, dizer a todo o Senado e a todo o País que o Senador Tourinho vai fazer falta neste Senado.

     O Sr. Magno Malta (Bloco/PL - ES) - Senador Romero, V. Exª me concede um aparte a sua palavra? Hoje é dia de festa!

     O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) - Pois não.

     O Sr. Magno Malta (Bloco/PL - ES) - Se aconteceu, eu não estive no discurso de despedida do Senador Tourinho.

     O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) - Aconteceu.

     O Sr. Magno Malta (Bloco/PL - ES) - E, se aconteceu e eu não estive, eu quero hoje abraçá-lo nesta última sessão. E o que falar mais, depois de tudo o que V. Exª acabou de falar? Só repetir o que eu disse ao Senador Aelton.

     Tourinho, a virtude de um homem é ter lado. Minha mãe era analfabeta funcional e dizia, Senador Mão Santa: “Quem não tem lado não tem nada para acrescentar à História”. E nós ficamos órfãos aqui tanto do Senador Aelton como do Senador Tourinho, da capacidade desse cidadão chamado Rodolpho Tourinho, Senador da República, ex-Ministro, em relatar matérias as mais complexas. A mim me orgulha muito, porque eu sou nascido em Macarani, no interior da Bahia, baiano feito ele, vê-lo desempenhar e desenrolar relatorias aqui. Agradava a gregos e troianos, no limite da lei, sem ultrapassar a lei e a constitucionalidade, acima de toda e qualquer argumentação.

     Sem dúvida alguma, é um orgulho para o Parlamento brasileiro, para o Brasil e para a Bahia. E eu abraço, Senador Tourinho, agradecido pela convivência, pelo aprendizado e pelo equilíbrio que V. Exª tem. O seu equilíbrio é uma coisa impressionante, a sua maneira de tratar dentro do debate, coisa que os novos precisam aprender muito ainda - ter equilíbrio, manter sangue frio, saber discutir o mérito de uma matéria como V. Exª o faz e relata com tanta competência. Leve meu abraço a sua família e muito obrigado por esses quatros anos de convivência aqui com V. Exª.

     O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) - Eu agradeço o aparte do Senador Magno Malta e quero, só para concluir, dizer que o Senador Tourinho, como relator, como parceiro de discussão, foi responsável por muitos avanços e até mudanças de posicionamento do próprio Governo. Nós sempre procuramos respeitar a sua opinião, buscar a sua colaboração, porque, sem dúvida alguma, ele tem muito a dar e continuará dando ao Brasil, independentemente do local onde esteja exercendo algum tipo de mandato, de ação política. Mas, com certeza, com o espírito público que ele tem, onde estiver estará colaborando com o País.

     Quero registrar também, Sr. Presidente, o trabalho de V. Exª durante todo este ano. V. Exª conseguiu, num período tumultuado, de crise política, num período eleitoral, tocar esta Casa com tranqüilidade, respeitando o espaço de todos os partidos, tanto da Base do Governo quanto da Oposição. Conseguimos avançar, votar muito, e hoje nós estamos encerrando aqui os nossos trabalhos com a consciência tranqüila. Votamos todas as matérias importantes, não há nada pendente para o País cobrar. Portanto, isso se deve muito ao comando firme, mas democrático de V. Exª.

     Quero agradecer a todos os Líderes partidários, aos Líderes da Base do Governo, ao Senador Ney Suassuna, ao Senador Sérgio Zambiasi, a todos os Líderes da Oposição, que, mesmo nos momentos mais duros, nos discursos mais ferventes, nunca se negaram a ter o diálogo franco e a buscar o caminho da democracia.

     Não tive a oportunidade de participar do discurso do Senador Gilberto Mestrinho, mas quero registrar a importância que ele teve aqui durante todo esse período, para o Senado e especialmente para o PMDB, pela vivência, pelo gabarito, pela tranqüilidade, pela experiência e pelo nível de aconselhamento que deu a esta Casa, presidindo várias vezes a Comissão de Orçamento e tendo um papel decisivo em diversas questões.

     Ao companheiro Luiz Otávio também, Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, Senador pelo Pará, que tanto ajudou, é um amigo. Participamos juntos de muitas conquistas, participamos também de derrotas, de sofrimentos, mas, sem dúvida alguma, sempre pensando no Brasil, sempre solidários e sempre preparados para novos desafios.

     Quero agradecer a todos os Líderes, aos funcionários da Casa, ao Carreiro, à Cláudia, a todos os amigos e amigas que ajudaram a Liderança do Governo a tocar o trabalho que teve que tocar.

     Aos funcionários da Liderança, aos funcionários do Senado, quero realmente agradecer, desejar a todos um Feliz Natal, um Ano-Novo mais próspero, mais calmo, e que possamos votar com mais tranqüilidade, sem menos conflitos e com mais democracia, cada vez mais avançando para melhorar o País.

     E ao povo de Roraima, especialmente, que me elegeu Senador, quero deixar o meu abraço, o meu beijo carinhoso e também os votos de um Feliz Natal e de um Ano-Novo ainda melhor em 2007.

     Muito obrigado, Sr. Presidente.