Discurso durante a Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Anúncio de pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa e pelo Instituto Militar de Engenharia-IME, para gerar biodiesel de palmeira comum no Estado de Roraima. (como Líder)

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ENERGETICA. POLITICA DO MEIO AMBIENTE.:
  • Anúncio de pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa e pelo Instituto Militar de Engenharia-IME, para gerar biodiesel de palmeira comum no Estado de Roraima. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 10/02/2007 - Página 1548
Assunto
Outros > POLITICA ENERGETICA. POLITICA DO MEIO AMBIENTE.
Indexação
  • REGISTRO, PESQUISA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA (IME), POSSIBILIDADE, EXTRAÇÃO, COMBUSTIVEL ALTERNATIVO, VEGETAIS, ORIGEM, ESTADO DE RORAIMA (RR), INSTALAÇÃO, USINA, TESTE, EFICACIA, COMBUSTIVEL, EXPECTATIVA, PRODUÇÃO, ENERGIA, REGIÃO.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA (IME), EMPENHO, FUNCIONARIOS, ESPECIFICAÇÃO, PESQUISADOR, ORIENTAÇÃO, PRODUTOR, ESTADO DE RORAIMA (RR), CORREÇÃO, TRATAMENTO, SOLO, POSTERIORIDADE, QUEIMADA, OBJETIVO, EQUILIBRIO ECOLOGICO, REGIÃO AMAZONICA.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Pela Liderança do Governo. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Paulo Paim; Sr. Presidente em transição, Senador Alvaro Dias; Srªs e Srs. Senadores, pedi a palavra para fazer dois registros que se complementam nesta manhã. O primeiro, para dizer que, no meu Estado, Roraima, a Embrapa e o Instituto Militar de Engenharia - IME, vem realizando um trabalho piloto ao estudar a viabilidade de se fazer um outro biocombustível a partir de uma palmeira, conhecida popularmente como inajá, oriunda do meu Estado. Aliás, essa palmeira, na região, é tida como invasora de pastagens e, portanto, considerada até então como uma praga. No entanto, agora, verifica-se a real possibilidade de essa praga se transformar em um componente forte para a produção de energia no Estado de Roraima.

Sr. Presidente, na minha ação político-parlamentar, tenho procurado, de todas as formas, apoiar a Embrapa porque entendo que é um centro de excelência em nosso País. Pesquisadores e pesquisadoras, técnicos e técnicas devotam suas vidas a esse trabalho de pesquisa. Inclusive, ano passado, como Relator do Orçamento na área setorial da agricultura, evoluímos para a casa de R$1 bilhão o orçamento da Embrapa. E aqui está o resultado. Tenho fortalecido, tenho apoiado o trabalho da Embrapa em Roraima, e a Embrapa tem correspondido com várias ações, inclusive com essa especificamente.

Sr. Presidente, a Embrapa, além da questão do trato da terra para as queimadas, procura fazer um trabalho de orientação em Roraima. O nosso Estado é diferente da maioria dos outros Estados da Amazônia, por termos campos naturais e cerrados, que chamamos de lavrados, que sofrem, todos os anos, um processo sério de queimadas. Portanto, é preciso que o produtor aprenda manejar tais áreas de forma correta. A Embrapa tem atuado nisso. Foi com muita felicidade que vi o resultado desse trabalho da Embrapa e do IME.

Está sendo implantada uma usina de biocombustível de inajá na serra da Prata, lá no município de Mucajaí. Essa usina, inicialmente uma.pequena usina, vai testar a forma como o combustível vai se comportar. Mas, sem dúvida nenhuma, pelo relato dos próprios técnicos, que não se antecipam ao resultado técnico da pesquisa, é extremamente promissor o resultado. Portanto, quero aqui registrar rapidamente, além do apoio à Embrapa, os nomes dos pesquisadores Oscar José Smiderli, Otoniel Ribeiro Duarte, ambos da Embrapa, e a pesquisadora e Coordenadora do Projeto, Vilma Araújo Gonzalles, que é química do Instituto Militar de Engenharia, o IME. Portanto, faço, aqui este registro extremamente importante.

Sr. Presidente, ao fazer esse registro, também quero dizer que, ontem, o Presidente Lula lançou o Programa de Fortalecimento da Biotecnologia no País, que é exatamente o fato de se espalhar, se permear por todo o Brasil um pouco disso que está sendo feito em Roraima. A biotecnologia é algo fundamental para o Brasil. Temos 20% da biodiversidade do Planeta; temos riquezas na Amazônia, no Acre, no Amapá, em todo o País, no Rio Grande do Sul, com outras características. Então, queremos empregar uma biotecnologia voltada para a produção, para arranjos produtivos locais, para a inserção social, para a geração de renda, com financiamentos mais fartos, com a inserção das universidades. O Brasil está formando por ano dez mil doutores. E esse Programa de biotecnologia vai procurar financiar empresas para que elas possam fazer essa ponte junto às universidades para que efetivamente se possa transformar a formação técnica em algo real na qualidade de vida das pessoas, como faz a Embrapa em Roraima com a palmeira inajá .

Agradeço pela oportunidade, Sr. Presidente, não vou me estender, sei que há outros oradores inscritos. Peço a transcrição nos Anais da Casa do texto “Roraima terá usina de biocombustível de inajá em 2007” e também a transcrição das bases do programa de desenvolvimento de biotecnologia, que fala da questão da indústria, do combate à biopirataria, do financiamento do BNDES, dos arranjos produtivos locais, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e do Centro de Biotecnologia da Amazônia, algo específico que será estabelecido por ser muito importante para todos nós.

Agradeço a V. Exª

 

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ROMERO JUCÁ EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

“Projeto de biocombustível será para agudar na geração de renda” - Embrapa.

“Brasil se prepara para ser líder na indústria de biotecnologia” - Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/02/2007 - Página 1548