O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL - BA. Pela Liderança da Minoria. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em primeiro lugar, desejo fazer uma saudação ao Governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que, seguindo tradição não só do seu pai, Aécio Cunha, como principalmente do seu avô, Tancredo Neves, realiza um trabalho notável em Minas Gerais. Na Presidência da Câmara, S. Exª foi um Presidente capaz e hábil e deu muita expressão ao Congresso, por meio da Casa que presidia. Para todos nós, é uma alegria muito grande saber que Aécio Neves, uma das figuras mais notáveis do País, independentemente de Partido, sobressai a quantos fazem da política um exercício de competência, de decência e de honestidade.

Por tudo isso, saúdo esse grande Governador. E diria mais: esse grande amigo me acompanhou no Ministério das Comunicações, sobretudo nos primórdios da candidatura Tancredo Neves. Não preciso dizer o quanto Tancredo Neves representa para o Brasil, mas aproveito a oportunidade para dizer que esta Casa tem de tomar a frente, em 2010, dos festejos relativos ao centenário desse grande homem público.

Creio que, no Congresso Nacional, na Câmara e no Senado, Casas em que Tancredo brilhou - os trabalhos realizados por Tristão da Cunha e por Aécio Cunha também foram notáveis; por coincidência, fui Colega de todos eles -, nesse centenário de Tancredo Neves, o Presidente Renan Calheiros deve logo tomar a frente desses festejos, que não são do Congresso, mas de todo o Brasil, que chorou a perda - talvez, como nunca - de um homem público, com a morte de Tancredo Neves.

Portanto, quero não apenas saudá-lo, mas dizer que a memória de Tancredo será lembrada, festejada. Seu nome, que já está no coração de todos os brasileiros, embora não tivesse exercido um dia do seu mandato, mas pelo que ele fez para que a democracia reinasse neste País, terá as homenagens que merece.

Queremos que V. Exª, no cargo de Governador ou em outros maiores, esteja presente aqui, para que possamos também homenageá-lo como merece.

Sr. Presidente, esse Governo, a cada dia, prega uma mentira para os brasileiros. Aqui, está o jornal O Estado de S. Paulo de hoje, em que o Sr. Marcelo Rehder diz que o número de desempregados com 15 a 24 anos de idade duplicou nos últimos dez anos. Como é que dizem que o emprego cresce no Brasil se duplicou o número de desempregados de 15 a 24 anos? Essa é a estatística verdadeira, não é a do Planalto, que só faz enganar o povo brasileiro, criando programas sociais que representam esmolas e desapego ao trabalho.

Portanto, quero, neste instante, pedir a transcrição do artigo de O Estado de S. Paulo, dizendo que também o jornal Folha de S.Paulo de hoje demonstra que não há controle no Bolsa-Família. Se um programa como esse, tão rico, não tem controle, evidentemente, muito roubo há!

Peço aos Srs. Deputados e Senadores do PT que advirtam o Presidente Lula a respeito disso. Não creio que ele participe disso. Ele participa de outras coisas, mas disso não. Peço que alertem o Presidente, para que este não deixe que seu programa Bolsa-Família, que o elegeu, seja desvirtuado. São Vereadores, esposas de Vereadores, altos funcionários de Prefeituras municipais que recebem o Bolsa-Família. Trarei os nomes, Senador Eduardo Suplicy, porque sei que V. Exª sempre está com a boa causa; sei que V. Exª vai tratar desse assunto, pela moralidade pública e do emprego dos recursos do povo.

Sr. Presidente, vou terminar, agradecendo a V. Exª a tolerância.

Peço a transcrição, nos Anais da Casa, destas duas matérias, a de O Estado de S. Paulo e a da Folha de S.Paulo, que representam a verdade de um Governo desmoralizado.

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e §2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

“Metade dos sem emprego é jovem. Número de desempregados de 15 a 24 anos duplicou em 10 anos;”

“Controle do governo sobre o Bolsa-Família é precário.”