Discurso durante a 15ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários ao Relatório de Gestão 2003-2006, da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA CIENTIFICA E TECNOLOGICA.:
  • Comentários ao Relatório de Gestão 2003-2006, da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Publicação
Publicação no DSF de 01/03/2007 - Página 3287
Assunto
Outros > POLITICA CIENTIFICA E TECNOLOGICA.
Indexação
  • COMENTARIO, RELATORIO, AGENCIA ESPACIAL BRASILEIRA (AEB), IMPORTANCIA, MANUTENÇÃO, PROGRAMA NACIONAL, PESQUISA ESPACIAL, OBJETIVO, DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO, DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, CONTRIBUIÇÃO, AUTONOMIA, PAIS, AREA ESTRATEGICA, REFORÇO, SOBERANIA NACIONAL.
  • COMENTARIO, HISTORIA, CRIAÇÃO, EVOLUÇÃO, AGENCIA ESPACIAL BRASILEIRA (AEB), ATUALIDADE, CONSTRUÇÃO, FOGUETE, LANÇAMENTO, SATELITE, IMPORTANCIA, MODERNIZAÇÃO, INFRAESTRUTURA, CENTRO DE LANÇAMENTO DE ALCANTARA (CLA), MUNICIPIOS, ALCANTARA (MA), ESTADO DO MARANHÃO (MA), ASSINATURA, ACORDO, PAIS ESTRANGEIRO, RELEVANCIA, ATIVIDADE, CENTRO DE PESQUISA, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (RN), REGISTRO, EFICACIA, ATUAÇÃO, INSTITUTO DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE), ELOGIO, GOVERNO FEDERAL, AUMENTO, RECURSOS FINANCEIROS, DESTINAÇÃO, PESQUISA ESPACIAL.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores, o desenvolvimento das atividades espaciais constitui importante e poderosa ferramenta de suporte para impulsionar inúmeros objetivos nacionais, contribuindo de forma decisiva para a construção da soberania e autonomia, aumento do conhecimento científico e tecnológico e o desenvolvimento econômico e social do País.

Essa afirmação, constante do Relatório de Gestão 2003-2006 da Agência Espacial Brasileira (AEB), resume com grande objetividade a importância estratégica, para um país com as dimensões continentais como o Brasil, de manter um programa espacial com fins pacíficos e objetivos claros de desenvolvimento da ciência, da tecnologia e de incorporação desse conhecimento ao nosso desenvolvimento social e ao bem-estar de nossa população.

A Agência Espacial Brasileira (AEB), criada pela Lei nº 8.854, de 10 de fevereiro de 1994, com o objetivo de “promover o desenvolvimento das atividades espaciais de interesse nacional”, tem conseguido, apesar das fortes restrições orçamentárias com que opera, a institucionalização das atividades do setor espacial, em consonância com as diretrizes estabelecidas no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).

Decorridos 50 anos do lançamento do primeiro satélite russo, inaugurando a chamada Era Espacial, podemos afirmar que o Brasil não se manteve distante ou omisso em relação a esse importante campo de atuação da humanidade.

Em quase 40 anos de estudos, pesquisas e ações relacionados às ciências e às atividades espaciais, o Brasil apresenta um importante acervo de realizações quanto ao acesso ao espaço sideral.

O Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) permitiu o desenvolvimento de ações que nos garantem crescente domínio de todas as etapas da tecnologia espacial.

Autonomia, capacitação tecnológica, competitividade industrial e disponibilização de informações e serviços são objetivos de interesse nacional estabelecidos na Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE), instituída pelo Decreto nº 1.332, de 8 de dezembro de 1994.

A autonomia orçamentária e financeira da Agência Espacial Brasileira, a partir de 2005, permitiu mais agilidade, transparência e eficácia às ações da principal entidade de coordenação das atividades espaciais no Brasil.

O aumento do montante de recursos orçamentários alocados à AEB foi também fundamental para nos tirar da situação negativa anteriormente existente, cujo efeito mais terrível foi o acidente ocorrido durante a campanha de lançamento do Veículo Lançador de Satélites, VLS1-03, em agosto de 2003.

Podemos considerar superada essa fase crítica de nosso Programa Espacial, que hoje já passou por um longo e profundo processo de revisão, inclusive com assistência técnica de entidades do mais alto nível internacional.

Ao longo dos últimos anos de atuação da AEB, tivemos o desenvolvimento de foguetes, o lançamento de dois satélites de coleta de dados e de dois satélites sino-brasileiros de recursos terrestres; presenciamos também a elaboração do projeto do Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, e a assinatura de acordos de cooperação com Ucrânia, Rússia, Estados Unidos, China e França.

O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), situado numa área de 620 quilômetros quadrados, está em processo de capacitação e modernização de suas instalações e sistemas e em condições de atender à demanda interna e externa de foguetes de sondagem, uma área de grande competição no mercado internacional.

A atualização dos sistemas de comunicação, trajetografia, telecomunicação, informática e de preparação de lançamento, radares e estação de telemedidas estão entre as atividades de modernização do CLA.

Implantação dos sistemas de rastreio ótico, monitoramento do espectro eletromagnético e da estação de telemedidas redundante completam o processo de modernização da infra-estrutura do Centro de Lançamento de Alcântara.

O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, criado em 1965 e situado na cidade Natal, Rio Grande do Norte, concentra as operações de lançamento de foguetes de pequeno e médio portes.

O Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realiza montagem, integração e testes funcionais e de qualificação de satélites e de outros sistemas orbitais.

O Centro de Controle e Rastreio de Satélites (CRS) dispõe de um conjunto de sistemas de solo que permite o rastreio e o controle em órbita de satélites.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, são muitas as atividades e ações que estão sendo desenvolvidas pela Agência Espacial Brasileira. Esse conjunto de ações tem sido conduzido graças ao esforço pessoal à incansável dedicação de um corpo de servidores que merece o reconhecimento de todos nós.

Quero, neste momento, me congratular com os servidores, os cientistas, os técnicos, os administradores e todo o pessoal da Agência Espacial Brasileira, que vêm realizando um trabalho estratégico, meritório e de mais alto interesse nacional.

Posso assegurar que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva confere a mais elevada prioridade à execução do Programa Espacial Brasileiro, o que pode ser comprovado pelo aumento de recursos colocados à disposição da AEB a partir de 2004.

Na pessoa do doutor Sérgio Gaudenzi, Presidente da Agência Espacial Brasileira, cumprimento todos os servidores e todos os que têm contribuído para o sucesso e para o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro.

Muito obrigado!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/03/2007 - Página 3287