O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, este é o meu primeiro pronunciamento desde a posse, há um mês, nesta Casa. Inspirei-me em um texto de Sêneca sobre a brevidade da vida:

Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos uma grande parte dela. A vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para a realização de tarefas importantes.

Ao contrário, se desperdiçarmos no luxo e na indiferença, se nenhuma ordem é concretizada e, por fim, se não se respeita nenhum valor, não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela se esvai.

Desse modo, não temos uma vida breve, mas fazemos com que seja assim.

Não somos privados, mas pródigos de vida. Como grandes riquezas, quando chegam às mãos de um mau administrador, em um curto espaço de tempo, se dissipam, mas, se modestas e confiadas a um bom guardião, aumentam com o tempo, assim a existência se prolonga por um largo período para o que se sabe dela usufruir.

            As palavras de Sêneca que tomei por empréstimo refletem os sentimentos que animam o meu espírito e justificam as razões pelas quais assumi as elevadas funções de Senador da República, representando o povo do Estado do Piauí.

O tempo, Srªs e Srs. Senadores, é bem aproveitado por quem edifica a vida, e mais aproveitado ainda por quem pode e faz diferença positiva na vida dos seus concidadãos. E pelo povo do Piauí, precisamos colocar o tempo de nosso mandato a serviço dessa transformação.

Todavia, Sr. Presidente, quero, antes de apresentar as linhas gerais do exercício do nosso mandato parlamentar, fazer indispensáveis agradecimentos e prestar necessárias homenagens.

Agradeço primeiro a Deus, porque sem Ele não é possível construir o bem, pela força a mim concedida na caminhada, me fortalecendo o espírito e sempre renovando a vontade de lutar pela melhora do meu povo.

Além de homenagear, agradeço também àqueles que depositaram em mim as esperanças, o lutador povo do Piauí, a que tanto me orgulho de pertencer e representar. Não carrego apenas os quase um milhão de votos que tive, mas muito mais. Sei que nos meus ombros depositam-se sonhos de todos os piauienses, dos que lá estão e dos que emigraram em decorrência das dificuldades que a vida impõe ao meu amado Piauí. Um dia voltarão para junto dos seus, tenho certeza.

Despertei a esperança nos corações dos piauienses, e as aspirações do nosso povo estão centradas nos desejos de fazer um Estado potencialmente rico e vocacionado para o desenvolvimento.

Não esquecerei nem abandonarei aqueles que me apoiaram e acreditaram em nossas propostas. Este é o meu compromisso: não desapontarei quem confiou em mim, decepcionarei aqueles que não acreditam na consecução dos nossos compromissos.

Hoje estou nesta honrada tribuna, destacando que a cadeira em que tomo assento sempre foi ocupada por políticos com longa vida pública. E hoje a ocupo de maneira inédita, pois essa foi minha primeira disputa eleitoral - um tanto novo na vida política do meu Estado, embora faça política há 20 anos. É decorrência de, ao longo da minha vida, ter recebido o apoio incondicional de minha família e dos meus amigos. Poderia ter perdido a eleição, mas só o entusiasmo demonstrado por eles no percurso de nossa ascensão ao Senado Federal representou muito dentro de mim. Já sabia que poderia contar com eles, mas me deram muito mais do que eu pedi. Deram o coração a uma causa. Meu especial muito obrigado a minha família.

Não posso deixar de homenagear a minha querida e estimada Paraíba e a minha cidade de Cajazeiras. Nessas terras estão minhas raízes.

Sr. Presidente, a certeza de que honrarei o mandato parlamentar que o povo me concedeu se justifica porque o eixo de nossa atuação política será a luta pelo trabalho, a defesa do desenvolvimento, com a responsabilidade socioambiental, e o empenho para com a educação, sem a qual trabalho e desenvolvimento são apenas dois substantivos.

Sr. Presidente, mais do que o Estado, sou representante do povo do Piauí. Vim para esta Casa para defender os interesses de todos que fazem daquela terra o local onde moram, trabalham, vivem homens e mulheres de bem, crianças que sonham com uma boa educação, jovens que vislumbram oportunidades de trabalho, idosos que devem ter merecida valorização.

Trabalho, desenvolvimento e educação será o tripé de nossa atividade parlamentar. Trabalho e desenvolvimento têm sido as marcas de minha vida. E, por coincidência, o ritmo que também quer imprimir Sua Excelência, o Presidente da República, cujo farol é o PAC, que é, no mínimo, uma demonstração pessoal do Presidente Lula em priorizar a área de investimento, mesmo sabendo que o PAC será discutido, aperfeiçoado e votado nesta Casa. Temos de alertar que é imprescindível mais que uma ação que gere crescimento por determinado tempo e temos de planejar um crescimento continuado para atingir um desenvolvimento nacional consistente.

O legítimo mandato que me foi concedido pelo povo para representá-lo somente terá utilidade se canalizarmos as nossas energias e os nossos talentos para criarmos oportunidades de trabalho e viabilizarmos o desenvolvimento social e econômico para todos.

Srªs e Srs. Senadores, sem educação, não há trabalho que sirva e, por conseqüência, não há desenvolvimento. Inútil e vão será o trabalho se não produzir o desenvolvimento. A educação, o trabalho e o desenvolvimento estão intrinsecamente ligados, e nós dependemos da harmonia dessa realidade.

Para simbolizar esse Piauí grande, vigoroso e que dá certo, destaco o Instituto Dom Barreto, primeiro lugar nacional do Enem, orgulho para o Piauí, um sonho de um homem devotado à educação: o Professor Marcílio Rangel, um mecenas da arte e da cultura, um educador que fez um empreendimento privado sem se distanciar do compromisso social, sem titubear ao inserir a qualidade Dom Barreto na periferia de Teresina. Trata-se de um colégio com as mesmas características e os mesmos princípios para as crianças carentes na busca de diminuir o fosso da disparidade qualitativa do ensino.

O nosso Piauí, Sr. Presidente, não tem a pujança econômica de outras Unidades da Federação, mas tem um povo que sabe superar as dificuldades da natureza, de um sol escaldante, sem se deixar abater. Temos o potencial do agronegócio, do turismo, do comércio, da mineração, das indústrias e sobretudo o mais rico produto que uma região pode ter: pessoas vocacionadas para o trabalho, o estudo e o desenvolvimento. A função do Poder Público é canalizar esse potencial todo para que o Piauí crie, de uma vez por todas, a imagem de terra de muitas oportunidades.

O Sr. Mozarildo Cavalcanti (Bloco/PTB - RR) - Permite-me V. Exª um aparte?

O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI) - Ouço V. Exª com prazer.

O Sr. Mozarildo Cavalcanti (Bloco/PTB - RR) - Senador João Vicente Claudino, quero, primeiramente, dizer que é uma honra tê-lo no Senado, no nosso Partido, o PTB, V. Exª que, jovem ainda para os padrões da Casa, assume a cadeira de Senador com uma visão de homem empreendedor, portanto, de homem que sabe que tempo e trabalho são coisas muito importantes para termos resultados. Tenho certeza de que o seu mandato vai ser muito profícuo e muito benéfico para o povo do Piauí. Aliás, o Piauí só tem mostrado aqui bons exemplos de bons Senadores, como o Senador Alberto Silva, o Senador Heráclito Fortes, o Senador Mão Santa, Petrônio Portella, que foi um exemplo nacional de homem público. Tenho certeza de que V. Exª vai estar à altura de todos eles e de que o PTB vai se engrandecer muito com a presença de V. Exª nas suas fileiras.

O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI) - Agradeço o aparte, Senador Mozarildo Cavalcanti. Os desafios da nossa querida Roraima são muito parecidos com os do Estado do Piauí.

Sr. Presidente, todos sabemos quais são os principais problemas que castigam o nosso País: a miséria, a falta de trabalho, a violência e tantas outras chagas que nos afligem e devem ser combatidas.

Esses tumores sociais somente serão lancetados se todos nós, governantes e sociedade civil, trabalharmos com entusiasmada dedicação. É uma tarefa por demais gigantesca para ficar nos ombros de poucos ou de um pequeno grupo, por mais bem intencionado que seja. Todos nós somos convidados para essa messe.

Nós, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, recebemos um convite especial. O nosso anfitrião é o povo brasileiro. Foi ele quem nos chamou para assumirmos essa grandiosa responsabilidade. Nós não podemos nos omitir, nenhum de nós.

Por isso, Sr. Presidente, vim para somar esforços para que o Senado Federal cada vez mais contribua para a melhoria das condições de vida de todos os brasileiros. Não tenho a ilusão de que sozinho farei tudo. Nem quero fazer tudo sozinho. Quero ajudar. Quero contribuir. Aprenderei com os políticos experientes desta Casa, repetindo para internalizar, e criando para renovar.

Desejo conquistar o respeito de meus colegas e admiração de meus concidadãos com minha luta por mais trabalho e mais desenvolvimento para todos.

O Sr. Marco Maciel (PFL - PE) - Nobre Senador Claudino, V. Exª me concede um aparte?

O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI) - Concedo o aparte. É um prazer, Senador Marco Maciel.

O Sr. Marco Maciel (PFL - PE) - Desejo, em rapidíssimas palavras, cumprimentá-lo pela posse e, também, fazer votos de pleno êxito no exercício do seu mandato. V. Exª é de um Estado nordestino, como sou. O Piauí é vizinho de Pernambuco; portanto, temos uma convivência que muito nos identifica. Estou certo de que aqui, além das questões nacionais e federativas, poderemos atuar muito em defesa do Nordeste e de seu desenvolvimento. Meus cumprimentos a V. Exª.

O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI) - Agradeço e reitero a admiração que temos pela conduta política de V. Exª na vida pública nacional.

Reitero: os acertos serão de todos. Os erros também. Todos somos legítimos representantes do povo de nossos Estados.

Sr. Presidente, a despeito do muito que tem sido feito, ainda há muito por fazer. Há muito trabalho pela frente. Há muito o que desenvolver. Aqui, uso esta palavra no sentido de melhorar.

Temos de melhorar o nosso sistema tributário, pois o Fisco arrecada muito, mas inibe os setores produtivos deste País, jogando muitas atividades econômicas e empresariais para a informalidade. A Reforma Tributária será o momento oportuno para discutirmos também o Pacto Federativo.

A reforma política é a base para que a atividade política possa ser revalorizada, em conjunto com nossas atitudes, não se podendo jogá-la para segundo plano de discussão. A ação política transforma a vida das pessoas e fortalece a democracia no Brasil, que ressoa para o continente.

Temos de melhorar a legislação trabalhista e previdenciária para que as empresas sintam-se estimuladas a criar mais oportunidades de emprego para mais trabalhadoras e trabalhadores, e que estes tenham assegurado e protegidos os seus benefícios sociais.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador João Vicente, permite-me um aparte?

O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI) - Pois não, Senador Mão Santa.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador João Vicente, nós, do Piauí, temos uma grande responsabilidade. Nesta Casa, talvez, em seus 180 anos, a figura mais importante foi o piauiense Petrônio Portella. Nas turbulências, ele impôs respeito. Quis Deus eu estar do seu lado quando fecharam este Congresso. A imprensa foi entrevistá-lo e ele disse: “Este é o dia mais triste de minha vida”. Essa é a autoridade moral de um Presidente. Essa frase, essa força moral do Piauí, simbolizada por Petrônio, que nós temos de representar, fez recuar as forças militares e abriu este País, que teve o Congresso fechado mais de sete vezes e por muito tempo. Roma, nunca. Nem os Césares fecharam-na por mais de cinco dias. Então, Petrônio deu esse ensinamento muito oportuno. A história diz que Cícero, num momento como esse, em Roma, disse: “Pares cum paribus facilline congregantur.” Violência atrai violência. Mas eu vim, Camata, e quero chamar a sua atenção para a grandeza que nós temos aqui. Este é o Piauiense. Eu não vou retratar os outros, pois todos os Senadores foram extraordinários. Eu podia incorrer no erro de esquecer alguns dos nomes. Mas, para que o Brasil, para que Lula da Silva Presidente veja o que é uma autoridade moral: Petrônio Portella Presidente andava no Rio de Janeiro sem proteção militar. Eu o recebi lá no Piauí, na nossa Parnaíba - evidentemente, era até um carro privado, eu do lado, ele, meu irmão e Lauro Corrêa. Havia aqueles batedores. Olha que autoridade moral! Aí, de repente, o Ministro do Piauí, o Ministro que justeza da Justiça, como disse Aristóteles, a coroa brilhar mais do que a dos reis, mais alto do que a dos santos. Camata, de repente, o Piauí recebeu homenagem normal de orgulho do piauiense. João Vicente, ele disse: “Mão Santa, pára, pára, pára.” Eu fiquei preocupado, Camata. “Olha, eu não gosto disso. Autoridade é moral. Eu não preciso de batedor.” E é esse o Estado, essa é a autoridade em que os Ministros são assaltados, têm medo até de dizer que foram assaltados. Viram o Ministro da Fazenda? Agrediu um honrado piauiense, o caseiro Francenildo. Então, é essa autoridade moral de Petrônio Portella de que nós somos herdeiros.

O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI) - Senador Mão Santa, agradeço o aparte de V. Exª e faço minhas as palavras elogiosas ao Senador Petrônio Portella, simbolizando a integridade política dos Senadores do Piauí.

Concedo um aparte ao Senador Efraim Morais.

O Sr. Efraim Morais (PFL - PB) - Senador João Vicente Claudino, devo dizer a V. Exª que todos nos sentimos felizes com a presença deste jovem parlamentar nesta Casa, sabemos da responsabilidade que tem V. Exª com o Estado que aqui representa, o Piauí. Se o povo do Piauí está feliz, alegre com a presença de V. Exª nesta Casa, imagine nós, os paraibanos, sendo V. Exª filho de Cajazeiras, a terra que ensinou a Paraíba a ler, a nossa querida Cajazeiras, no alto sertão da Paraíba. Então, nós, os paraibanos, estamos mais felizes ainda porque, em vez de três Senadores, temos quatro Senadores paraibanos aqui em defesa da nossa Paraíba. Contamos com o apoio de V. Exª, precisamos do seu sangue paraibano para fortalecer a nossa bancada. Deus abençoe V. Exª para que aqui tenha um grande trabalho, tenha a mesma fibra que tem o seu pai, o empresário João Claudino, que mostrou ao Nordeste, à Paraíba, ao Piauí, ao Maranhão, como se vence na vida: vence-se com trabalho, com dedicação, com honradez, com humildade. Então, V. Exª, com certeza, fará nesta Casa um excelente trabalho. E espero que, sempre que formos convocar a Bancada da Paraíba, desde já se sinta convocado para participar das reuniões da nossa querida Bancada paraibana.

O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI) - Não tenha dúvida, Senador Efraim. É uma alegria, e estaremos sempre a postos para trabalhar para nossa querida Paraíba.

É indispensável, ainda, fortalecermos a família brasileira para que os indivíduos tenham nela o seu “porto seguro”, o seu eixo para afastá-los da violência, da criminalidade, das drogas, da ociosidade. É preciso resgatar o respeito pelo indivíduo, e o melhor caminho é o respeito à família.

Como afirmei, há muito o que fazer. Temos de cerrar um pacto pelo desenvolvimento de nosso País e dos nossos Estados e Municípios em particular.

O desenvolvimento sustentável do País não deve ser um sentimento solitário, que fique na intenção do Presidente da República, mas deve e tem que ser de todo o Governo, acabando com a insensibilidade burocrática que trava os investimentos necessários para alcançarmos esse desenvolvimento. No nosso Parlamento, especificamente aqui no Senado, devemos ser responsáveis e céleres nas discussões para dirimir os problemas.

Sr. Presidente, não podemos deixar que se apague a chama empreendedora que fez deste País uma das maiores economias do mundo.

Srªs e Srs. Senadores, tenho consciência de que não se consegue entregar o que não se tem, de que não se consegue realizar o que não se planejou. Pretendo trazer a minha experiência administrativa para a atividade político-parlamentar. Sou um homem de ação. As palavras servem para anunciar apenas o que se espera que façamos e não o que deixaremos de fazer.

Sei que posso contar com a colaboração de meus colegas Senadores e Senadoras para concretizarmos essa missão. Não faltarei aos meus deveres. Apoiarei todas as iniciativas que forem boas para o Brasil, e para o Piauí em especial, esse Estado sempre vítima das desigualdades nacionais e regionais...

O Sr. Tasso Jereissati (PSDB - CE) - Permite V. Exª um aparte?

O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI) - Com prazer Senador Tasso Jereissati.

 O Sr. Tasso Jereissati (PSDB - CE) - Eu gostaria apenas de dar as boas vindas nesta Casa a V. Exª, uma das mais novas, expressivas e promissoras lideranças do nosso querido Nordeste brasileiro, do nosso Piauí. Tenho certeza que, com sua atuação agora como político, vai cada vez mais confirmando-se como essa grande liderança nordestina que vai realçar com seu trabalho a nossa Bancada nordestina, hoje aqui tão carente de talentos como o de V. Exª. Por isso queria dar-lhe as boas vindas a esta Casa.

O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI) - Agradeço as suas palavras.

Como eu dizia o Piauí é um Estado sempre vítima das desigualdades nacionais e regionais, produzidas pela concentração dos investimentos nas regiões mais ricas do País.

Finalizando, Sr. Presidente...

O Sr. Sérgio Zambiasi (Bloco/PTB - RS) - Senador João Claudino, antes do seu encerramento e contando com a compreensão do Presidente Papaléo Paes, como seu companheiro partidário, quero dizer que lamento não ter podido estar presente na abertura do seu pronunciamento, mas cumpria missão de Senador da República e do Rio Grande do Sul. Mas eu não poderia deixar de me solidarizar com o seu pronunciamento, com suas preocupações e com os seus compromissos como Parlamentar, como brasileiro, como piauiense. Não tenho dúvida de que sua presença nesta Casa terá um significado muito especial, não só como companheiro de Partido, o PTB, com muito orgulho, mas como representante do Estado e, acima de tudo, como um brasileiro que está a serviço do País, buscando construir o melhor para todos nós junto ao Governo Lula, com quem estamos comprometidos em apoiar e lutar pelo sucesso desta administração. Trago, portanto, se me permitir o Senador Mozarildo Cavalcanti, pois não sei se S. Exª já se manifestou a esse respeito, em nome da nossa Bancada - somos cinco companheiros aqui, ou seja, uma representação significativa no Senado -, os cumprimentos, pois V. Exª sempre foi solidário a todos os compromissos assumidos com o seu povo, com o seu Estado, com o Governo Federal e com o Brasil. Bem-vindo.

O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI) - Senador Sérgio Zambiasi, agradeço as palavras. Estou orgulhoso de dividir a Bancada do PTB com o Senador Mozarildo Cavalcanti e com V. Exª, tratando das preocupações nacionais.

            Finalizando, Sr. Presidente, gostaria de recitar um poema de um piauiense que muito nos orgulha - o Senador Mão Santa o conhece bem -, o saudoso poeta Da Costa e Silva, que resume a força motriz da minha vida:

Síntese

O que perturba e intimida

O meu espírito forte

Não é a certeza da morte,

Mas a incerteza da vida.

            Temos muito trabalho pela frente para diminuirmos essa incerteza. Mãos à obra. Que Deus nos abençoe.

Muito obrigado.