Discurso durante a 11ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

O debate da Amazônia e a questão climática mundial.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
IGREJA CATOLICA. POLITICA DO MEIO AMBIENTE.:
  • O debate da Amazônia e a questão climática mundial.
Publicação
Publicação no DSF de 23/02/2007 - Página 2674
Assunto
Outros > IGREJA CATOLICA. POLITICA DO MEIO AMBIENTE.
Indexação
  • APOIO, DECISÃO, IGREJA CATOLICA, CAMPANHA DA FRATERNIDADE, DEBATE, REGIÃO AMAZONICA, VALORIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO, MEIO AMBIENTE, BUSCA, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL.
  • OPORTUNIDADE, CRISE, AMBITO INTERNACIONAL, RISCOS, ALTERAÇÃO, CLIMA, IMPORTANCIA, COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE, DEBATE, REGIÃO AMAZONICA, DEFESA, BRASIL, COBRANÇA, POSIÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, gostaria de endossar o Senador Eduardo Suplicy na parte que se refere à Campanha da Fraternidade. Eu havia tido ocasião, da tribuna do Senado, de abordar essa decisão tão importante da CNBB de pegar a região de V. Exª, a minha região, a do Senador Gilvam Borges e de fazer dela o tema da Campanha da Fraternidade.

     Não acredito em desenvolvimento sem respeito à ecologia. Não acredito nisso. Acredito que a galinha dos ovos de ouro tem de ser preservada e que economia e ecologia precisam andar sempre juntas. Qualquer desequilíbrio significa ou se prejudicar o homem, logo de início, ou se prejudicar a natureza e, secundariamente, em seguida, prejudicar-se imediatamente o homem. Portanto, todos nós brasileiros precisamos ter noção clara do que é a Amazônia. Não dá para imaginar que aquilo pode ser devastado, transformado em um deserto, e que, depois, em se plantando tudo nasce, porque isso seria consumarmos uma terrível balela em cima do povo brasileiro.

     É hora de muita responsabilidade. O mundo inteiro nos observa. Estamos discutindo a questão climática, e não dá para sermos insensíveis. Estamos discutindo a questão climática, que é extremamente séria e grave. A Amazônia tem a ver, sim, com a questão do clima mundial.

     Alguns países têm sido profundamente irresponsáveis, criando o efeito estufa, hiperbolizando o efeito estufa e tornando a vida dos que virão depois de nós bastante difícil sobre o planeta Terra. Temos a nossa parte e devemos cumpri-la, dividindo-a em dois itens de responsabilidade pública. Primeiro, o Brasil deve mostrar que sabe, com responsabilidade, desenvolver e cuidar da Amazônia; segundo, após isso, com muita autoridade moral, cobrar do mundo que mude sua maneira de produzir. A atual maneira de produzir é suicida, porque leva a um progresso que não será aproveitado pelas gerações vindouras, que não é duradouro e que, ao final, empobrecerá a alma e os corpos dos seres humanos.

     Estamos vendo que a humanidade está em perigo. É muito oportuno que a CNBB tenha definido “Fraternidade e Amazônia” como o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, a fim de que tenhamos sabedoria e grandeza para explorá-la como merece, sem exterminá-la, sem desertificá-la e, ao mesmo tempo, sem deixar de explorá-la a favor dos 24 milhões de habitantes que lá vivem e que merecem o direito ao trabalho, à prosperidade e merecem usufruir das benesses prodigalizáveis por uma natureza tão rica, tão bonita, tão pujante como a da nossa região.

     Sr. Presidente, muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/02/2007 - Página 2674