Discurso durante a 20ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração do Dia Internacional da Mulher.

Autor
Roseana Sarney (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MA)
Nome completo: Roseana Sarney Murad
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
FEMINISMO. SEGURANÇA PUBLICA.:
  • Comemoração do Dia Internacional da Mulher.
Publicação
Publicação no DSF de 08/03/2007 - Página 4330
Assunto
Outros > FEMINISMO. SEGURANÇA PUBLICA.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA INTERNACIONAL, MULHER, IMPORTANCIA, PREMIO, EMPENHO, CIDADÃO, DEFESA, DIREITOS HUMANOS, COMBATE, VIOLENCIA.
  • SOLIDARIEDADE, MULHER, PERDA, FILHO, VITIMA, VIOLENCIA, NECESSIDADE, ESTADO, GARANTIA, SEGURANÇA PUBLICA, SOCIEDADE.

A SRª ROSEANA SARNEY (PMDB - MA. Pronuncia o seguinte discurso. Com revisão da oradora.) - Srª Presidente, Senadora Serys Slhessarenko, Srª Mariza Gomes, Suyapa Indiana, Maria do Carmo, Aparecida Gonçalves, Sr. Deputado Clodovil Hernandes, Srªs e Srs. colegas Parlamentares, senhoras e senhores convidados, caras homenageadas: Ivana, Maria Yvone, Moema, Beatriz e Sueli, vocês são nossas homenageadas de hoje e, merecidamente, recebem o diploma “Mulher-Cidadã Bertha Lutz”, prêmio concedido anualmente às mulheres que se destacam na defesa da cidadania e dos direitos humanos. Parabéns por suas lutas! São as suas vitórias que abastecem a nossa esperança. Não vamos nunca desistir de lutar por dias melhores, de igualdade plena e direitos respeitados.

Em nome do PMDB, em nome das mulheres parlamentares do Brasil, uso minha voz neste dia para homenagear as mulheres brasileiras e pedir empenho real contra a violência, toda e qualquer violência.

Assim, peço licença às mulheres homenageadas de hoje para oferecer uma palavra de solidariedade à Edna Ezequiel, que acaba de perder uma filha, assassinada por bala perdida. Quero também, em seu nome, homenagear todas as mulheres que perderam filhos em conseqüência da violência que estraçalha e marca, de forma indelével, as famílias brasileiras. Alana, a filha de Edna, é mais um dos milhares de mortos e feridos da guerra não declarada que consome vidas e esperanças em todas as grandes cidades brasileiras.

Até quando vamos conviver com isso? Onde precisamos chegar para combater a violência covarde e indiscriminada que ameaça a todos nós? Quantas vozes é preciso levantar para que isso acabe? Precisamos oferecer a todas as pessoas atingidas pela tragédia cotidiana a nossa solidariedade e também a nossa indignação, e exigirmos medidas concretas do Estado para pôr fim a essa barbárie.

Basta! O combate à violência é das mais urgentes questões nacionais. Não há mais tempo a perder. Porque somos determinadas, porque sabemos, como ninguém, lutar e vencer adversidades, nós, mulheres, devemos iniciar uma cruzada contra a violência. Que haja células em cada cidade, em cada Estado, alcançando todo o País. Cada uma de nós, em sua seara de atuação, podemos, sim, reverter a situação de ameaça e violência que se perpetua no Brasil.

Foi assim com o direito ao voto, foi assim com a anistia política, tem sido assim nas nossas muitas batalhas. Levantamos a bandeira e levamos para rua a nossa indignação, juntando forças com toda gente de bem. Assim, temos vencido barreiras, muitas barreiras. Vamos marcar esse dia, dedicado às mulheres em todo o mundo como um dia em que empunharemos a bandeira contra a violência do Brasil e pelo respeito à vida, com segurança e dignidade. Só assim teremos uma vida melhor, mais justa, com mais esperança e futuro para os nossos filhos e para o Brasil.

Muito obrigada. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/03/2007 - Página 4330