Discurso durante a 25ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Lembranças dos 15 anos de morte da Irmã Dulce.

Autor
César Borges (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
Nome completo: César Augusto Rabello Borges
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Lembranças dos 15 anos de morte da Irmã Dulce.
Publicação
Publicação no DSF de 14/03/2007 - Página 5126
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE MORTE, IRMÃ DE CARIDADE, REGISTRO, REALIZAÇÃO, CERIMONIA RELIGIOSA, ESTADO DA BAHIA (BA), PARTICIPAÇÃO, CARDEAL, BISPO, CRIAÇÃO, DIA, AMBITO ESTADUAL, COMENTARIO, INDICAÇÃO, PREMIO, AMBITO INTERNACIONAL, PAZ, RECEBIMENTO, VISITA, JOÃO PAULO II, PAPA, IGREJA CATOLICA.

            O SR. CÉSAR BORGES (PFL - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, desculpando-me com o Senador Dornelles, quero fazer apenas um breve comunicado, pois eu não me perdoaria se não o fizesse.

            A Bahia lembra os 15 anos da morte da Irmã Dulce, cujo trabalho, acredito, o País conhece.

            Hoje, às 18 horas, uma missa tradicional foi celebrada pelo Cardeal Arcebispo de Salvador e Arcebispo Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella, em homenagem à Irmã Dulce, com a participação de pacientes, amigos, funcionários e comunidade. Para lembrar o trabalho dessa nossa freira santa, esta data foi transformada no Dia Estadual da Caridade.

            Irmã Dulce marcou a sua presença, chegando a ser indicada para o Prêmio Nobel da Paz pelo nosso então Presidente José Sarney, com o apoio da brasileira Rainha Sílvia, da Suécia. Outro admirador seu foi o Papa João Paulo II, que a visitou nas duas vezes em que esteve no Brasil. Na segunda oportunidade, João Paulo II fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio para visitar Irmã Dulce. Ali funciona o Hospital Santo Antônio, que presta um grande serviço à comunidade mais carente da Bahia.

            Portanto, lembrando hoje os 15 anos do seu passamento, espero, juntamente com todos aqueles que a admiraram, acompanharam e testemunharam sua vida, que a Igreja Católica Apostólica Romana reconheça o trabalho que fez e que seja transformada em santa essa brasileira baiana, Irmã Dulce.

            Muito obrigado. Desculpe-me por ter tomado o tempo, mas eu não poderia deixar de fazer esse registro.

            Agradeço, Sr. Presidente.

 

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SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTO DO SR. SENADOR CÉSAR BORGES.

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            O SR CÉSAR BORGES (PFL - BA. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores, a Bahia lembra hoje os 15 anos da morte da Irmã Dulce. Hoje, às 18 horas, o Cardeal de Salvador e Arcebispo Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, celebra a tradicional missa em homenagem à freira, com a participação dos pacientes, amigos, funcionários e comunidade. Para lembrar o trabalho da nossa freirinha santa, esta data foi transformada no Dia Estadual da Caridade.

            Não apenas hoje, mas também durante toda a semana, a memória de Irmã Dulce estará sendo reverenciada.

            Essa é uma figura sem igual e provavelmente será a nossa próxima santa, vez que seu processo de beatificação está em pleno andamento, tendo sido declarada Serva de Deus pelo papa João Paulo II.

            A trajetória de vida de Irmã Dulce combina uma mulher extremamente piedosa, ao mesmo tempo corajosa e também inovadora, porque até mesmo empresária ela foi, vez que para sustentar seu trabalho social criou uma rede de três cinemas.

            Conhecemos mais imagem da mulher piedosa, que ficou conhecida como “O Anjo dos Alagados”, por socorrer os aflitos que moravam nas palafitas por sobre o mar, palafitas que, graças a Deus, são coisa do passado em nossa terra.

            A freira corajosa é menos conhecida. Foi essa mulher que invadiu cinco casas abandonadas em Salvador para abrigar os doentes que recolhia nas ruas. Depois que foi expulsa, peregrinou por vários locais até conseguir improvisar um albergue no galinheiro do Convento Santo Antônio, que deu origem ao abrigo e depois ao Hospital Santo Antônio.

            Corajosa também quando se colocou à frente do carro que conduzia o presidente Eurico Gaspar Dutra durante uma visita oficial a Salvador, conseguindo do mandatário a ajuda oficial para que ela inaugurasse o Círculo Operário em 1948.

            Em 1988, chegou a ser indicada para o Nobel da Paz pelo nosso então presidente José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia. Outro admirador seu foi o Papa João Paulo II, que a visitou nas duas vezes em que esteve no Brasil.

            Na segunda oportunidade, João Paulo fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante debilitada, no seu leito de enferma. Cinco meses depois da visita do Papa, os baianos chorariam a morte da 'Mãe dos Pobres'.

            Muito obrigado.

 

            


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/03/2007 - Página 5126