Discurso durante a 41ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Elogios à Petrobrás, após visita realizada ao Pólo Petroquímico de Urucu - AM, pelo modelo de gestão ambiental combinado com responsabilidade social.

Autor
Tião Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Sebastião Afonso Viana Macedo Neves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DO MEIO AMBIENTE. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Elogios à Petrobrás, após visita realizada ao Pólo Petroquímico de Urucu - AM, pelo modelo de gestão ambiental combinado com responsabilidade social.
Publicação
Publicação no DSF de 04/04/2007 - Página 8508
Assunto
Outros > POLITICA DO MEIO AMBIENTE. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • REGISTRO, VISITA, ORADOR, POLO PETROQUIMICO, RIO URUCU, ESTADO DO AMAZONAS (AM), ELOGIO, MODELO, GESTÃO, MEIO AMBIENTE, REFLORESTAMENTO, CAPACIDADE, INVESTIMENTO, PRESERVAÇÃO, FLORESTA AMAZONICA, BENEFICIO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, INVESTIMENTO, TECNOLOGIA, ESPECIFICAÇÃO, ZONA FRANCA, MUNICIPIO, MANAUS (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM), ELOGIO, COMPROMISSO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), PRESERVAÇÃO, MEIO AMBIENTE.

O SR. TIÃO VIANA (Bloco/PT - AC. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Antonio Carlos Valadares, Srªs e Srs. Senadores, trago um breve registro de entusiasmo e admiração a uma empresa brasileira: a nossa Petrobras.

Tive a oportunidade de fazer uma visita ao Pólo Petroquímico de Urucu, acompanhado de 18 lideranças, representantes da sociedade do meu Estado, o Acre, da Central Única dos Trabalhadores, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura, do movimento ambientalista do Estado, das indústrias, Deputados Federais, Deputados Estaduais, Presidente e Vice-Presidente da Assembléia Legislativa, representantes do Parlamento Mirim da Câmara Municipal da capital, todos com o intuito de observar aquele - e digo com muita tranqüilidade - fenômeno e modelo de gestão ambiental, com responsabilidade social integrada e com uma visão estratégica sobre o Brasil e sobre o futuro do nosso País.

Fiquei muito impressionado, de maneira positiva, com o que pude ver ali: a associação entre a responsabilidade socioambiental e uma visão estratégica de retirada de um recurso mineral vital, hoje, para a economia brasileira e que dá estabilidade à macroeconomia, que assegura investimentos estratégicos para o Brasil e que, de modo muito importante, tem marcado essa auto-suficiência com os derivados de combustíveis fósseis, apontando um modelo de desenvolvimento que nos permita achar a substituição para a matriz energética hoje existente.

Fiquei muito impressionado com a segurança ambiental, sobretudo ali, Sr. Presidente.

Com uma capacidade de retirada, hoje, de nove milhões de metros cúbicos por dia, entre a mistura da água, do petróleo e do gás, feita ali nos poços de Urucu, eles têm, ao mesmo tempo, uma capacidade de controle de perda de vazamento impressionante. Perdem, no máximo, para a retirada diária de nove milhões de metros cúbicos, quarenta litros ao ano - um limite aceitável.

Então, um risco excepcional, Senador Jonas Pinheiro, que eu pude ver, e a conseqüência positiva daquele tipo de investimento.

Eles imaginavam, em 1992, que o dano ambiental teria uma repercussão florestal em torno de dois milhões de árvores, que poderiam ter sido afetadas com a utilização daquele espaço verde, espaço de floresta ainda nativa. E fizeram a reposição florestal. Conseguiram repor exatamente os dois milhões de árvores que tinham da dívida que imaginavam com o trabalho. Agora, dão-se ao luxo de ter criado lá uma base de pesquisa envolvendo as instituições ecológicas da Amazônia para estudo, para formação, para cursos de pós-graduação e para extensão das atividades universitárias.

Hoje, existe ali um orquidário extraordinário que devolve para a floresta até o que seria um conceito de flor, um conceito de reposição já sofisticada da utilização de uma área florestal, para contribuir com a economia brasileira. Ao lado disso - o que causou muita impressão -, a contribuição para a economia e para a vida social dentro do Estado do Amazonas.

Hoje, somada a arrecadação do Governo do Estado do Amazonas aos royalties gerados pelo trabalho da Petrobras no Pólo Petroquímico de Urucu e à arrecadação via ICMS que aquela atividade econômica está gerando, o Estado do Amazonas capta mais de R$1 bilhão ao ano. Isso é a consolidação de uma capacidade de investimento até então nunca imaginada.

Então, quando fico olhando a memória do desenvolvimento do Estado do Amazonas, um Estado que tem 95% de sua malha florestal preservada, um Estado que conseguiu criar uma novidade, talvez mais como um fenômeno do que um processo de dirigismo de desenvolvimento, porque apontou como saída para a economia, de modo imediato, o investimento em tecnologia por meio da Zona Franca de Manaus, que gera, hoje, um PIB extraordinário - todo o PIB do Estado passa de R$22 bilhões -, e consegue, com a entrada de uma atividade aparentemente danosa e com riscos muito graves de maneira imediata ao meio ambiente pelo impacto que causaria, inverter a ótica por meio de uma parceria com uma empresa como a Petrobras, e ter uma atividade que assegura o mais absoluto respeito à utilização e à exploração desse recurso mineral em relação ao meio ambiente.

Com isso, a Petrobras se afirma hoje como a empresa de maior responsabilidade na política com o meio ambiente dentro da América Latina; e afirma-se como uma das melhores do mundo - no Brasil, só ela e a Vale do Rio Doce têm direcionado uma quantidade tão grande de recursos para a sua responsabilidade socioambiental, como um paralelo compensatório à atividade econômica ora exercida.

Concluirei com mais um minuto, Sr. Presidente.

Ficou muito marcante a todos os visitantes daquele processo o entendimento de que existe uma política de danos mínimos ao meio ambiente na atividade econômica, na atividade mineral desenvolvida. Aquilo pode se propagar Brasil afora numa revisão, para que possamos relembrar danos e acidentes com a atividade petroquímica que o Brasil viveu em anos passados.

Acho que Urucu é um exemplo extraordinário, com um sistema de monitoramento eletrônico perfeito, capaz de controlar todo e qualquer risco de vazamento ou de dano ambiental; um sistema de controle que traz muito orgulho à sociedade brasileira.

Confesso que aquela missão nos deixou com a certeza de como é importante ter uma empresa brasileira com a dimensão, com a responsabilidade socioambiental e com a visão estratégica que tem a nossa Petrobras nos dias de hoje.

Que outras possibilidades como Urucu possam se propagar Brasil afora! Eles estão estendendo a sua área de prospecção na Amazônia para a região da bacia sedimentar do chamado Juruá, que tem a capacidade de extensão. Está havendo um processo de prospecção preliminar, por meio da Agência Nacional do Petróleo, que será extensivo até o Estado do Acre, que tem, no seu território como um todo, uma possibilidade muito grande de se encontrarem derivados fósseis em seu subsolo.

Parabéns à Petrobrás! Parabéns ao chefe da missão daquela empresa que dirige a central do Centro-Oeste, Dr. Carlos Figueiredo!

Quero dizer que é um orgulho para o Brasil ter como um patrimônio seu a Petrobras, que associa política de desenvolvimento estratégico no campo econômico e no campo mineral com a responsabilidade socioambiental.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/04/2007 - Página 8508