Pronunciamento de Serys Slhessarenko em 28/03/2007
Discurso durante a 37ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comemoração dos 85 anos de fundação do Partido Comunista do Brasil - PC do B.
- Autor
- Serys Slhessarenko (PT - Partido dos Trabalhadores/MT)
- Nome completo: Serys Marly Slhessarenko
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.
POLITICA PARTIDARIA.:
- Comemoração dos 85 anos de fundação do Partido Comunista do Brasil - PC do B.
- Publicação
- Publicação no DSF de 29/03/2007 - Página 7347
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM. POLITICA PARTIDARIA.
- Indexação
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- COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PC DO B), VITIMA, PERSEGUIÇÃO, DITADURA, PARTICIPAÇÃO, IMPORTANCIA, EPOCA, HISTORIA, BRASIL, DEFESA, DEMOCRACIA.
- REGISTRO, HISTORIA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PC DO B), APOIO, ELEIÇÃO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, PARTICIPAÇÃO, GOVERNO FEDERAL.
- ELOGIO, NUMERO, MULHER, DEPUTADO FEDERAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PC DO B).
A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, senhores e senhoras do Partido Comunista do Brasil, que compõem a mesa, a nossa saudação muito especial.
Saúdo todos os Parlamentares aqui presentes, todos os senhores e senhoras presentes nas galerias e neste plenário.
Se não estou equivocada, na segunda-feira fiz uma saudação especial ao PCdoB. Falei em nome da nossa Líder, que não estava aqui em Brasília, em nome do Partido dos Trabalhadores, e fiz a minha homenagem ao PCdoB lendo parte de um texto - não foi possível lê-lo todo - de Aldo Arantes. Mesmo tendo feito isso, gostaria de dirigir algumas palavras a todos os presentes em homenagem ao PCdoB.
Serei breve, porque o Senador Aloizio Mercadante, que acabou de falar, já disse tudo aquilo que gostaríamos de dizer, e não desejo ser repetitiva.
Senador Inácio Arruda, alegra-nos muito tê-lo conosco assim como o Senador Leomar Quintanilha, que também já esteve no PCdoB.
No último dia 25 de março, comemoramos os 85 anos de fundação do Partido Comunista do Brasil. Neste País, senhores e senhoras, sem tradição partidária, mas com muita tradição de violência contra os partidos, é uma data para se comemorar e refletir.
O PCdoB, que foi fundado por um grupo de militantes sociais, já protagonizou as mais desafiadoras lutas do povo brasileiro.
Basta dizer, Sr. Presidente, que, nesses 85 anos, o PCdoB e seus militantes foram obrigados a passar a maior parte dessa existência política na clandestinidade, muitas vezes perseguidos por regimes ditatoriais sem precedentes na América Latina e no Brasil. Foram 60 anos de raras liberdades, tendo seus militantes que enfrentar o risco permanente de prisões, de tortura, de exílio e até de morte.
Um grande exemplo dessa perseguição - e eu, como mulher e Senadora, não poderia deixar de registrá-lo - é Olga Benário, imortalizada no cinema pelo magnífico filme Olga. Essa mulher, por conta de sua convicção ideológica inabalável na existência de uma sociedade livre da opressão social, produzida pelo capital, foi entregue aos nazistas e sofreu toda sorte de tortura, até, a que considero mais grave, ser afastada de sua querida filha.
Vanessa Grazziotin, nós como mulheres, com certeza, sabemos a dor que isso pode causar.
Hoje o PCdoB já faz parte dos corações e das mentes de todos os brasileiros, sendo sinônimo de democracia e de maturidade política. Mesmo clandestinos, em 1984, os bravos comunistas participaram ativamente da campanha das Diretas Já. Após 38 anos, em 1985, no Governo Sarney, o PCdoB retorna à legalidade, e no ano seguinte, elege cinco Parlamentares Constituintes que contribuíram decisivamente para a elaboração da chamada Constituição Cidadã de 1988.
Fiel a seus princípios, e com a volta das eleições diretas em 1989, o PCdoB estabelece uma coligação com o PT e lançam Lula Presidente, aliança que veio a se repetir nas eleições presidenciais de 1994 e 1998.
Em 2002, integrou a coligação vitoriosa que elegeu Lula Presidente e, pela primeira vez na história do País, ocupou postos-chave da administração federal, quando dirigiu o Ministério dos Esportes e da Articulação Política.
Agora, após a reeleição de Lula, neste segundo mandato, o PCdoB tem insistido na necessidade de maior ousadia na implantação de uma política econômica que priorize o desenvolvimento e o emprego.
Lá em Mato Grosso, o PT recebeu o apoio do PCdoB nas últimas eleições para o governo, justamente por termos nos comunistas e nos socialistas nossos parceiros estratégicos. Tivemos problemas, é certo, mas nem por isso deixamos de fazer a leitura correta da necessidade de estarmos juntos. Nossas desavenças são circunstanciais, mas nossa unidade é histórica e fraterna com certeza. Nós do Partido dos Trabalhadores compartilhamos com o PCdoB a mesma opção de classe.
Como cidadã brasileira, como primeira Senadora eleita em Mato Grosso, como Presidente do Diretório do Partido dos Trabalhadores de Mato Grosso e como membro do Diretório Nacional do PT, saúdo a eterna juventude do Partido Comunista do Brasil e o faço abraçando o querido Senador Inácio Arruda, ilustre representante do Partido Comunista no Senado Federal.
Senhoras e senhores, quero registrar que 38% da bancada feminina na Câmara dos Deputados, número bastante expressivo, é do PCdoB. Quase 40% das mulheres na Câmara são do PCdoB. (Palmas.)
Gostaria também de anunciar que, amanhã, realizar-se-á a primeira Conferência Nacional de Mulheres do PCdoB. (Palmas.) São as mulheres em ação. É isso aí, companheiras mulheres do PCdoB! (Palmas.) Que isso sirva de estímulo para nós, mulheres de todos os partidos, de ponta a ponta do Brasil, para nos mobilizarmos e nos organizarmos para, cada vez mais, conquistarmos mais poder, sim, porque queremos poder e igualdade de condições com os companheiros homens.
Muito obrigada.