Pronunciamento de Serys Slhessarenko em 09/04/2007
Discurso durante a 43ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Registro do transcurso dos 280 anos da cidade de Cuiabá/MT. Registro de reportagens publicadas pelo jornal Diário de Cuiabá, relembrando histórias e tradições da cidade. Apoio à mobilização de prefeitos de todo o país, que virão a Brasília nesta semana.
- Autor
- Serys Slhessarenko (PT - Partido dos Trabalhadores/MT)
- Nome completo: Serys Marly Slhessarenko
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL.:
- Registro do transcurso dos 280 anos da cidade de Cuiabá/MT. Registro de reportagens publicadas pelo jornal Diário de Cuiabá, relembrando histórias e tradições da cidade. Apoio à mobilização de prefeitos de todo o país, que virão a Brasília nesta semana.
- Publicação
- Publicação no DSF de 10/04/2007 - Página 9135
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM. ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL.
- Indexação
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- COMENTARIO, LEITURA, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, HOMENAGEM, DATA, ANIVERSARIO, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), HISTORIA, TRADIÇÃO, COSTUMES, POPULAÇÃO, LOCAL.
- COMENTARIO, MOBILIZAÇÃO, PREFEITO, REALIZAÇÃO, MARCHA, CAPITAL FEDERAL, REITERAÇÃO, REIVINDICAÇÃO, AUMENTO, PERCENTAGEM, DESCENTRALIZAÇÃO, FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICIPIOS (FPM), MUNICIPIOS.
- DEFESA, NECESSIDADE, CONGRESSO NACIONAL, URGENCIA, APROVAÇÃO, ALTERAÇÃO, ALIQUOTA, FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICIPIOS (FPM), AUMENTO, DESTINAÇÃO, RECURSOS FINANCEIROS, MUNICIPIOS.
A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, eu precisava fazer esta comunicação inadiável para falar sobre o significado do dia 8 de abril para a nossa Cuiabá: os 280 anos da capital do Estado de Mato Grosso. Realmente, eu teria muito a dizer, mas, infelizmente, não tive condições de solicitar a palavra hoje para falar pela ordem de inscrição. Por isso, Sr. Presidente, pedi esses poucos minutos para uma comunicação inadiável - e agradeço - para fazer o registro da data. Contudo, voltarei a falar detalhadamente sobre a nossa Cuiabá em um outro momento.
Mas hoje eu gostaria de registrar uma série de reportagens que o jornal Diário de Cuiabá publicou sobre a nossa capital, que, ontem, dia 8 de abril, comemorou os seus 280 anos de existência.
O Diário de Cuiabá reverencia a nossa capital através de histórias vividas por antigos anônimos cuiabanos que mantêm vivas as suas tradições.
Nada melhor do que ouvir da boca de gente que vivenciou Cuiabá na primeira metade do século passado para entender as transformações, boas e ruins, que a capital de Mato Grosso vem sofrendo de lá para cá. Anônimos, que hoje beiram os 100 anos de vida, relatam histórias que muitas vezes se assemelham mais a lendas urbanas de uma Capital que primava e prima pela cordialidade entre familiares, vizinhança e as pessoas em geral acima de tudo.
Mas, ao contrário do que se pensa, a evolução e o desenvolvimento advindos com os anos, apesar da introdução no cotidiano de problemas naturais de uma cidade urbanizada, não modificaram muito dos hábitos e costumes daqueles que, desde criança e por muito tempo, ainda vivem aqui [lá na nossa capital].
Sentar-se à beira da calçada para ver o sol se pôr e bater um belo papo com a vizinhança, observando a criançada correndo de um lado ao outro da rua; tomar o pó de guaraná bem cedinho para garantir a energia durante todo o dia; comer peixe fresco retirado dali do rio que deu origem ao nome da cidade, nosso rio Cuiabá; e manter a arquitetura original das casas antigas, sobretudo da região central, onde quintais ainda estão cobertos por frondosas árvores frutíferas, em que a mangueira não pode faltar.
Os prazeres antigos perpetuados na cidade também são responsáveis por fortalecer o vínculo daqueles que, por algum motivo, seja profissional, afetivo ou por pura curtição, deixaram Cuiabá. A constatação é de que boa parte volta, atraída pela hospitalidade do povo local, pela sensação de que a nossa Cuiabá é realmente a terra natal dos que lá nasceram e dos que nasceram em outros rincões, mas que lá foram viver.
É para homenagear aqueles que ainda fazem da Cidade Verde um local acolhedor, repleto de cultura e história vivenciadas a cada dia pelos antigos, que a reportagem do Diário de Cuiabá produziu uma série de matérias em comemoração aos 280 anos dessa capital e foi buscar neles - moradores da região central e do porto, pontos fundamentais para o desenvolvimento da cidade - as experiências vividas no passado comparadas à realidade atual.
O saldo de muita conversa foi um saudosismo infinito daqueles que, mesmo diante de todas as mudanças, conservam o mesmo amor por Cuiabá.
Peço, pois, que sejam registradas, Sr. Presidente, as várias reportagens. Em uma delas, no Diário de Cuiabá, é dito: “Nas primeiras ruas da capital, famílias vivem há anos no casario mais que bicentenário, onde história, tradições e costumes cuiabanos são revelados”. Em outra: “Pessoas que saíram de Cuiabá para estudar, seguir carreira profissional ou pelo sonho de morar à beira-mar revelam por que voltam à cidade”. Ainda outra matéria: “Lago e estrada de terra dão lugar a avenida”. São muitas as histórias, desde a história de barbeiros, como o salão do Seu Euzébio, na rua Galdino Pimentel, e tantas outras que estão contadas nessas reportagens.
Como meu tempo já está encerrando...
O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB - AP) - V. Exª tem o seu tempo prorrogado.
A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada, Sr. Presidente.
Gostaria de, registrando o aniversário da nossa capital, dizer que em um próximo momento vamos falar detalhadamente da história bonita daquela cidade. Hoje, estamos apenas registrando essas reportagens do jornal Diário de Cuiabá.
Esta semana, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, teremos uma mobilização de prefeitos aqui em Brasília. Por isso, preciso registrar, desta tribuna, a necessidade e a importância do deslocamento de mais recursos para os municípios e, mais uma vez, também deixar registrado o que já falei tantas vezes nesta tribuna, em tantos momentos, que é a questão da descentralização de 1% a mais do FPM para os municípios. Essa necessidade é premente. Há pessoas que dizem: “mas só 1%? Isso não é muita coisa”. E eu digo que é sim, pois sabemos que 1% a mais somaria na conta de cada prefeitura mais um repasse, Sr. Presidente. Seria uma espécie de um 13º em forma de repasse para as prefeituras.
Então, há necessidade de que essa mobilização dos prefeitos traga no seu bojo essa reivindicação. Há a necessidade de que no Congresso Nacional, especialmente na Câmara dos Deputados, porque aqui já aprovamos esta parte, esse movimento surta efeito, tenha repercussão e que se aprove, pelo menos, o que diz respeito à descentralização do 1%.
Não podemos esperar pelo todo da reforma tributária, que é mais lenta, pois ainda há muito a ser discutido. Então, que seja possível fazer pelo menos isso de uma forma urgente. Não dá mais para esperar!
Por anos e anos os prefeitos têm vindo a Brasília, e a reivindicação primeira é sempre essa. Já ouvi várias vezes o Presidente Lula falar sobre a importância de se aprovar, com urgência, mais 1% do FPM para os nossos municípios. Portanto, que isso aconteça com a urgência máxima. Não dá mais para esperar!
Agradeço, Sr. Presidente, lembrando, mais uma vez, que esse movimento dos prefeitos, que traz no seu bojo uma série de reivindicações - todo ano as trazem; muitas delas concretizadas, conquistadas -, é um movimento importante, é um movimento que traz as necessidades das bases, da localidade, porque é no local onde está o prefeito, onde está o vereador, onde a sociedade mora é que estão os problemas. A sociedade vive e mora na comunidade, e quem sabe dessas reivindicações são realmente aquelas autoridades que estão junto da comunidade e, por isso, precisam ser ouvidas.
Já assisti a várias reuniões desse movimento de prefeitos em Brasília, dessas caminhadas, e sei que muitas das suas reivindicações têm sido atendidas, mas essa da descentralização do 1%, que é uma das mais importantes, ainda não foi atendida.
Espero, portanto, que este seja o último ano em que os prefeitos tenham que fazer a caminhada em Brasília por esta causa da descentralização do 1% do FPM.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE A SRª SENADORA SERYS SLHESSARENKO EM SEU PRONUNCIAMENTO.
(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)
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Matérias referidas:
“288 anos de saudosismo (várias matérias). Natacha Wogel, do Diário de Cuiabá.”