Pronunciamento de Flexa Ribeiro em 08/03/2007
Discurso durante a 22ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Pede a Governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, que intermedeie uma solução entre o IBAMA e a Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Pará a fim de encontrar um termo de ajuste de conduta que possibilite as usinas siderúrgicas de Carajás se adequarem a necessidade da produção do carvão vegetal ao reflorestamento, sem prejuízo de suas atividades.
- Autor
- Flexa Ribeiro (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
- Nome completo: Fernando de Souza Flexa Ribeiro
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.
POLITICA DO MEIO AMBIENTE.
POLITICA MINERAL.:
- Pede a Governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, que intermedeie uma solução entre o IBAMA e a Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Pará a fim de encontrar um termo de ajuste de conduta que possibilite as usinas siderúrgicas de Carajás se adequarem a necessidade da produção do carvão vegetal ao reflorestamento, sem prejuízo de suas atividades.
- Publicação
- Publicação no DSF de 09/03/2007 - Página 4767
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM. POLITICA DO MEIO AMBIENTE. POLITICA MINERAL.
- Indexação
-
- SOLIDARIEDADE, HOMENAGEM, JARBAS PASSARINHO, EX SENADOR, AGRADECIMENTO, CONTRIBUIÇÃO, DESENVOLVIMENTO, ESTADO DO PARA (PA), BRASIL.
- PEDIDO, ANA JULIA CAREPA, GOVERNADOR, ESTADO DO PARA (PA), AUXILIO, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), SECRETARIA, MEIO AMBIENTE, SOLUÇÃO, PROBLEMA, USINA SIDERURGICA, ADAPTAÇÃO, NECESSIDADE, PRODUÇÃO, CARVÃO VEGETAL, REFLORESTAMENTO, AUSENCIA, PARALISAÇÃO, ATIVIDADE.
- NECESSIDADE, GARANTIA, LEGALIDADE, CARVÃO VEGETAL, USINA SIDERURGICA, ESTADO DO PARA (PA), PRODUÇÃO, FERRO, IMPORTANCIA, GOVERNO FEDERAL, FORNECIMENTO, OPORTUNIDADE, EMPRESA, REALIZAÇÃO, REFLORESTAMENTO.
O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - A respeito da homenagem que V. Exª fez ao Senador Jarbas Passarinho, quero fazer minha as suas palavras e dizer que para alegria nossa ele continua em plena atividade, contribuindo sempre com seus artigos e opiniões para o desenvolvimento do Brasil e do nosso Estado do Pará.
Mas a minha intervenção pela ordem, Presidente, Senador Mão Santa, é para fazer um apelo à Governadora Ana Júlia. Peço desculpas ao Senador José Nery, que será o próximo orador, mas o faço pela importância e pela urgência do fato que vou relatar neste instante.
O Ibama iniciou agora em março a Operação Quaresma, para fiscalizar as siderúrgicas do Pólo Carajás. Até agora, várias usinas já foram autuadas e embargadas por falta da licença de operação, sendo que essas empresas estavam com o processo de renovação da licença de operação junto à Sectam.
Senador Mão Santa, Senador José Nery, a ação acontece no momento em que o Ibama e a Sectam propõem a criação do Distrito Florestal de Carajás, em que o Governo defende que as siderúrgicas reduzam a produção pelos próximos sete anos, até que a sustentabilidade em carvão vegetal seja garantida com reflorestamento de áreas degradadas.
É importante, Senador Mão Santa, que o Governo Federal dê apoio para aprovar um projeto nosso de utilização de áreas alteradas, antropizadas, degradadas para plantio, exatamente, de reflorestamento para atender à exigência de produção de carvão vegetal, porque a questão da origem legal do carvão vegetal para abastecer as siderúrgicas é a principal preocupação do setor.
Segundo dados do Ibama, cerca de 50% do carvão vegetal consumido na produção do ferro-gusa não têm origem legal, vêm da floresta. Não somos coniventes com essa situação. Não queremos devastar a floresta para transformá-la em carvão. Queremos, sim, que se dê oportunidade às empresas já instaladas para que tenham a possibilidade de, reflorestando essas áreas degradadas, produzir a sua própria biomassa para produção de carvão legal e atendimento do Pólo Siderúrgico de Carajás, que tem 18 empresas instaladas no Pará e no Maranhão. Senador José Nery, 60% do carvão que as empresas utilizam no Maranhão vem do Pará, ou seja, apenas o Pará é prejudicado com relação à questão lamentável da utilização da floresta para a produção de carvão.
Mas a importância, Senador Mão Santa, é que esse pólo representa 60% da exportação brasileira de ferro-gusa e responde pela geração de 35.000 empregos diretos e indiretos. E eles têm, Senador Gilvam Borges, uma produção contínua. Os fornos não podem ser desaquecidos, sob pena de haver perda total desses fornos.
Então, faço aqui o apelo à Senadora Ana Júlia Carepa para que ela intermedeie uma solução emergencial entre o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará na hipótese de se encontrar um termo de ajuste de conduta que possibilite a essas usinas se adequarem à necessidade da produção do carvão vegetal de reflorestamento, a fim de que não percam ou não tenham de paralisar suas atividades.