O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Flexa Ribeiro, só para registrar algo sobre os pronunciamentos de hoje. O Plenário, durante a maior parte do tempo, rendeu suas homenagens ao Dr. Octavio Frias, esse patrimônio de áreas diversas - do jornalismo, da cultura -, esse empreendedor, esse gerador de honra, porque quem gera emprego gera honra.

            Presidi esta sessão até parte significativa desta tarde, e os oradores que iam se sucedendo, cada um mais emocionado que o outro, falavam desse homem que causa inveja a nós, os mais novos, a cada relato ouvido daqueles que com ele sempre estiveram, que com ele dividiram, que dele ouviram conselhos e experiências.

            Ouvi atentamente o pronunciamento do Senador Arthur Virgílio, quando dizia que esteve com eles tantas vezes e que aquilo que se tratava ali lá mesmo ficava. Nós, que somos os mais novos, sempre ouvíamos que Fulano visitou a Folha de S. Paulo e almoçou com o Sr. Octavio. Esse relacionamento com esse homem ao qual, hoje à tarde, o Plenário gastou quase todo o seu tempo rendendo-lhe homenagens é algo de causar inveja a nós que não tivemos a oportunidade e o privilégio de conviver com ele, mas que dele ouvimos falar, sim, há muito tempo, com políticos os mais experientes, com as pessoas as mais dedicadas às causas populares, às causas das minorias, dos menos favorecidos e com as pessoas que cultivam a visão de um país decente, sem violência, ético.

            Esses políticos sempre falaram, sempre tinham algo a dizer em relação ao Dr. Octavio.

            Não tive o prazer de conhecê-lo, não estive com ele, não lhe apertei a mão, mas conheci sua história, sua vida. E as informações que dele ouvi são as melhores possíveis. Caso não fosse dessa forma, jamais este Plenário se teria assim comportado: as figuras mais proeminentes deste Parlamento, os Líderes mais proeminentes fazendo referência a Octavio Frias.

            Agora mesmo, antes de vir para cá, lá do meu gabinete, ouvi quando V. Exª iniciava seu pronunciamento e, antes de falar no seu querido Pará, rendeu homenagens a esse homem.

            De maneira que abraço eu também a família enlutada, seus colaboradores, aqueles a quem ele deu trabalho e honra, as pessoas que sentem e lamentam o passamento desse grande homem do Brasil.

            Deixo aqui meu abraço à família enlutada e meu sentimento de perda também, embora nunca lhe tenha apertado a mão. Mas também nunca apertei a mão de Rui Barbosa nem de tantos outros homens que prestaram tantos serviços a esta Nação e ao mundo. Nem por isso deixei de reverenciá-los, porque a vida dessas pessoas traz influência positiva a nossa vida.

            Dizia minha mãe - não sei onde ou de qual intelectual ela ouviu isso, mas ela repetia: os bons não servem de exemplo - e certamente o Dr. Octavio não serviu de exemplo para ninguém; os maus, sim, esses servem de exemplo. Os bons servem para serem copiados. E acho que o Dr. Octavio viveu exatamente para ser copiado.