Pronunciamento de Romero Jucá em 14/05/2007
Discurso durante a 69ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Comentários sobre o documento "Programa Cultural para o Desenvolvimento do Brasil", do Ministério da Cultura.
- Autor
- Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
- Nome completo: Romero Jucá Filho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA CULTURAL.
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- Comentários sobre o documento "Programa Cultural para o Desenvolvimento do Brasil", do Ministério da Cultura.
- Publicação
- Republicação no DSF de 23/05/2007 - Página 15856
- Assunto
- Outros > POLITICA CULTURAL.
- Indexação
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- COMENTARIO, INICIATIVA, GOVERNO FEDERAL, INVESTIMENTO, POLITICA CULTURAL, OBJETIVO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, PRESERVAÇÃO, MEIO AMBIENTE, INCENTIVO, DEMOCRACIA, JUSTIÇA SOCIAL, IMPORTANCIA, DESENVOLVIMENTO CULTURAL, DEFINIÇÃO, QUALIDADE DE VIDA, BEM ESTAR SOCIAL.
- ANALISE, PROGRAMA CULTURAL, MINISTERIO DA CULTURA (MINC), DESENVOLVIMENTO, BRASIL, DEFINIÇÃO, POLITICA, ACESSO, BENS CULTURAIS, PATRIMONIO ARTISTICO, PATRIMONIO HISTORICO, COMENTARIO, GESTÃO, GILBERTO GIL, MINISTRO DE ESTADO, CONSOLIDAÇÃO, DEMOCRACIA, PRODUÇÃO, DIVULGAÇÃO, ATIVIDADE CULTURAL, EFICACIA, REDUÇÃO, DESIGUALDADE SOCIAL, INCENTIVO, CIDADANIA, QUALIDADE DE VIDA, VALORIZAÇÃO, RIQUEZAS, PAIS, DIVERSIDADE, CULTURA, GRUPO ETNICO.
- COMENTARIO, PROGRAMA CULTURAL, OBJETIVO, REALIZAÇÃO, AVALIAÇÃO, INFLUENCIA, ATIVIDADE CULTURAL, ECONOMIA NACIONAL, DEMONSTRAÇÃO, CRIATIVIDADE, POPULAÇÃO, REGISTRO, CULTURA, INCENTIVO, MERCADO DE TRABALHO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), ESCLARECIMENTOS, PROJETO, VIABILIDADE, PARCERIA, PAIS ESTRANGEIRO, PRODUÇÃO, AUSENCIA, PREJUIZO, SOBERANIA NACIONAL.
- LEITURA, TRECHO, PRONUNCIAMENTO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DEMONSTRAÇÃO, IMPORTANCIA, CULTURA.
O SR. ROMERO JUCÁ (PSDB - GO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o segundo mandato do Governo Lula está efetivamente marcado pelo desafio da construção de um mercado consumidor constituído pela população geral, representando inclusão social e auto-sustentação econômico-financeira.
Para isto, o Governo Federal desenvolve programas estabelecendo planos e mapas estratégicos em todas as Pastas do Poder Executivo. E sua nova equipe ministerial, seguramente, dará continuidade, ampliação e consolidação dos processos em evolução.
A meta é realizar desenvolvimento a partir da auto-sustentação e preservação do meio ambiente, do aprimoramento da Democracia e do aprofundamento da justiça social.
Como ferramenta necessária para formatação deste modelo brasileiro temos que ir além do desenvolvimento econômico, que expressa o bem material de uma nação. Temos que alcançar o desenvolvimento cultural, que é aquele que define a qualidade de vida dos brasileiros, a qual, junto ao crescimento material de emprego e renda, encontra-se entre os principais indicadores de bem-estar real da população.
A compreensão da cultura como direito de cidadania, direito de todos e também como uma economia poderosa, geradora de ocupação e renda impulsionou o segundo mandato do Governo Lula, a estabelecer que o “Brasil demanda políticas públicas que, ao mesmo tempo, promovam o desenvolvimento cultural geral da sociedade, contribuam para a inclusão social e para a geração de ocupação e renda e afirmem a nossa singularidade diante das demais culturas do mundo” - conclusão publicada no documento Programa Cultural para o Desenvolvimento do Brasil, do Ministério da Cultura.
Sr. Presidente, a avaliação que se faz do primeiro mandato do Presidente Lula, é que o foi dada uma especial atenção ao Ministério da Cultura. Isto não se pode negar.
Na gestão do Ministro Gilberto Gil deflagrou-se um processo de definição de paradigmas e políticas, referentes à grandeza cultural do Brasil; questões centrais da cultura foram colocadas na agenda do Estado.
No segundo mandato, continuando sob a gestão do Ministro Gil, o Governo pretende consolidar a democratização do acesso aos meios de produção, aos veículos de difusão e às condições de fruição da cultura, porque cada vez mais, a cultura se torna eficiente e poderosa na redução das desigualdades e na universalização de conquistas de qualidade de vida, além de permitir aos brasileiros que suas as capacidades cognitivas de criatividade, assim como o espírito crítico, também se desenvolvam.
O Programa Cultural para o Desenvolvimento do Brasil do Ministério da Cultura define muito bem a questão da política pública de cultura, conjugando-a com as demais políticas governamentais, para sintonizá-las num novo projeto de crescimento; o acesso universal aos bens culturais, à memória e ao patrimônio artístico e histórico é o objetivo dessa política.
Srªs e Srs. Senadores, o Brasil é riquíssimo em miscigenação e sua diversidade cultural reflete as influências de muitos povos, desde o seu descobrimento. O que já é possível sentir, Senhor Presidente, é que, atualmente, o Ministério da Cultura já demonstra a expressão do caráter plural da nossa cultura, afirmando a necessidade de políticas públicas para o Estado e de impulso de redes sociais de produção, difusão e receptividade cultural para, finalmente, traduzir o seu perfil democrático e dinâmico.
O Ministério tem inovado e assumido atividades culturais também como atividades econômicas. A partir de 2007 corrente, passa a vigorar um programa de economia da cultura, no Plano Plurianual do Governo, com metas e indicadores para realizar avaliações de eficácia.
O Governo Lula está trabalhando para agregar ao sistema de contas do Brasil a conta satélite da cultura, para medir o impacto econômico das atividades culturais, pois a alta qualidade de nossa produção cultural confirma a criatividade e a energia do nosso povo para fazer dessa economia um dos maiores vetores de desenvolvimento.
Na atualidade, a cultura já responde por 5% dos empregos formais no país (dados do IPEA) e por 5% do PIB nacional (dados do documento Mercosul Cultural/2004)”.
O documento do Ministério da Cultura esclarece também que será aprofundada a nossa política de inserção internacional independente, identificando como parceiros culturais, por exemplo, o Mercosul, a América Latina, a África, os Países da Comunidade de Língua Portuguesa, a Comunidade Árabe, a África do Sul, a Rússia, a Índia e a China, preferencialmente.
Não serão descartados parcerias com os países da Comunidade Européia, os Estados Unidos da América e o Japão, que são centros hegemônicos culturais contemporâneos; porém, serão definidos com os seus governos, os termos de interesses da nossa soberania nacional , que permitam aos trânsitos e comércios, a auto afirmação da nossa diversidade cultural.
Para concluir, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, cito aqui as palavras do Presidente Lula, quando disse que é nova a visão que o Brasil tem hoje da cultura: “Para nós, a cultura está investida de um papel estratégico no sentido da construção de um país socialmente mais justo e de nossa afirmação soberana no mundo. Porque não a vemos como algo meramente decorativo, ornamental. Mas como base da construção e da preservação de nossa identidade, como espaço para a conquista plena da cidadania, e como instrumento para a superação da exclusão social - tanto pelo fortalecimento da auto-estima de nosso povo, quanto pela sua capacidade de gerar empregos e de atrair divisas para o país. Ou seja, encaramos a cultura em todas as suas dimensões, da simbólica à econômica”.
Muito obrigado.