Discurso durante a 76ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apelo aos parlamentares no sentido de uma mobilização para salvar o INCOR-Brasília. (como Líder)

Autor
Mozarildo Cavalcanti (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/RR)
Nome completo: Francisco Mozarildo de Melo Cavalcanti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE.:
  • Apelo aos parlamentares no sentido de uma mobilização para salvar o INCOR-Brasília. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 24/05/2007 - Página 16013
Assunto
Outros > SAUDE.
Indexação
  • APREENSÃO, SITUAÇÃO FINANCEIRA, HOSPITAL, CARDIOLOGIA, BRASILIA (DF), DISTRITO FEDERAL (DF), ELOGIO, QUALIDADE, SUPERIORIDADE, ATENDIMENTO, POPULAÇÃO CARENTE, SISTEMA UNICO DE SAUDE (SUS), CAPITAL FEDERAL, ENTORNO, REGIÃO, BRASIL, RISCOS, FALENCIA, PREJUIZO, DESENVOLVIMENTO, PESQUISA, MEDICINA, SOLICITAÇÃO, APOIO, MINISTERIO DA DEFESA, MINISTERIO DA SAUDE (MS), CONGRESSO NACIONAL, RENOVAÇÃO, CONVENIO, BUSCA, SOLUÇÃO, ATUALIZAÇÃO, REPASSE.

            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB - RR. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, quero realmente fazer uma comunicação de interesse partidário, porque o nosso Partido, o Partido Trabalhista Brasileiro, se preocupa muito com os trabalhadores. Aliás, eles são a nossa bandeira única e principal.

            Aqui, no Distrito Federal, estamos tendo um problema muito sério, para o qual quero chamar a atenção de todos os Senadores. Já conversamos aqui com os Senadores médicos para fazermos um movimento suprapartidário para salvarmos o Incor daqui de Brasília.

            Sr. Presidente, 80% dos pacientes do Incor são pacientes do SUS, portanto pessoas pobres, trabalhadores e filhos de trabalhadores humildes. E o Incor Brasília, por uma questão de desacerto momentâneo, está às vias de fechar, passando a restar apenas o de São Paulo.

            Sabemos que o Incor não é apenas um hospital que trata de doenças; é um instituo de pesquisa, um lugar onde realmente se pratica a excelência na medicina. E o Incor aqui de Brasília atende a população do Distrito Federal, do Entorno do Distrito Federal, da região Norte - do meu Estado mesmo já vieram inúmeros pacientes -, da região Nordeste e, principalmente, da região Centro-Oeste como um todo.

            Então, termos obtido esta conquista e hoje nos vermos privados de ter o Incor aqui será uma calamidade. Como médico, não posso entender que o Governo Federal... E aqui quero fazer um apelo, inicialmente, ao Ministro da Defesa, porque eu soube que o Ministério da Defesa não quer renovar o convênio que tem com o Incor e que o Incor construiu um prédio que é anexo do Hospital das Forças Armadas aqui em Brasília.

            Então, quero começar fazendo um apelo ao Ministro da Defesa, para que reveja essa posição, que veja a importância para a população pobre não só do Distrito Federal, mas das regiões que mencionei, notadamente do Norte, Nordeste e Centro-Oeste; ao Ministro da Saúde, que já apresentou uma proposta que não sei por que não evoluiu; e ao Senado e à Câmara, que têm convênios com o Incor, para que atualizem os repasses e nós possamos - aqui faço um apelo especial à Bancada do Distrito Federal - nos mobilizar, todos os Senadores, para não deixar uma coisa tão importante na área de Saúde, como é o caso do Instituto do Coração daqui do Distrito Federal, simplesmente acabar por uma questão de dinheiro. Vamos ser claros: a questão é simplesmente de dinheiro.

            Temos no Incor um excelente corpo médico, um excelente corpo técnico, composto de vários profissionais da área de Saúde, um trabalho feito - o Senador Romeu Tuma, que é de São Paulo, sabe disso - com muita competência, na seleção e na preparação de funcionários, mas agora esse hospital, esse centro de referência pode ser fechado puramente por uma questão de falta de recursos.

            Então, quero deixar o fato registrado, principalmente em nome da população pobre, porque a estatística está aí para mostrar: 80% do atendimento que é feito no Incor do DF é de pessoas que são atendidas pelo SUS, pessoas, portanto, que não têm plano de saúde, que não podem pagar uma consulta, um exame ou, muito menos, uma intervenção cirúrgica, uma cirurgia de coração, que, como todo mundo sabe, é uma cirurgia complexa, que exige equipamentos, que exige profissionais muito bem preparados.

            Então, eu gostaria de encerrar fazendo ao Senador Gerson Camata, que preside a sessão neste momento, um apelo para S. Exª leve à Mesa do Senado este assunto, que sei que já está sendo examinado, e também para todos os Srs. Senadores se unam. Nós, como eu disse, da bancada médica aqui do Senado vamos nos reunir mais tarde e traçar uma estratégia para podermos realmente mobilizar toda a população para que não deixemos esse prejuízo enorme ser causado à população do Distrito Federal e das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/05/2007 - Página 16013