Pronunciamento de Jayme Campos em 30/05/2007
Discurso durante a 81ª Sessão Especial, no Senado Federal
Comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente.
- Autor
- Jayme Campos (PFL - Partido da Frente Liberal/MT)
- Nome completo: Jayme Veríssimo de Campos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA DO MEIO AMBIENTE.:
- Comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente.
- Publicação
- Publicação no DSF de 31/05/2007 - Página 17042
- Assunto
- Outros > POLITICA DO MEIO AMBIENTE.
- Indexação
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- IMPORTANCIA, COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, MEIO AMBIENTE, VALORIZAÇÃO, PAIS, MUNDO, CAPACIDADE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, PRESERVAÇÃO, ECOSSISTEMA, NECESSIDADE, AUMENTO, CONSCIENTIZAÇÃO, COMBATE, PERDA, RECURSOS NATURAIS, REPUDIO, MISERIA, DESVALORIZAÇÃO, VIDA HUMANA.
O SR. JAYME CAMPOS (PFL - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do revisor.) - Exmº Senador Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal; Exmª Srª Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva - e em nome dessas duas autoridades, saúdo os demais membros que compõem a Mesa -, Srs. Embaixadores, Srªs e Srs. Senadores, autoridades militares, meus senhores e minhas senhoras, jovens e crianças, venho a esta tribuna, nesta manha, para dizer ao Sr. Presidente Renan Calheiros que esta é uma das mais importantes sessões solenes que esta Casa realizou até o momento, mesmo porque sabemos da importância do meio ambiente para todos nós, que vivemos no Planeta.
Na antiguidade se media a importância de um povo por sua capacidade beligerante: quanto mais voraz e sanguinária, mais temida era a nação. Depois veio o tempo dos conquistadores, por mar ou por terra. Os mais fortes impunham a sua vontade. Recentemente, nos últimos dois séculos, vivemos a era da tecnologia, deflagrada a partir da Revolução Industrial, quando a produção e a economia determinavam o peso político de uma sociedade.
Doravante não serão mais a riqueza ou o ímpeto mercantil os fatores que cunharão o valor de uma comunidade, mas, sim, sua capacidade de conviver harmonicamente com a natureza, sua parcimônia na exploração de tais recursos e a inteligência social para conservar o ecossistema. Portanto, o principal ativo da economia universal no futuro será a vida.
Senadora Serys Slhessarenko, nobre autora do requerimento para a realização desta sessão especial em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, precisamos cuidar para que esse patrimônio seja guardado com o mesmo zelo com que se vigiam as grandes fortunas. Mas, infelizmente, estamos, arrogantemente, queimando essa moeda com as matas; estamos jogando essa moeda pelo ralo com a água que desperdiçamos; estamos atirando essa moeda ao vento com a emissão de gases poluentes na atmosfera.
Dessa forma, a vida se esvai no desmatamento indiscriminado das florestas, na poluição dos rios, na contaminação dos oceanos, na extinção de espécimes, no aquecimento global ou no degelo da calota polar. Mas, principalmente, a vida se esvai na miséria e na fome de centenas de milhares de semelhantes pelo mundo afora, vitimados pela ganância daqueles que exploram a natureza como fonte particular de riqueza. Conservar a natureza também é preservar a dignidade humana, mantendo sustentável a esperança de um futuro mais igualitário.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, nesta data em que celebramos o Dia mundial do Meio Ambiente, devemos fazer uma reflexão profunda sobre os destinos da raça humana. Ou avançamos como uma civilização vocacionada para a justiça, ou nos entregamos ao caos e à destruição de nossa fonte da mais pura e vital energia: a natureza.
Temos de encontrar caminhos para que a preservação dos recursos naturais não rime com a estagnação econômica ou com a miséria, mas que, em contrapartida, progresso não signifique devastação e destruição do bioma. O papel de nossa geração é justamente vislumbrar as trilhas do desenvolvimento sustentado, onde o ser humano e a natureza se completam como fonte única de vida. Um universo de plena integração do homem e seu ecossistema, para que o futuro não seja uma miragem sombria, mas, sim, um oásis de paz, fartura e igualdade.
Sr. Presidente, era o que tinha a dizer.
Muito obrigado. (Palmas.)